Diante de um calmíssimo Raaja, Shallot dava um ataque apoplético de raiva por conta da contratação de Goku para fazer par com Chichi em "Anarkali", que ele descobriu pela imprensa na noite após a gravação do clipe promocional de "Shakti".
– Quem autorizou essa loucura, alguém pode me dizer? Quem teve essa ideia absolutamente cretina e sem sentido de contratar um amador para fazer par romântico com Chichi? Foi ela ou o imbecil do seu filho, que agora ficou amiguinho desse slumdog metido a lutador?
– Nem um, nem outro. A ideia foi minha.
– Sua? – a resposta soou como um balde de água fria sobre a cabeça de Shallot, que imaginava que teria o apoio de Raaja para reverter a contratação de Goku e agora descobria que, mais uma vez, estava sozinho nas suas ideias.
– Sim, minha. Ao contrário de você, eu estava aqui e assisti à gravação do promo. Raramente conseguimos gravar um clipe decente em um dia, mas dessa vez, a Farah Khan se superou. E o sujeito dança melhor que muito ator, sabia? Perguntei a opinião da Farah e ela disse que se eu depois do promo não o contratasse era um idiota. Ele e Chichi parecem perfeitos juntos.
– Como é que é? O que quer dizer com isso? Esqueceu que ela é minha noiva?
Raaja olhou bem para o rosto vermelho e irritado de Shallot. Sua menina não merecia mesmo aquele sujeito. Com um suspiro, ele disse:
– Eu acho interessante, Shallot, que você exiba sua "noiva" para os príncipes de Dubai sem o menor pudor e tenha ciúmes dela dentro da sua profissão. Não tomou conhecimento de nada em relação a essas produções, a não ser para reclamar de tudo, porque não te parecia o ideal do que você acha que merece ser um filme de Bollywood. Então, meu caro, não reclame. Os filmes vão te fazer mais rico.
– Eu tenho 15% desse estúdio – ele disse de forma arrogante – e consigo dinheiro para os filmes com os príncipes. O que você faz, Puraana (velho), além de emprestar sua imagem que nem é mais a mesma?
Raaja aproximou-se lentamente de Shallot, os olhos pretos faiscando de raiva:
– Esse estúdio, que num momento de dificuldade recebeu o socorro de sua família, tem o meu sangue e o meu esforço. Eu já produzia filmes aqui quando você mamava nas tetas da sua mãe, seu idiotinha metido. E Anarkali vai fazer tanto dinheiro que você vai engolir palavra por palavra do que está dizendo.
– Acho bom! – disse Shallot, levantando-se para ir embora da sala de Raaja – Porque Chichi já tem uma boa dívida comigo. Ela me deve bastante para simplesmente ter a ideia de arrumar outro e me deixar para lá! Se ela pensa que vai me trair e continuar tendo uma carreira, está enganada!
Raaja encarou Shallot sabendo o quanto ele era perigoso. Mas era bom que o sujeito o subestimasse, dava a ele espaço e tempo para agir. Decidiu ignorar as alfinetadas e disse:
– Se você precisa de uma dívida para segurar uma mulher é porque provavelmente não a merece. – Raaja abriu a porta e disse – Não apareça mais aqui. Não quero ver seu focinho intrometido no meu estúdio por um bom tempo!
Shallot saiu, furioso, e foi até o estúdio, onde Chichi gravava uma cena de Shakti com Bulma. Era uma cena doméstica em que Anarkali e Anjali conversavam sobre como poderiam ajudar nos treinamentos de Shakti, o que, mais adiante, faria Anarkali despertar para seu próprio talento para a luta. Ficou observando Chichi atuando e começou a pensar ela que estava evitando-o, ele podia sentir. O luto era apenas uma justificativa para mantê-lo longe, mais uma. Ele ficou parado, vendo a gravação até que o diretor cortou e ele chamou Chichi.
– O que foi, Shallot? – ela disse, no tom frio e formal que adotara para falar com ele desde a morte do pai.
– Precisamos conversar sobre o filme.
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Era uma vez em Bollywood
FanficEra uma vez uma fábrica de sonhos onde uma jovem atriz se apaixona por um rapaz pobre e um galã temperamental não consegue admitir que ama sua colega de faculdade. Isto é Dragon Ball, mas também é Bollywood.