•••••••••••••••••••• Verônica's P.O.V. ••••••••••••••••••••
Manhã gelada de Sexta Feira. O frio instaurado no interior do quarto de Jellybean é imenso, meu corpo se choca em arrepios e eu tremo sem parar. Com cuidado para que ninguém mais descobrisse sobre Jellybean, trouxe Archie para dentro do quarto e não saímos de perto dela.
Por mais debilitada e machucada que ela ainda esteja, não parou de falar um segundo sequer sobre todas as teorias que podem ser formadas com relação aos fatos que levaram o irmão e a cunhada que ela tanto ama a se separarem. Estou impressionada com a força dela, mas ainda assim sei que não é suficiente e que o empenho dela não prova nada.
Quase dez da manhã, não dormi na noite passada. Jogada na poltrona do canto do quarto, observo o meu namorado dormindo sentado ao lado da cama da JB com a cabeça apoiada nas pernas dela, já que a noite foi agitada com a Beenzie acordando a cada dez minutos. Me sinto cada vez mais impotente e burra... Por que a resposta que falta não vem até a minha cabeça de uma vez?!
Tenho um pequeno acesso de raiva e me levanto de uma vez, acabo batendo na mesinha do lado e fazendo um barulho que ecoa pelo quarto. Não me importo muito, apenas envolvo o meu corpo com o edredom que estava sobre minhas pernas agora a pouco e saio do quarto.
Ando apressada até o outro extremo do Largo corredor e me apoio no limite da vasta parede de vidro que fica de frente para a porta de Jellybean. Respiro bem fundo e sinto minha expressão tomar traços mais cansados e frustrados. Olho o trânsito aos arredores do hospital e vejo que apesar do horário já está caótico. Fecho os olhos lentamente e tomo outro fôlego demorado.
Arrasto o edredom que me esquenta até o início do corredor, onde têm uma máquina de capuccinos. Pego um expresso e bem forte, preciso me concentrar. Volto para a frente da porta da JB, todo cuidado é pouco com ela acordada. Tomo goles demorados, aspiro o cheiro de higiene dos corredores e o aroma forte do meu café. Respiro fundo outra vez, pensa Verônica. Minha cabeça trabalha a todo vapor agora, preciso organizar toda essa confusão.Tudo começou na Segunda. A Jellybean foi atropelada pelo Chuck por que escutou demais, então tenho certeza que a vadia da Polly tem dedo nisso. Pulando pra festa do Chuck, o Jug não transou com aquela oxigenada, mas ela o dopou e se aproveitou com várias fotos. O que me faz pontuar um, pois não tenho como provar isso já que foi só uma conversa que escutei. Já deu pra entender que isso é algum tipo de vingança, mas tem alguma peça que não se encaixa se jeito nenhum.
Jughead não seria capaz de trair a minha amiga, mas Polly tem o vídeo. Então, céus, como ela tem esse vídeo? Como é que inferno o Sweetpea tá no meio de toda essa merda?! Eu mereço...
Deixo um pequeno soco no vidro incrivelmente grosso, então podem presumir que isso machucou mais a mim do que a ele. Sacudo a mão no ar e ouço a voz do meu namorado nas minhas costas.- Vai com calma lutador de box, vai machucar o vidro- Ele diz e anda até mim quando o olho- Quer me contar por que todos esses acessos de raiva logo de manhã?
- Só foi esse tá legal?- Digo enquanto ele acaricia minha mão
- Não foi não, você me acordou com o baita chute na mesinha de criado mudo- Ele diz risonho
- Droga, a Beenzie acordou também?- Pergunto
- Não, a baixinha tá num sono pesado demais. Ela acordou muitas vezes de madrugada com pesadelos, é só voltava a dormir depois de alguns minutos demorados como você sabe- Archie diz e coça a nuca- Bom, me conta agora o que aconteceu.
- Você sabe Arch..- Me viro para a cidade outra vez- Tudo no quebra cabeça se encaixou, mas não acho solução para o vídeo que a Polly diz ser do dia que ela chegou em Nova Iorque...- Digo frustrada e Archie me abraça
- Meu amor, você já descobriu muita coisa. É a sua palavra contra a da Polly, eu sei que a Bee acreditará em você. A Polly se incriminou o suficiente com a conversa que ouvimos ontem..- Ele diz e me olha, antes de sermos cortados pela doce voz que surge no corredor
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》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)
Ficção AdolescenteOlá... Meu nome é Betty Cooper. Uma nada típica Jovem de 17 anos morando na grande Nova Iorque. Meu pai é um típico empresário fanático por dinheiro, minha mãe finge não ver tudo que meu pai faz, cega pelas próprias jóias e; minha irmã... A garota q...