•••••••••••••••••••• Jughead's P.O.V. ••••••••••••••••••••
Acordo devagar, meus olhos se negam a abrir e sentem o incômodo provocado pela luz do sol que passa pela janela. Sento-me finalmente após um tempo procurando coragem e ao olhar ao meu redor vejo que nunca vamos dormir nos nossos quartos, porquê a sala já virou nosso dormitório.
O sol já estava bem forte, então acabo tendo um pequeno espanto ao ver que já passam das nove horas dessa manhã de Sexta-feira. Acabo me distraindo quando olho para o lado, pois a cena me faz esquecer tudo e quero congelar o tempo exatamente ali, pois não é todo dia que se contempla uma cena tão angelical quanto a loirinha dormindo. Apesar que nos últimos dias foi o que mais vi... Mas é sempre melhor a cada nova vez.
Ela sempre dormia toda largada; uma perna esticada, outra dobrada ou pra fora do acolchoado. O edredom cobria a maior parte de seu corpo, onde uma de suas mãos estava posicionada abaixo de seus seios meio que segurando o edredom. Mas tá aí a cena que nunca mudava, a mão livre sempre do lado do rosto, que era abrilhantado por um beicinho em seus lábios que só a deixava mais fofa.
Seu rosto estava meio iluminado pelo sol e sua respiração estava serena e sem urgência. Sigo olhando para ela, não entendo mais o que está acontecendo comigo e também não aguento mais me fazer a mesma pergunta; O que Betty Cooper conseguiu bagunçar dentro de mim? Desde que me fechei para nossa amizade não falei mais com ela. Ela mudou tanto, ficou ainda mais fragilizada (e assumo que por um certo tempo a culpa foi minha, por me afastar dela sem mais nem menos e me tornar um verdadeiro monstro) Mas também, está muito mais confidente. Eu a olho e sinto que se eu contar tudo que se passa dentro da minha mente ela vai me acolher e aceitar o que sou, sinto que ela não fugiria como as muitas meninas fúteis que me escolhem para a transa e vão embora logo em seguida. A Betty é diferente...
Eu sei que nunca senti nada assim, é extremamente diferente de qualquer outra coisa que já senti. Mas nada disso está organizado em minha mente e tenho medo de não conseguir organizar. O toque dela é diferente, o abraço, o gosto dos lábios.. Eu olho para ela sem malícia alguma, sem segundas intenções, só com o desejo ardente e crescente de tê-la ao meu lado, me abraçando e me segurando diante de tudo isso.Ela pode até achar que eu a salvei, mas na verdade, acho que quem foi salvo fui eu. No fundo, sinto que ela quem me protege e me segura, me levanta. Acho que foi por ela que decidi me levantar, por ela que estou tentando ser melhor... E acima de tudo, tenho certeza que não quero admitir que estou amando a mulher serena que dorme perpendicular à mim e que agora; carrega meu sobrenome.
Respiro bem fundo e viro de costas para Betty, enquadrando em minha visão agora a porta de entrada, as escadas e uma parede de vidro que dava uma bela vista tanto para a praia quanto para o sol que brilhava ardente no céu. Observo o piano que ficava praticamente abaixo da escada que levava ao andar dos quartos. Me pergunto se ainda sei tocar... Prefiro mesmo o violão, até cantar as vezes. Acho que por isso a sala de música da casa nova me empolgou um pouco, enfim...
Nesse instante Betty começa a se remexer no sofá, mas ainda não acorda. Eu abraço o edredom dela com mais força e respiro fundo, o cheiro dela estava intacto ali. Suave, um toque de baunilha e cerejeira dominava minhas narinas. Queria conseguir decifrar ela, que hora me beija e outra me diz que não vai rolar mais nenhum toque ou beijo. Você é um enigma, Cooper! Mas por incrível que pareça, estou disposto a mover céus e terras para conseguir entender...
Acordo rapidamente do transe que me envolvi sentindo o cheiro de Betty quando ouço:- Bom dia Jug.- Viro-me na direção da voz doce e sonolenta que acaba de me dizer isso e encontro Bee já sentada no sofá, completamente envolvida no edredom como uma espécie de capa. Ela bocejou e coçou delicadamente os olhos, que revelaram certo espanto logo em seguida.- Meu Deus, que horas são?!
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》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)
Ficção AdolescenteOlá... Meu nome é Betty Cooper. Uma nada típica Jovem de 17 anos morando na grande Nova Iorque. Meu pai é um típico empresário fanático por dinheiro, minha mãe finge não ver tudo que meu pai faz, cega pelas próprias jóias e; minha irmã... A garota q...