Capítulo 22

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Um mês depois

- Prontinho, bebê - Falo enquanto ajeito a caminha do Bruno no canto do meu quarto e sento, acariciando seu pelo macio. Acabou de escurecer e ja fiz tudo que tinha para fazer.

Não é um quarto espaçoso, mas consegui deixar ele entre a cama e cômoda. Segundo o veterinário ele teve uma contusão na patinha, o que é sério, mas não tanto quanto quebrar, pois se isso tivesse acontecido, poderia precisar de cirurgia e que com o tempo e cuidados necessários iriam melhorar. Disse também que pode ter acontecido várias coisas para desencadear isso, mas não sabíamos ao certo o que seria. Talvez ele tenha sido atropelado e teve sorte de não machucar, ou correu e deu mau jeito. Enfim, de inicio ele até reclamava de dor quando encostava no chão, mas agora ele está bem melhor, só é muito preguiçoso.

Eu achei muito estranho um cachorro com nome de Bruno, tentei chamar ele por outro nome nesse mês que passou, porém ele super me ignorava e só quando dizia seu nome que me atendia, então eu desisti e acabei me acostumando. O veterinário tirou uma foto do Bruno a meu pedido, para ver se encontrava o dono e deixou no mural do consultório, fiz o mesmo na biblioteca e até hoje ninguém veio ao seu encontro. Ou seja, provavelmente foi abandonado mesmo, isso é triste. Ele é tão bonzinho, um amor.

Durante esse tempo eu continuei trabalhando aos finais de semana e ainda consegui trabalhar dias de semana na biblioteca. Ajudei bastante o Victor e mesmo eu dizendo que não precisava, ele me pagou bem mais por isso. Por isso eu consegui comprar um celular bom, não igual ao do Aaron que é lançamento e tals, mas eu gostei bastante. Falando no caçador, ele sumiu, simplesmente desapareceu e nem esbarrei com ele em algum lugar. Eu achando que tínhamos tido um avanço, quem sabe até uma amizade, visto que ele me conhece bem mais que qualquer um, além da Flora, mas infelizmente entendi isso errado.

Me aproximei mais da Aurora e mesmo assim, com suas muitas insinuações, não quis perguntar sobre o garoto e acabei deixando ela murchinha. Segundo ela, nós dois somos muito cabeça dura e isso dificulta bastante seu shipp, Ellaron, que eu ri muito ao saber. Pedi uma explicação de onde veio isso e ela fez um resumo, do dia em questão que isso ocorreu. Após eu ir embora atrás do Aaron, ela e Tata acabaram conversando e depois o Jaq chegou, eles se conheceram e foram almoçar em certo momento. Pronto, altas teorias foram criadas e também um novo casal se formou, Aurora e Jaq estão ficando. Sério, isso é muito doido, mas eles estão se conhecendo e bom, aparentemente ta tudo indo de boa.

Outra coisa boa foi que treinei bastante e agora consigo dominar perfeitamente meus poderes, isso é ótimo, o ruim é que Flora já vai embora. Enquanto treinavamos, ela explicou o motivo dos meus poderes terem despertado agora. Ao que parece, por eu ser mestiça, meus poderes iriam despertar após os vinte e um anos, ou seja, iria aparecer até antes de eu completar vinte e dois. Eu até achei que tinha algo a ver com o colar de minha mãe, mas aparentemente isso não influenciou em nada.

Outra coisa ruim é que minha madrasta e suas filhas voltaram de viagem no inicio da semana, e parece que resolveram me irritar por todo o tempo que me deixaram de férias. Só faltou a Graziela me fazer da comida na boca dela, pois a bichinha me irritou a níveis drásticos. Eu quase, quase, mas por pouco, não taquei uma enxurrada de poder nela. Ah, vontade não faltou, mas eu precisei sorrir e fingir que não tava nem ai, afinal, ter poderes não é coisa normal para quem não sabe sobre o mundo dos Melis. Sem contar que elas trouxeram um gato para casa, não que eu odeie gatos, mas aquele é odioso. Chamo ele de maligno, pois ele é muito e adora me atrapalhar em minhas limpezas da casa. Como um gato pode parecer tanto com as donas? Ainda bem que ele fica só dentro de casa e a única coisa que eu preciso fazer é limpar a tal caixa de areia, pois de resto é obrigação delas. Comuniquei a minha madrasta sobre Bruno ficar comigo e ela disse que tudo bem, contando que o pulguento ficasse longe dela e da casa, ela não iria reclamar.

Quinze minutos para meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora