Capítulo 6

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Tata ⬆️
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Aaron

Após chegar em casa, depois de sair da casa daquela garota, ao qual eu me diverti bastante assustando. Minha mãe me bombardeou de perguntas, onde eu estava, com que estava e coisas do tipo. Ela ainda acha que eu mato monstros quando saio, o que não acontece, pois estou focado no dragão. Desde o dia do ataque, ela não voltou mais ao lugar que encontramos. O que me deixou no escuro novamente. Transmorfos quando estão em sua forma humana, tem o cheiro como o dos humanos. Dificultando sua localização.

Quando olho a garota, entrando na cafeteria que estou, junto a um garoto, fico desconfiado. Ela é bem mais alta que ele, mas os dois parecem se dar muito bem. Mesmo que ela tenha ficado nervosa quando seu olhar encontrou com o meu, mas quando ele segurou em seu braço e apontou o lugar, ela simplesmente voltou ao estado de antes e eu não gosto disso. Ela deve ficar tensa em qualquer lugar que eu esteja. O garoto é robusto, tem a pele bem morena e usa óculos, também carrega uma mochila aparentemente pesada nas costas. Então é por isso que ela nem se afeta com minha presença, ou até fique com medo de ficar sem roupa no mesmo ambiente que eu. Estava óbvio esse tempo todo, ela tem um namorado. É normal a vontade de infernizar ela, suplicar? Ela se fez de carente esse tempo todo, preciso saber se ela contou para ele.

- Aaron? Ta ai? - A garota que esqueci totalmente me chama. Minha mãe ta querendo me empurrar todas as garotas que conhece.

Mesmo eu lembrando a ela do contrato e que não posso ficar com ninguém. Pois não quero. Não quero ter de me ligar a ninguém, mesmo que isso seja ficar sem sexo por um bom tempo. Por ser caçador, existe o lance do contrato em nosso povo. Quando decidimos com quem iremos casar, ou seja, qual caçador combina mais com nosso estilo de vida e luta, um casamento totalmente sem amor ou coisa do tipo é formado, e quando por fim eles dormem juntos a primeira vez, é um contrato selado até a morte e suas vidas são ligadas, podendo até a sentir algumas coisas, mas eu nunca pesquisei isso a fundo, pois nunca foi do meu interesse. E eu definitivamente não quero minha vida ligada a de ninguém, seja caçadora ou humana. Tem uma poção que até burla isso, que não deixa que façamos o contrato, mas eu sempre fui muito focado em minhas missões. Usei essa poção apenas duas vezes e confesso que to bem. Não sou como o Gabriel, se ele pudesse, pegava a poção todo mês. Então como só se pode a cada seis meses, ele se controla mais. Ele e minha irmã Aria sempre ficavam, eu achava isso uma droga. Pois me zuavam depois, não por ele ficar com ela, mas por ela ja ter ficado com quase todos, acho que ela esta com a vontade dela e as minhas, pois nunca vi, safada de mais.

- Sim, o que quer? - Aponto pro cardápio e ela o encara, fazendo uma cara de confusa. Aproveito para olhar a minha diversão e não gosto do que vejo. Mesmo percebendo que ela esta tensa novamente, pela minha presença aqui. Ela e o garoto riem bastante. Ele deve ser um palhaço, só pode. Eu definitivamente preciso dar um susto nela depois, tirar essa felicidade do rosto. Que ódio, ela rindo e feliz, e eu aqui, com uma garota que nem sei o nome e quer conversar, eu odeio conversar.

- Aaron - Escuto meu nome ser chamado - Parece que estou sozinha aqui. Ja escolhi o que quero - A loira diz irritada, respiro para não largar ela aqui e ir embora. Ela é filha de um dos sócios dos meus pais e eles acharam que seria incrível que eu mostrasse a cidade a ela. E a briga que tivemos foi enorme, por isso e também quando vi meu nome na capa de uma revista local, o intuito era não chamar a atenção enquanto estou aqui e eu estou fazendo isso errado. Agora, cada mulher que passo perto, me olha e fica se insinuando, agora mais do que antes. Menos quem? A garota de nome estranho. Por quê? Pois ela namora.

- Então pede droga - Digo rude e ela se assusta - Você sabe que eu não queria vir - Falo irritado e ela assente, percebo que fecha a cara e prende o choro. Era só o que me faltava.

Quinze minutos para meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora