Assim que a irmã foi embora, Bulma sentiu-se, de repente, muito triste. Tudo que a havia distraído na presença de Tights tinha ido embora com ela e isso trazia de volta toda tristeza que Bulma sentira desde que decidira abrir mão de Vegeta.
E havia as mensagens. Ela abriu o celular. Vegeta mandara mais de cem mensagens desde que haviam se separado em Dubai e ela não respondera nenhuma, porque sabia que se respondesse, poderia ceder. Mas elas estavam lá e ela as olhava toda hora. Havia silenciado o celular para que os toques não chamarem atenção, mas nos momentos em que tivera um tempinho, vira todas as declarações dele.
Todas as que ele não havia feito desde que eles tinham se conhecido. Vegeta finalmente abrira seu coração, mas agora era tarde demais para os dois. Ela não podia voltar atrás naquele momento. Ouvindo a mãe cantarolando na cozinha enquanto arrumava tudo depois de colocar a louça na máquina, ela leu a última delas:
"Bulma, diga que sim, diga que me ama e eu vou aí agora. Você não precisa passar por isso, não precisa casar com alguém a quem não ama..."
Os olhos dela encheram-se de lágrimas. De repente a mãe veio da cozinha e ela escondeu o celular.
– O que foi, filha? Por que está com os olhos cheios d'água?
– Eu...
Ela pensou em se abrir com a mãe. Sua mãe havia se casado por amor e acreditava que ela amava Yamcha, portanto, ela precisava esconder dela o que realmente acontecia e disse então:
– Não é nada não. O Yanni me mandou uma mensagem bem bonita dizendo que está voltando.
A mãe olhou bem nos olhos da filha. Havia alguma coisa, desde o começo daquela história toda, que fazia Gine sentir que algo estava profundamente errado, mas ela não conseguia saber o que era. Mas mais de uma vez ela estranhou aquela relação distante dos dois. Era só comparar com o que ela via de Kakarotto e sua Chichi, então ela disse:
– Filha... tem mesmo certeza de que está tudo bem?
Bulma ficou a um passo de confessar tudo, mas, exatamente nesse instante ouviu a chave na porta e Raditz entrou, parecendo um pouco mal humorado. A mãe olhou para ele que disse:
– Que mulher inconveniente...
Gine sorriu e disse:
– Ah, mas ela deu umas lições em você, filho. É bom, porque você estava ficando arrogante demais nas suas certezas. – Ela se virou para Bulma e disse, então:
– Como eu tinha perguntado, filha... está realmente tudo bem como você?
Bulma olhou de relance para Raditz, que olhava para ela sério, em expectativa. Ela não queria novamente o discurso sobre honra, vergonha e não queria, sobretudo, um confronto entre ele e sua mãe. Então, por isso, ela simplesmente disse:
– Tá tudo bem, mãe... eu só estou com um pouco de medo de ir morar lá naquela casa com aquela mulher – na verdade, isso não era mentira mesmo – a mãe do Yamcha é assustadora.
– Isso tenho de admitir que é verdade – disse Gine, abraçando a filha – mas, sempre que precisar, peça socorro. Mamãe nunca vai permitir que aquela mulher te perturbe.
Bulma fechou os olhos e deixou algumas lágrimas fluírem. Logo depois foi para o quarto, sob o olhar atento do irmão, que se sentiu satisfeito apenas quando a mãe disse:
– Minha Bulminha é uma ótima filha... vai chorar muito no casamento, tenho certeza...
Raditz ficou calado e foi ele mesmo para o quarto. Tinha sido um dia cheio e cansativo, e ele só estaria satisfeito quando finalmente tudo estivesse no devido lugar.
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Era uma vez em Bollywood
FanfictionEra uma vez uma fábrica de sonhos onde uma jovem atriz se apaixona por um rapaz pobre e um galã temperamental não consegue admitir que ama sua colega de faculdade. Isto é Dragon Ball, mas também é Bollywood.