Epílogo

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Pegaram um lenço? Talvez precisem hshsha
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Alguns meses depois

— O que seu pai quer com a gente? – O caçador pergunta e dou de ombros. Deixando ele entrar em casa.

— Não sei também. Ele tá todo misterioso. – Respondo e fecho a porta — Ele está no escritório. Vamos?

— Só um minuto. – Ele se aproxima bem de mim e levanta minha blusa larga, para olhar minha linda barriga de quatro meses — Oi, Allana. O papai chegou. – Dou risada dele falando e abrindo um sorriso, quando a bagunceira parece sentir e da uma mexida. Esses dois.

O caçador fez uma festa quando descobriu que seria pai de uma menina, segundo ele, vai ensinar ela a bater nos garotos e também disse que espera que ela seja tranquila como ele e a mãe.

— Nem um beijo eu ganho mais? – Finjo estar triste — Agora é só Allana para lá e para cá. – Completo meu pequeno drama e ele ri, ficando em pé normalmente e me encarando.

— Amanhã eu serei todo seu. – Diz inclinando um pouco a cabeça, o deixando mais fofo ainda.

— Não só amanhã, não é Aaron? – Cruzo os braços arqueando a sobrancelha e ele me abraça, mas ainda mantenho a pose.

— Para todo o sempre, Fadinha. – E beija a ponta do meu nariz. Escutamos um pigarro e nos afastamos, encarando meu pai ao pé da escada.

— Podemos começar logo? Acho que vocês ainda precisam arrumar muitas coisas. – Diz nos lembrando disso e seguimos em direção a ele.

Aaron vem atrás enquanto eu ando de braço cruzados com meu pai. Vejo que estamos indo em direção ao seu escritório e já não consigo aguentar de curiosidade por esse mistério todo. Após entrar e sentar, ele senta na cadeira da frente.

— Bom, eu chamei vocês aqui para... – Para de falar e pega um documento — Essa é a escritura da casa, ela agora é de vocês.

— Que? – Pergunto assustada — Como assim, pai?

— Não precisa disso, a gente só vai ficar aqui um tempo, mas a casa que pretendemos comprar vai ficar pronta em breve. – O caçador argumenta.

— Não vão precisar mais. A casa já é de vocês, já está tudo certo. É meu presente de casamento. – Abre um sorriso.

— Pai, é a sua casa.

— Agora é sua casa, meu amor.

— Mas...

— Eu vou viajar depois de amanhã, após o casamento e irei rodar o mundo atrás das minhas 'tralhas' – Direciona um olhar ao caçador.

— Parece que não vai esquecer tão cedo isso, não é? Na época eu não entendia a preciosidade de suas relíquias. – O caçador diz tentando massagear o ego do sogro, que ri em resposta.

— Enfim, é só assinar esse documento, para que o advogado possa atestar a veracidade do papel. – Ainda sem acreditar, assino e o caçador também. — Agora a casa é de vocês.

— Não sei o que dizer. – Levanto emocionada e me aproximo, ele levanta e abraço seu corpo com força.

— Não precisa falar nada, meu amor. Essa casa sempre foi sua. – Diz afagando meus cabelos — Agora vamos a outro ponto importante. Me sigam. – Pede e fico sem entender. Ele pega dois livros grandes e sai pela porta, acompanho seus passos curiosa.

— Que livros são esses?

— Eram da Clarisse, encontrei no quarto que ela ocupava. – Ele para e me mostra — Esse é um livro de magia que ela herdou da mãe. – Mostra um grimório bem antigo — E esse, não sei bem. – Me mostra e leio o nome.

Quinze minutos para meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora