Vegeta perdera a noção de quanto tempo eles haviam rodado depois que ele foi levado para dentro do Mahindra com um saco de pano na cabeça. Os três homens falavam bem pouco entre si, talvez porque não quisessem dar pista de quem eram.
Isso era um bom sinal. Talvez o objetivo não fosse matá-los.
Bulma, que havia sido posta sentada ao lado dele no banco de trás do carro, tremia descontroladamente, mas eles não conseguiam se falar porque, ao contrário dele, ela estava amordaçada. Quando foram postos lado a lado ele ouviu o homem de rabo-de-cavalo dizer a ela:
– Agora preciso te vendar, querida. Não queremos que veja o caminho.
Vegeta sentia Bulma tremer mais a cada palavra que o homem dizia. Parecia que ela tinha mais medo dele de que dos outros dois. Ele se perguntava porquê. O motorista, um gorducho que ele vira apenas de relance, ele já sabia que se chamava Dodoria. O homem do rabo-de-cavalo em um momento foi chamado por ele de Zarbon e o terceiro elemento, ele acabou descobrindo, se chamava Kiwi. Vegeta ia captando essas informações e memorizando, pensando numa eventual reação.
– Acha que o chefe já vai estar lá, Zarbon? Ele quase nunca sai de Goa... – disse Dodoria, bruscamente cortado por Zarbon, que disse:
– Não fale no chefe, idiota.
"Então" pensou Vegeta "É de Goa que o chefe deles vem. Bulma disse que tinha morado em Goa na infância. Será que há alguma relação?"
De repente, o carro começou a andar por um terreno claramente acidentado. Uma estrada de terra ou coisa parecida, com muitas pedras. Vegeta sentia o carro balançar pensando se eles ainda estavam dentro de de Mumbai, mas, mesmo tendo perdido um pouco a noção do tempo ele sabia que a cidade era grande o suficiente para se andar por por horas sem sair dos seus limites, e eles poderiam estar indo na direção de uma área menos populosa e mais periférica, como o extremo de Andheri ou o antigo distrito industrial de Mulund, no Norte da cidade, área onde ele jamais estivera, mesmo tendo nascido em Mumbai.
O carro parou de repente e Zarbon disse:
– Hora de desembarcar, celebridades. Parece que o chefe ainda não chegou, vamos ter que deixá-los esperando por ele...
Vegeta começou a contar os passos sobre o terreno pedregoso assim que foi tirado do carro com brutalidade por um dos capangas. Ele ouviu um murmúrio de lamentação de Bulma atrás de si, provavelmente porque ela estava usando sapatos delicados e não tênis de corrida como ele. Ele contou mais de 800 passos até que entraram num lugar com o chão liso de cimento, um galpão ou prédio, ele pensou. Não era um lugar abandonado, ele podia ouvir uma movimentação em algum lugar próximo, como se houvesse muitas pessoas trabalhando.
"Uma fábrica ou manufatura" ele pensou "mas deve ser clandestina, ou não nos trariam para cá..."
Subiram por uma escada por dois andares e então, Zarbon disse:
– Não podemos coloca-los no escritório do chefe. Ele não iria gostar. Leve-os ao depósito do último andar, tranque-os lá e vigie a porta, Dodoria. Ninguém pode saber que estão aqui.
– Eu tenho que ficar trancado com eles dentro do depósito? – resmungou Dodoria.
– Não, basta ficar do lado de fora, não tem janelas nem outra saída. Mas não saia nem por um minuto. O chefe não deve demorar.
Eles foram levados por mais um andar e Vegeta disse, quando sentiu que eram empurrados para dentro de um cômodo que parecia um pouco mais abafado que o ambiente onde estavam:
– Já que vamos ficar num depósito vigiados por você, podia tirar nossas vendas. É sufocante.
– Boa tentativa – disse Dodoria – mas não faço nada sem a autorização do Chefe...
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Era uma vez em Bollywood
FanfictionEra uma vez uma fábrica de sonhos onde uma jovem atriz se apaixona por um rapaz pobre e um galã temperamental não consegue admitir que ama sua colega de faculdade. Isto é Dragon Ball, mas também é Bollywood.