Capítulo 50 - Deewana (Loucura)

125 9 7
                                    

Goku abriu os olhos e levantou a cabeça. Estava sozinho no quarto de solteira de Chichi. Olhou em volta e ouviu o chuveiro. Chichi estava no banho e ele pegou o celular na cabeceira da cama para olhar as horas: ainda eram 8:40, o que significava que Chichi tinha realmente levantado bem cedo como se fosse um dia como ouyro qualquer, feito suas aulas de alongamento e dança e já estava no banho para começar suas atividades, exatamente como tinha dito a ele que faria. Ela realmente era a pessoa mais rígida em seus hábitos que ele conhecia, talvez até mesmo mais que Raditz.

Ele sentou-se na cama nu, esfregando os olhos como um menino. Embora tivesse uma cama de casal, o quarto de Chichi ainda parecia um pouco um quarto de adolescente: havia uma fileira de posters emoldurados na parede: os filmes da princesa Shanti, do primeiro ao último, no qual ela aparecia com Vegeta, em quem ela fizera um bigode ridículo com uma caneta permanente desenhado por cima do vidro. Os móveis eram em tons claros, rosa e azul e havia uma profusão de bichos de pelúcia sobre uma poltrona de boneca colocada ao lado da escrivaninha. De repente, ele riu e viu o livro do Kamasutra, que ela trouxera para o quarto a pedido dele logo na primeira noite que haviam passado juntos ali.

Sabendo que Chichi demorava no banho e detestava ser interrompida ou apressada, ele pegou o livro e sentou na cama de pernas cruzadas, abrindo a grande edição de luxo aleatoriamente. Às vezes ele ria com as posições e murmurava "nossa, essa é impossível"... na véspera, haviam chegado da festa do seu casamento muito felizes e excitados e haviam feito amor apaixonadamente, mas logo depois, muito cansados, haviam adormecido, com Chichi insistindo em dizer que teria agenda para aquele dia, que, afinal, seria uma segunda-feira qualquer se eles não tivessem cometido a loucura de se casar repentinamente.

De repente, ele parou, curioso, e começou a ler uma passagem que chamou sua atenção porque dizia que um homem deveria aprender a enlouquecer uma mulher com a língua antes de leva-la para a cama, e descrevia beijos e sexo oral de forma que o fez erguer uma sobrancelha quando comparava o clitóris com um pequeno grão de romã. "É, faz, sentido, tem mais ou menos o mesmo tamanho..." ele pensou, mexendo involuntariamente a língua dentro da boca, tentando simular o movimento descrito no livro. A ilustração mostrava um sujeito bigodudo com o rosto entre as pernas de uma mulher, os dois com a expressão que Goku chamava de "cara de kamasutra" um olhar para o nada com um meio sorriso nos lábios.

Quando ele estava quase no fim do texto, a porta do banheiro da suíte se abriu e Chichi saiu, vestindo um fino robe de seda e enxugando os longos cabelos com uma toalha branca e felpuda. Ele levantou os olhos do livro e sorriu para ela, que olhou para o livro diante dele e disse, com um jeito brincalhão:

- O que você está inventando agora? Eu não posso dar as costas que você abre esse livro, seu tarado pervertido!

- Ei, eu estou me instruindo! Eu não posso fazer nada se você me abandonou logo cedo para fazer alongamento e katak!

- Não era katak. – ela disse rindo, tornando a enxugar o cabelo – hoje é dia de aula de orissi. Ela se sentou sobre a cama, e ele viu o robe de seda deslizar um pouco pelo ombro e achou muito sexy – você não sabe a primeira coisa que a minha professora me perguntou.

- Se a gente realmente casou?

- Não. Se é verdade que o Yamcha é gay. Os veículos estão fazendo tanto sensacionalismo com isso que esqueceram da gente, do Vegeta, da Bulma... a história é que o Yamcha desceu do elefante e saiu de mão dada com o Piccolo e foi ser feliz.

- Bom, mas foi isso mesmo, né?

- Sim! E pensando nisso ninguém vai censurar o Vegeta e a Bulma por fugirem juntos. Olha que legal! – ela disse isso e o robe deslizou mais um pouco, quase deixando ver um de seus seios. Goku mordeu o lábio inferior, pegou o livro e fechou, deixando sobre a mesa de cabeceira e então se aproximou dela na cama. Mas em vez de beijá-la, ele deitou a cabeça no seu colo e ficou olhando para ela, que agora tinha deixado a toalha de lado e passava os dedos pelos cabelos para desembaraça-los. Ela olhou para baixo e sorriu para ele, que disse:

Era uma vez em BollywoodOnde histórias criam vida. Descubra agora