Capítulo 17 - Deewaar - O muro

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As semanas seguintes passaram como um turbilhão para Goku. Dos lutadores remanescentes ele era o mais popular, o mais querido e o mais desejado para comerciais e campanhas publicitárias. Ele permaneceu em Déli, mas recebeu dezenas de propostas de contratos de patrocínio, com tantas cláusulas e letras miúdas que ele não conseguia simplesmente tomar nenhuma decisão. Então teve uma ideia.

Bhaeee! – ele disse desesperado quando ligou para o irmão pelo celular. Não sabia onde ele estaria, mas precisava dele para ajudar nas decisões que deveria tomar. – Eu preciso que você venha IMEDIATAMENTE para Déli. Estão me oferecendo um monte de contratos, para que eu ganhe um monte de dinheiro, mas eu não tenho certeza se os negócios são realmente bons!

– Pela coroa de Krishna! Duas semanas atrás foi a Bulma com a história do papel no filme, agora, você com esse negócio de patrocínio de lutador? Não assine nada sem mim. Eu estou em Jaipur, você deu sorte. Ia pegar outra carga, mas para chegar mais rápido, assim que eu descarregar eu pego o caminhão e vou para Déli. Chego aí em umas cinco ou seis horas, bhaee!

Demorou menos de 5 horas, no entanto. Antes do fim daquela tarde, um caminhão enorme parava na porta da mansão e um rapaz alto, forte e cabeludo descia, martelando a campainha como um desesperado. Ele, assim como Bulma e a mãe, não via Kakarotto há três semanas, quando ele fora para a última visita a Mumbai antes da luta. Não haviam ido para a sua luta decisiva porque o patrocínio da SFL não garantira a presença de parentes de fora. Assim, quando o irmão abriu o portão da enorme propriedade, Raditz o abraçou como se ele ainda fosse o garotinho que seguia o irmão por todo lado.

– Kakarotto, seu moleque! Eu te vi derrubando aquele sujeito de bigode preto, você foi incrível!

– Você viu? Você realmente viu a minha luta, bhaee? Mas me chame de Goku, poxa... é meu nome agora!

– Para mim vai ser sempre o pequeno Kakarotto... Claro que vi sua luta, e disse para todo mundo no bar em Nagpur que você era meu irmão. Me fizeram pagar uma rodada por sua conta, mas valeu a pena, bhaee. Eu fico muito feliz que você tenha me mandado tomar conta de minha vida quando eu quis que você largasse esse negócio de luta, viu? Eu estava realmente errado!

– Eu tenho certeza de que ainda vou vencer muitas lutas, mas, por enquanto, eu preciso que você me ajude: me disseram que meus ganhos podem chegar a mais de 1 crore ($10.000.000,00Rp ou R$ 686.000,00) por mês. É mais dinheiro que eu consigo imaginar, bhaee!

– Você... tem certeza disso?

– Não. Por isso te chamei aqui. Querem me empurrar um monte de agentes e eu não sei se confio em ninguém... e eu quero negociar melhores contratos, e não quero anunciar nada que eu não acredite... é muita coisa para a minha cabeça.

– Ok, ok! – disse o irmão. – Vamos ver esses contratos. Tem treino hoje ou coisa parecida?

– Não, temos essa semana de descanso antes do intensivo para as lutas... devo viajar para Telagana em um mês, o time Mumbai/Déli desafiou o time Orissa/Telangana para o primeiro evento. Eu vou lutar, e outros do meu time. E agora são eventos profissionais, a SFL começou a ranquear a gente dentro da liga e as coisas estão acelerando. Meus contratos vão sempre até a luta seguinte, sabe? E se eu perder eu renegocio ou perco... e eu estou um pouco... tenso.

– Entendo. Vamos ver esses contratos. Essa vai ser a minha parte, ok? A sua vai ser treinar e ganhar... até ter tanto dinheiro que possa se dar o luxo de perder.

– Mas eu não quero perder, nunca!

– Ok. Isso a gente vê depois.

O que era para ser uma estadia de algumas horas acabou com Raditz passando cinco dias em Déli e negociando com cada potencial patrocinador em nome do irmão. Os empresários se achavam espertos, mas não chegavam aos pés dos transportadores de carga que Raditz enfrentara ao longo dos quase oito anos que passara como caminhoneiro. Logo, todos os lutadores da casa, menos Broly, estavam pedindo ajuda ao rapaz que começou a considerar a ideia de se tornar um agente profissional.

Era uma vez em BollywoodOnde histórias criam vida. Descubra agora