One: Última tarde quente de verão.

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•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. •••••••••••••••••••••••

Olá... Meu nome é Elizabeth Cooper, mas pode me chamar de Betty. Eu moro na mágica cidade de Nova Iorque, com minha família. Nasci na pequena Riverdale, que fica na Geórgia,dentro do condado de Clayton. Me mudei para cá com apenas dois anos, quando fui obrigada a deixar o lugar que tanto amava em decorrência da expansão da empresa de meu pai.
Por falar nele... Hal, o grandioso Hal Cooper, dono de uma empresa internacional de exportações e importações. Minha mãe, Alice Cooper, é a típica primeira dama da alta sociedade que fecha os olhos para tudo de mau que o marido faz, cega pelas próprias jóias e bolsas caras. Tem também a minha irmã mais velha, Polly, só uma vadia que tive a infelicidade de nascer com laços inquebráveis... Mas se for pra ser sincera, prefiro não comentar nada sobre eles agora.

-Quebra de tempo: 4:42 p.m.

Eu estava trancada no meu quarto o dia inteiro,usando apenas um short de algodão cinza, uma regata baby blue e o cabelo preso em um bagunçado rabo de cavalo. O odor fresco de peônias e vanilla me envolvia em um abraço de calma. Não saí daqui nem para as refeições, muito provavelmente têm algumas bandejas de comida na porta as quais não me dei nem ao trabalho de olhar. Deitei no chão, sentindo os fios felpudos do tapete distribuírem cócegas por toda a extensão descoberta do meu corpo... Minha respiração calma me levava a voar longe, para a noite passada... A qual passei em frente ao vaso sanitário, vomitando, em decorrência da saúde frágil e instável. A saudade dos meus amigos, que faz uma lágrima solitária escorrer do meu olho direito e ir em encontro aos fios do tapete... Envolta nesses pensamentos, tenho um sobressalto ao sentir o celular vibrar do lado do corpo. Era a Ronnie, graças a Deus. Eu não falava com ela desde o fim das aulas, já que graças às últimas travessuras que aprontou com o Archie, os pais a mandaram para uma propriedade rural isolada em Greendale, a quilômetros de distância de mim. Acredito que finalmente ela voltou pra Park Avenue, já que está me mandando mensagem. Em um impulso rápido, peguei o celular e fui respondê-la.

>Whatsapp On<

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• Vee🤞✨ • •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Bee? Está aí?!
Amiga, que saudade!!! Enfim,
olhe só quem está de volta à Park
Avenue?🤭

Ai Meu DEEEEEUS!
Oi maluca ksks.Quanto tem-
po Ronnieeeeee. Tô louca pra
te ver. Como vc está,foguinho?

Até que bem lindinha. As férias foram um saco e tô seca pelo meu red-haired boy. O que vc
acha de uma Black Party hoje?

Mas tu não aprende mesmo
né mulher? 🤣 MALUCAAAA! Acho melhor não Vee, amanhã voltamos a rotina, acho q
ressaca não é uma boa volta rs

PARE DE SER CARETA!
Quer luxo maior que óculos escuros no primeiro dia?
Não seja minha empata foda, pfvrr!
Passo pra te pegar às 9 Baby. Bjus😬💖
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Desligo o celular sem falar mais nada. Ela não me deixaria em paz até eu aceitar, sempre consegue. Olho o relógio e já passam das cinco da tarde, levanto-me e sigo em direção a sacada do meu quarto com um bom livro nas mãos, determinada a aproveitar o pouco tempo de sossego que ainda me resta. Giro a chave na fechadura da delicada porta de vidro e a arrasto até alguns centímetros de seu limite. A brisa fria de fim de tarde se choca contra minha pele e sinto arrepios percorrerem pela mesma. Sento-me em meu balanço suspenso e perpasso uma perna pela outra, aconchegando as costas na superfície esferíca. Leio devagar quase oito capítulos de meu livro sem nem notar a hora passar.
Após um tempo completamente imersa ali, levanto e firmo os pés descalços no chão, sentido o frio do mesmo percorrer pela extensão dos meus pés. Ando levemente até encostar no batente de vidro da minha varanda, onde repousei os braços e senti o vento da última tarde quente de verão passar pelos fios do meu cabelo, bagunçando-os levemente. Olho o horizonte e vejo que o sol já se põe, anunciando oficialmente o fim das minhas férias e dando espaço agora para a poesia de algumas estrelas que já se mostravam. Meus pensamentos sobre tudo que já passei ali; naquela mesma varanda, sessam por um instante ao ouvir ao longe alguns passos pesados de corrida pelo asfalto. Eu moro em um condomínio de casas muito grandes, de pessoas da alta e requisitadas. Aqui têm no máximo 18 casas, já que cada uma fica a mais de 100 metros da outra. Por isso, era tudo bem tranquilo e silencioso... Até que aquele ser aparece correndo. COMO ASSIM ELE TÁ NESSE CONDOMÍNIO?
Jughead Jones; o pecado da NY Academy High School. Tinha os cabelos bagunçados e ensopados pelo suor. A regata esportiva cor de grafite grudava em seu abdômen assim como a bermuda preta revelava traços de sua peça íntima bóxer branca. A medida que se aproxima, um sorriso mais e mais cínico se estampa em seus lábios. Desde que eu me lembro; nós sempre nos odiamos. Ele sempre foi o típico escroto garanhão, pegando todas que apareciam em seu caminho sem exitar... Ele não foi sempre assim, no moderar de seus oito anos que começou a ser insuportável e um monstro, especialmente comigo. Eu nunca entendi, mas sempre respondi a altura. Ele chega a basicamente 1 metro de distância de onde eu estava, posso ver seu peito ofegar em razão da respiração acelerada e levemente sufocante. Seu pomo-de-Adão se movia com rapidez na extensão do pescoço e, estampando a maior cara de cafajeste, ele soltou:

》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora