May Cantwell POV

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Los Angeles, Califórnia

— Amiga, tem certeza que vai fazer isso? — Emma pergunta me acompanhando até a porta.

Estávamos na casa dos Dolan. Nós sempre tomávamos café da manhã na casa deles aos domingos. Era o dia em que a mãe deles estava em casa, e ela fazia panquecas maravilhosas.

— Eu não sei Em! — coloco minha bolsa no ombro e olho pra ela — Mas eu nunca vou saber se eu não tentar!

— Você sabe que qualquer coisa você pode ligar pra gente né? — Grayson diz me abraçando de lado.

— Eu sei Gray! — eu ri e o abracei de volta

— Eu ainda acho que não é uma boa ideia! — Ethan cruza os braços e se encosta no batente da porta — Não quero te ver magoada de novo.

— Fica tranquilo! — ponho uma mão em seu ombro e sorrio — Agora eu preciso ir.

— Me liga se precisar que eu arranque as bolas daquele sujeito! — Emma diz me fazendo rir.

— Pode deixar Chamberlain!

Vejo meu ônibus contornando a rua e dou um abraço rápido em cada um.

— Amo vocês! — grito e corro em direção à esquina —

Dou sinal para o ônibus e entro me sentando no fundo. Encosto minha cabeça na janela e respiro fundo, pensando pela décima vez na decisão que eu estava prestes a tomar.

(...)

Cheguei em Venice faltando cinco minutos para as duas horas.

Tirei meus chinelos e comecei a caminhar pela areia ainda não acreditando que eu estava ali.

Quando cheguei no final da praia, vi Brooks sentado em uma pedra, perto do mar. Era a nossa pedra.

Nós nos conhecemos em Venice, e nosso primeiro beijo foi quando estávamos sentados naquela pedra, vendo o pôr do sol.

Ele estava sentado com os braços ao redor dos joelhos, e parecia entretido com o movimento das ondas, tanto que não notou minha presença.

— Oi...

Ele olhou para o lado, e um sorriso enorme surgiu em seus lábios quando ele me viu.

— Você veio! — ele diz se levantando e esticando a mão para mim.

Ele me ajudou a subir na pedra e nós nos sentamos e ficamos observando o mar.

— Eu achei que você não vinha. — ele puxou o assunto.

— É, eu também achei que não. — respirei fundo sem olhar pra ele — Mas agora eu quero que você me dê um bom motivo pra continuar aqui!

Ele se virou pra mim com rapidez e eu o olhei esperando uma resposta.

— Me perdoa May! — ele começa — Por tudo! Eu fui um idiota em me envolver com aquela gente e com aquelas coisas, eu não sabia o que eu estava pensando. Mas quando eu finalmente me dei conta de que eu tinha te perdido, eu me afastei de tudo... — ele segura minha mão e me olha novamente — Porque você é a única coisa que importa pra mim! Eu quero ficar com você, quero te fazer feliz de novo!

— Brooks, eu...

Paro de falar e fecho os olhos quando sinto sua mão ir de encontro ao meu pescoço, fazendo com que seu polegar ficasse na minha bochecha, onde ele passou a fazer carinho lentamente.

— Por favor...

Ao dizer isso, senti ele aproximar seu rosto do meu é selar nossos lábios. Me julguei mentalmente por não ter me afastado quando pude, porque quando me dei conta eu já havia cedido.

Eu tinha que admitir que Brooks beijava muito bem, e que eu sentia falta daquilo.

Coloquei minha mão por cima da sua quando finalizamos o beijo, e manto meus olhos fechados enquanto ele encostava sua testa na minha.

— Eu senti tanto a sua falta! — ele diz voltando a fazer carinho no meu rosto.

— Por favor, não faça eu me arrepender disso!

— Eu não vou!

Ele me dá mais um selinho e me puxa para um abraço.

(...)

Ficamos o resto da tarde juntos. Tomamos sorvete e caminhamos um pouco.

Estávamos abraçados na frente do carro de Brooks. Ele estava encostado no capô e eu estava na sua frente o abraçando pelo pescoço. Estávamos prestes a nos beijar, mas fomos interrompidos.

— Aí Brooks, voltou com a gatinha!

Olhei para o lado e vi Chea, melhor amigo de Brooks, parado nos olhando.

Brooks soltou minha cintura e arrumou sua postura.

— Chea, ta fazendo o que aqui? — ele pergunta parecendo um pouco nervoso.

— Tentei te ligar, mas só dava caixa postal. Nós precisamos ir resolver aquela parada irmão! Roger não pagou a dívida e o chefe não quer mais esperar.

Senti Brooks se mexer parecendo desconfortável e o olhei.

— Chefe? Do que ele ta falando? — perguntei seriamente.

Ele não me respondeu, e trocou olhares com Chea como se pedisse ajuda.

— Do que ele ta falando Brooks?

Perguntei novamente dando mais ênfase, porém não tive resposta.

— Você não parou com aquilo não é mesmo?

— May, eu...

— Fala sério! Eu sou muito idiota!

Eu me afasto dele e ponho a mão na testa não acreditando naquilo.

— Você mentiu pra mim! Você jurou que tinha parado com isso, que tinha se afastado dessa gente! — gritei — Eu confiei em você Brooks!

— Eu sei May, mas tenta entender o meu lado! Ele consegue a parada pra mim de graça e eu... Eu não consigo parar! Me perdoa... Por favor May, me perd...

— PARA DE PEDIR PERDÃO! A gente só perde perdão quando tem consciência de que não vai fazer de novo!

Ele tenta se aproximar, mas eu me afasto de novo.

— Nunca mais me procura! Eu não quero ter que olhar pra você nunca mais!

Senti meus olhos se encherem de lágrimas e tratei de me afastar dali o mais rápido possível.

Mesmo sem olhar para trás pude ouvir a porta do carro ser batida com força.

Neguei com a cabeça e limpei uma lágrima que insistiu em cair.

Eu não podia acreditar que eu tinha confiado em Brooks novamente.

Comecei a andar rapidamente sem ao menos me importar para onde estava indo. O vento forte fazia com que meus cabelos caíssem no meu olho, e quando fui tentar tirá-los, acabei esbarrando com força em alguém que me segura em seus braços para que eu não caísse.

— Me desculpa... — digo tirando o cabelo do rosto —

— May? Ta tudo bem?

Levantei a cabeça, e me deparei com um rosto bronzeado e um par de olhos azuis que surpreendentemente, me fizeram sorrir.

(...)


ABAIXA QUE É TIRO!!!

Eu amo como esses dois se esbarram o tempo todo HAHAHAHAH

O que vocês acham que o Brooks fez? 

Eu tô amando escrever essa fic gente. Me digam se estão gostando também. 


BEIJO, BEIJO 


~ tia Gabs ~

that's my lady | daniel seaveyOnde histórias criam vida. Descubra agora