O tempo perdido havia sido recuperado com folga, era preciso admitir, vendo-se o treino de Goku poucos dias antes da partida para o grande evento do Eid Mubarak.
Nos dois meses anteriores ao evento, os mestres Karin e Kame o haviam treinado nos fundamentos que ele já conhecia e o levado a expertise em outros, como chutes, golpes e movimentos de muai thay e jiu jistu brasileiro. Além disso, ele assumira uma rotina tão rígida de treinos aeróbicos e musculação, que antes do amanhecer já estava correndo e quando chegava em casa estava tão exausto que praticamente só tinha energia para sua última refeição do dia antes de ir para a cama.
O resultado era visível na forma física dele: ao enfrentar Broly, ele pesava 106 quilos, o que havia sido uma visível desvantagem diante do gigante de 119 quilos, que, além de tudo, era bem mais alto que ele. Mas, quando se pesou na sua consulta no final de junho ele descobriu que havia chegado peso de 109 quilos, apenas três a menos que Jiren, que pesava em torno de 112 quilos.
Ainda assim, o lutador de Telangana era maior que ele e tinha um repertório de golpes que ele estudara, era tão ou mais perigoso que o gigante Broly, e por isso, ele não podia perder a sua concentração por nem um minuto. No entanto, toda noite ele reservava um tempo para uma ligação com vídeo para Chichi. Seu treino, a agenda de ambos cheia e o fato de ainda não poderem ser vistos juntos para não alimentar rumores sobre a relação dos dois não diminuíra a vontade que tinham de se ver. Naquela noite, particularmente, tinham um motivo para comemorar.
Era dia 30 de junho, no dia seguinte acabaria o contrato de imagem conjunto que o prendia a Caulifla, e ele se sentia eufórico. Chichi atendeu a ligação dele quase imediatamente, com um grande sorriso e disse:
– Enfim me ligou! – ela estava, como todas as noites, no seu quarto, já preparada para dormir, com os cabelos soltos e um longo robe sobre a camisola de seda. Apesar da intimidade dos últimos meses, eles não haviam avançado para sexo virtual por um motivo muito simples: Chichi e ele eram tímidos demais para isso.
– Estou acabado – ele disse, se atirando na cama de costas, olhando para ela pelo celular – mas estou mais motivado que nunca. E o que você fez hoje?
– Gravei em estúdio. O meu filme seguinte está em vias de produção, você sabe. É bem estranho fazer par com aquele Zamasu. Acho que eu me acostumei com Vegeta.
– Como é a história mesmo?
– Ah, eu sou uma médica e ele é um paciente terminal. O fim é bem triste, aliás.
– Vai ser bom para você. O difícil é acreditar que um paciente terminal está dançando com a sua médica, numa cena de música.
Ela deu uma gargalhada e disse:
– São sequências de sonho, ninguém disse que era um filme realista...
– Você sabe que dia é amanhã? – ele olhou para ela diretamente, mordendo os lábios. Não aguentava mais se esconder.
Ela sorriu para ele e disse:
– Finalmente livres! Mas... você tem treinado tanto, como podemos nos ver?
– Bem... eu não posso parar meus treinos. É um momento muito importante, Chichi.
– Eu entendo – ela suspirou – vejo o esforço que está fazendo para conseguir vencer essa luta.
– É a luta da minha vida – ele disse, dando um suspiro longo – tudo depende disso, você sabe.
– Não é assim, Goku – ela disse, franzindo o cenho – se você perder não é o fim do mundo.
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Era uma vez em Bollywood
FanfictionEra uma vez uma fábrica de sonhos onde uma jovem atriz se apaixona por um rapaz pobre e um galã temperamental não consegue admitir que ama sua colega de faculdade. Isto é Dragon Ball, mas também é Bollywood.