May Cantwell POV

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Santa Mônica, Califórnia

Chegamos no Píer por volta das duas e meia da manhã. Obviamente estava tudo fechado, mas as luzes dos brinquedos permaneciam acesas, o que deixava tudo incrível.

Daniel estacionou o carro e nós fomos até a entrada.

— Está fechado! — ele diz

— Claro que está gênio, são duas e meia da manhã! — respondo

— Então o que nós viemos fazer aqui?

— Vem comigo!

Faço sinal pra ele me seguir e começo a subir no portão.

— Ficou maluca garota? Vai invadir o lugar? — ele diz segurando uma de minhas pernas me impedindo de subir

— Você pode por favor ficar tranquilo? Eu sei que o eu to fazendo! — ele me olha — Vem logo garoto!

Ele bufa e solta minha perna começando a subir no portão também. Passamos para o lado de dentro do píer e pulamos do portão tentando não fazer barulho.

— Quando eu disse que queria me aventurar, me tornar um criminoso não estava incluso! — ele diz limpando as mãos na calça

— Seavey, eu gosto muito mais de você quando você está calado! Da pra confiar em mim?

Ele revira os olhos e logo depois arregala os mesmos.

— Guardas! — ele sussura e eu o olho assustada

— Droga! — agarro o braço dele é o puxo — Vem!

Começamos a correr e demos a volta no posto de seguranças e quando chegamos nos fundos, faço um sinal para Daniel parar.

— O que ta fazendo? — ele pergunta

Faço sinal para ele ficar em silêncio e abaixo puxando um pequeno pedaço de azulejo solto que estava na parede. Sorrio ao ver que tudo continuava do mesmo jeito. De dentro do buraco estreito da parade, puxo uma sacola onde havia algumas camisetas idênticas aos uniformes dos vigias do píer. Pego uma pra mim e entrego uma para Daniel.

— Não fala nada — digo antes dele se manifestar — Só veste isso e me segue!

Ele veste a camiseta sem reclamar e nós vamos andando em passos largos e rápidos até a torre do farol do outro lado do píer.

Bato no pequeno portão três vezes e espero, já sabendo quem abriria.

— May? O que faz aqui?

— Bom te ver Henry!

O senhor de óculos e cabelos grisalhos sorri pra mim e eu o abraço.

— Você está tão crescida! — ele diz e olha pra Daniel que observava tudo em silêncio

— Ah, esse é o Daniel! — os dois se cumprimentam — Trouxe ele pra conhecer farol!

— Você não vem aqui a muito tempo. — ele se vira e abre a gaveta de sua escrivaninha tirando uma chave de lá — Está do jeitinho que vocês deixaram.

— Henry, você é o melhor!

Ele me entrega a chave e eu o abraço novamente.

— Vem! 

Puxo Daniel pela mão o guiando até o pequeno elevador. Aperto o botão pra subir e olho para ele sorrindo, mas o mesmo não parecia nem um pouco feliz.

— Credo, o que foi? — pergunto

— Você pode me explicar o que ta acontecendo? — ele pergunta cruzando os braços

that's my lady | daniel seaveyOnde histórias criam vida. Descubra agora