Eleven: Pizza night

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•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••

-Quebra de tempo: Quinta-feira; 5:48 A.m.
         
          Meu corpo sereno e um pouco dolorido pelo sono que repousei no sofá começa a despertar lentamente. O relógio robusto de madeira clássica que estava pendurado na parede revelava para mim quase seis da manhã. Uma corrente fria percorre meu corpo coberto com o pijaminha de seda e arrepia os pelos de toda a extensão descoberta. Olho para o lado tentando descobrir de onde vem, então vejo a janela ao lado da escada aberta. Calço as pantufas com as quais vim para cá e ando até a janela, vendo o sol que já começa a se mostrar e o horizonte banhado unicamente pelo imenso mar azul.
          Respiro bem fundo aquele ar fresco da manhã e olho na direção do sofá depois de perceber um movimento e confesso que levei um micro sustinho antes de lembrar que Jughead também tinha provavelmente dormido ali. Olho na direção da televisão que tenho certeza que passou a noite inteira ligada, pois só mostrava a logo da Netflix. Ando na direção do controle que estava sob a mesinha de centro e a desligo.
           Assim que me viro para trás, minha visão é dominada por uma cena pura, calma e serena. Chego um pouco mais perto olhando fixamente para ele com um sorriso besta no rosto que nem percebi que estava lá. Ele estava completamente estirado no sofá, com apenas uma almofada apoiando sua cabeça. De barriga para cima, uma de suas mãos estava apoiada sob sua barriga e a outra pertinho de sua face, que estava voltada para as costas do sofá. Famoso ditado; Quem te viu quem te vê, Jones. Se não soubesse o demônio que ele é acordado, teria convicta certeza de que é um anjo. Respirava bem calmamente e mal se mexia, mas aparentemente estava com frio. Então pego o cobertor que tinha trazido para cá ontem a noite e jogo delicadamente por cima dele.

         - O que é isso que você tá fazendo revirar aqui dentro de mim, Jones?- Sussurro para mim mesma em forma retórica, mas ele se mexe virando o rosto para mim fazendo com que eu dê um pequeno pulo para trás. Ele ainda está com os olho fechados então eu decido parar de conferir se ele não morreu e ir terminar o restinho do tempo que eu ainda teria de sono na minha cama.

             Saio bem devagar de perto do Jug, com passos leves para não acordá-lo. Quando piso no primeiro degrau, fecho os olhos com força e paro de andar rapidamente, pois escuto:

             - Bee..- Era o Jug. Droga, acordei ele.

             - Oi Jug, fala- Digo baixinho, mas ele continua.

             - Loirinha, peraí..- Como é?- Cooper!- Ele fala a última parte com maior impacto e dou passos apressados até ele.

            Está dormindo? Como assim? Ele está.. Não. O Jones tá sonhando comigo?

            - Betty..- O que deu nele?! Não, eu estou maluca. Corro pelas escadas até chegar ao meu quarto, onde encosto na porta ofegante e me jogo no carpete em seguida.

            Ele só pode estar querendo me deixar maluca. Uma hora consigo ter a certeza que ele me odeia. Em outra, que quer ser meu melhor amigo e me proteger de tudo. E em outra penso que ele poderia sim me.. Não, não! Nem pensar Elizabeth, combinamos que qualquer mínima ideia de sentimento que esteja nascendo aqui deve morrer. É isso, deve sim.
            Checo meu celular e começo a achar estranho o fato de Verônica não ter me mandado nenhuma mensagem desde que cheguei na praia. Falei com ela nos dois primeiros dias que faltei na escola, mas ontem e hoje ela não mandou mais mensagem, não postou seus tiros de amor diários com o Red-haired dela.. Que estranho. Decido mandar mensagem para ela, mas a mesma nem é recebida, apenas enviada. Suspiro fundo, de todos os homens nesse mundo eu teria que começar a sentir algo justo pelo que fui obrigada a me casar? Que irônia. Sei que não posso, não preciso me machucar de novo, não posso deixar que tentem fazer tudo aquilo comigo de novo.
           Já passam das seis, então me levanto e decido tomar um banho. O chão gelado do banheiro acompanha meus passos enquanto me livro daquele pijama. Entro na cabine de vidro e fecho a mesma em seguida, ajustando a água para gelada, no plano de despertar melhor o corpo. Saio enrolada em uma toalha branca e bem fofa, pegando a mala que estava ainda aberta sob a cama e tirando de lá uma calça de moletom cinza e uma blusinha regata de alcinhas rosa claro. Coloquei meu chinelos e amarrei meu cabelo em um coque mais bagunçado. Depois de escovar os dentes, desço e vejo que Jughead segue dormindo, então me vem a ideia de cozinhar algo para o café da manhã. Não pode ser tão difícil assim né? Eu meio que sei cozinhar, mas acho que nem sempre fica tão gostoso..
           Desço as escadas devagar e vejo que Jug ainda dorme agarrado ao meu cobertor. Quando chego a cozinha, olho ao meu redor e tenho uma ideia perfeita do que fazer; Panquecas com calda de frutas vermelhas (Acho que já deu pra perceber que amo qualquer coisa que envolva um morango ou uma amora, né?) e pra acompanhar, Smoothies. Acho que o preferido de Jug ainda é o de Manga, e pra minha sorte, tinham algumas perfeitamente geladas dentro do refrigerador.
           Pego os materiais da panqueca e coloco na bancada da cozinha, mas antes de começar a preparar a massa, ligo o fogo para que a calda fique pronta antes, pra dar tempo de ficar gelada. Corto a manga e coloco junto ao leite, ao iogurte e alguns cubos de gelo no liquidificador, pois eu precisava ser prática pra que tudo ficasse pronto antes da bela adormecida ali acordar. Enquanto o smoothie de Jughead batia, termino de cortar os morangos para fazer o meu e adiciono o açúcar as frutas que já começavam a ferver. Enquanto começo a preparar a massa da panqueca, ouço alguns resmungos vindo da sala e me pergunto se o Jug acordou, mas esqueço isso quando não escuto mais nada. Cantarolo uma música na minha cabeça e adiciono mais um pouco de farinha de trigo, quando sem aviso prévio

》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora