Uma semana se passou desde o dia em que o caçador e eu decidimos alavancar nosso relacionamento. E agora ele esta mais entregue e todas as coisas que eu achava antes, caíram por terra. Ele está até bem mais fofo e dedicado, o que tem sido bem legal. Já estou prestes a sair do trabalho e agradeço por amanhã o Victor não abrir. Vou poder descansar bastante ainda e isso é muito bom.
Aria roubou novamente meu carro e estou a merce de alguém para vir me pegar. Acabei esquecendo a carteira em casa e não tenho dinheiro algum comigo. O caçador disse que viria, mas está meia hora atrasado e ele ainda não comprou um celular. O que tenho reclamado bastante, pois falta de dinheiro não é. Termino de pensar nele e como mágica ele entra no local, fazendo o sininho emitir um som que já enjoei por hoje. Acho que hoje foi o dia que mais vieram atrás de livros.
— Oi – Me apoio no balcão e do um sorriso. Ele ainda está bem sério e logo engole seco — O que foi? Parece assustado.
— Mataram o Clark – Diz alarmado e bem tenso — A Bela matou o Clark, com ajuda da fera – Completa e arregalo os olhos.
— A que faz parte da legião dos dez? – Ele assente — Por quê?
— Não sei, mas o Theo ajudou ela. Está um caos lá na sede – Diz e se apoia no balcão. Ele esta bem abalado com isso.
—- Theo, o vice-presidente? – Assente novamente — Por que está tá assustado?
— Eu preciso ir até lá, vê se isso de fato é verdade – Comenta e isso me deixa nervosa — Não sei como vai ficar minha situação depois disso. Eu pretendo sair, mas tenho de ir para Carolina do Sul hoje. Aria já foi mais cedo, ela ficou desesperada quando soube – Agora entendo o sumiço dela mais cedo e com meu carro.
— Quando aconteceu isso? – Pergunto saindo da área da recepção e indo fechar a porta. A biblioteca já está vazia e já posso fechar.
— Dois dias atrás, mas só ligaram para Aria hoje.
— Posso ir com você se quiser, não trabalho esse final de semana.
— Não acho que seja a melhor idéia do mundo você ir direto para o estado com mais caçadores prontos para atacar e bem confusos com essa recente morte — Responde preocupado e chego perto, para o acalmar.
— Eu vou com você e já está decidido. Sem condições de dirigir nesse estado e uma companhia é sempre melhor que sozinho – Falo e ele suspira fundo, sabendo que não vai conseguir me fazer mudar de idéia.
— Tudo bem – Diz derrotado e abro um sorriso.
— Vou ajeitar tudo aqui e fechar, podemos passar lá na Dolores para pegar uma roupa e ai poderemos ir. Tudo bem? – Ele assente e se senta no banco acolchoado da mesa redonda — Não vou demorar.
(...)
Abro os olhos ainda bem cansada e encaro teto do quarto. Ontem não demoramos a sair e vir em direção a cidade que antes era o lar do caçador. Chegamos pela madrugada e demos muita sorte em acha um quarto de hotel disponível.
— Bom dia – O caçador me puxa para perto e afunda o rosto em meu pescoço. Sua barba para fazer faz pinicar um pouco e faz cócegas.
— Bom dia – Falo e vejo que a disposição dele para sair da cama ou acordar está bem baixa — Onde a Aria está? – Pergunto e ele demora um pouco antes de responder. Provavelmente uma leve cochilada.
— Provavelmente em casa.
— Como iremos fazer? Não vou ficar presa aqui, só para deixar claro – Digo me mexendo e deitando sobre ele. Ficando bem quentinha nesse dia nublado.
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Quinze minutos para meia-noite
FantasySiga meu Instagram para saber mais sobre meus livros: @melpimentelautora * Ella, uma jovem que enfrentou a perda de seus pais, encontra razões para seguir em frente nas memórias que a mantêm viva. Vivendo com uma madrasta e suas filhas, Ella se esfo...