Thomas.
Eu não podia deixá-la partir novamente. Precisava da sua presença, do seu corpo, da sua voz e do seu toque. Não conseguia pensar em um único dia que não iria desejá-la.
— Como você me quer? — Hope virou-se e ficou de frente para mim.
— Eu não sei te explicar. — Admiti. Nunca havia sido muito bom com palavras, principalmente para expressar um sentimento tão forte como aqueles, porém, eu queria ela de todas as formas possíveis.
— Você mesmo já disse que não sou o tipo de mulher que você passa a noite. — Ela cruzou os braços, mostrando claramente como estava brava.
— Gostaria de ser uma dessas mulheres, Hope? — Me aproximei do seu corpo, e ao mesmo tempo a mesma deu um passo para trás se distanciando.
— Não! — Esbravejou.
— Você sente atração por mim. Todas sentem. É inevitável negar, Hope. — Eu sorri com malícia, observando sua fisionomia ficar ainda mais furiosa, causando um efeito de rubor em suas bochechas. Não contive meu prazer em provocá-la.
— Atração? Acho que você quis dizer nojo, senhor Carter. — Ela estava com os olhos arregalados, desconcertada com o que eu havia acabado de falar, procurando uma maneira de desviar da situação, mas era em vão.
— É? E por qual motivo?
— Um homem que dorme com tantas mulheres me causa repulsa. — Ela pronunciou com desdém.
Hope estava chateada com o fato de ter trazido Tereza hoje aqui, por mais que não quisesse magoa-la, cedo ou tarde, eu acabava fazendo isso.
— Você gostaria de ser uma dessas mulheres, Hope. — Ao dizer isso percebi que as lágrimas que beiravam seus olhos, agora estavam escorrendo pelo seu rosto. Eu havia conseguido o que eu queria, deixá-la sem palavras, mas não fiquei tão satisfeito quanto achei que ficaria. Sim, ela queria ser uma dessas mulheres. Mas não, ela não era. Nunca seria. Hope era muito mais do que uma dessas mulheres, mas a consequência de dizer isso traria muitos fardos. — Mas você não é.
— Para de falar isso! — Ela limpou as lágrimas com as mãos, e prosseguiu olhando para o meu rosto com fúria. — Eu sei disso, não preciso de você me lembrando.
Hope caminhou em direção a gaveta para pegar a chave, enquanto eu ponderava em cada palavra que havia falado naquele momento. Quando a garota finalmente encontrou o que procurava, andou apressadamente em direção a porta, porém, ela não sabia que eu não pretendia deixá-la sair. Não dessa vez.
Agarrei seu corpo por trás, pegando a chave de sua mão e jogando no chão. Me inclinei, chegando meus lábios próximo ao seu pescoço, e observei ela fechando os olhos ao sentir meu contato. Não controlei o estreito sorriso em minhas feições ao saber o efeito que meu toque causava no seu corpo, pois o meu corpo, respondia tudo aquilo em reciprocidade.
Deslizei minhas mãos por sua cintura e empunhei ela para trás, fazendo com que a pouca distância entre nós fosse quebrada e ficássemos ligados um no outro.
— Você é muito mais que isso. — Eu sussurrei em seu ouvido. — Nunca será o tipo de mulher que eu passo a noite. Quero muito mais tempo com você do que uma única noite.
— Thomas... — Ela tentou hesitar.
— Não, não fale nada. — Pronunciei, ainda em um sussurro. — Eu quero mostrar com ações o quanto te quero, Hope.
Nossas respirações estavam ofegantes sem ao menos começarmos nada. Levantei a mão até o zíper de seu vestido, meticulosamente fui descendo aquele pequeno feixo que impedia que conseguisse ter a visão que queria. Conforme eu descia, podia sentir a tensão do corpo dela, porém, o meu anseio era de apreciá-la.
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HOPE
RomanceHope é uma jovem cujo desconhece sua origem, nome e idade. Não se lembra de nenhum fato referente a sua vida desde que foi encontrada na costa oceânica de Brighton, na Inglaterra, extremamente machucada. Depois de um tempo confinada em um convento...