•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••
Não me lembro de nada da noite passada, a não ser da infame briga com Jughead no banheiro do mezanino. Com os olhos entreabertos pelo incômodo com a luz, olho para o relógio e noto que já são 5:59 a.m. e em menos de segundos o meu despertador começa a tocar. O tilintar do mesmo ecoa em minha cabeça e a faz doer ainda mais.
Com a pouca força que nasce em mim, desligo-o e observo a tela de bloqueio de meu celular. Têm mensagens do Kev, de algumas meninas do colégio e da Vee, com toda certeza deve estar uma fera comigo, mas resolvo deixar isso de lado e resolver com ela depois. Levanto da cama, indo até o banheiro enquanto lágrimas rolam em meu rosto por não sei bem o que e ao mesmo tempo, me sinto um pouco consumida pelo pânico de um novo ano.
Tomo um banho gelado na tentativa de despertar e lavo o cabelo para me livrar do cheiro de bebida que jaz nele por conta da noite passada. Demoro cerca de vinte minutos ali e quando termino, escovo meus dentes e saio enrolada em meu roupão, sem conseguir de jeito nenhum parar de chorar.
Entro em meu closet com o mínimo ânimo para me arrumar, mas acabo colocando uma blusa Baby rosa e uma calça jeans clara, rasgada nos joelhos. Para esconder um pouco mais o corpo, coloco um sobretudo com mangas godês compridas. Ele era preto com jasmins rosas e brancos estampados. Tento secar as lágrimas que ainda escorrem e, após me vestir, desembaracei meu cabelo deixando-o solto repartido para o lado direito e coloquei um Adidas rosa com listras brancas. Passo um pó básico para tentar amenizar as olheiras e o inchaço, sem sucesso. Deposito um peach nas bochechas junto a um cintilante nas pálpebras, seguindo de um rímel leve e um gloss labial. Passei uma colônia e era isso, estava pronta. Levei uma bolsinha de lado cor de melancia, só por precaução. Coloquei analgésicos, meus remédios, celular e dinheiro. Não iríamos utilizar material hoje, então não me preocupei. Sigo em direção até a porta e saio trancando meu quarto.
Olho de relance para o quarto de Polly e sei que ainda dorme, sem se importar com as aulas da faculdade. Passo pelo quarto dos meus pais e vejo tudo já arrumado... Curioso, 6:43 A.m. e não estão mais ali? Estranho... me dirijo a escada e encontro minha mãe na mesa, não parecia nada bem e estava tomando café sozinha. Tento fazê-la perceber minha presença para que não se assuste e começo a falar:-Bom dia mãe... Onde está meu pai?- pergunto com expressão de interrogação, pelo costume de sempre vê-los tomar café juntos.
-Bom dia querida...-Querida?- Seu pai saiu logo cedo, precisou resolver os trametts para fechar um novo contrato e nem o vi quando saiu.- Nesse momento ela levanta e anda até mim- Betty, sei o quanto errei com você, que não lhe dei o valor que uma filha como você merece. Eu juro mudar, só peço que por favor me perdoe... ou tente.- Ela deixa uma lágrima solitária rolar pelo rosto e eu confesso que reprimo a vontade de chorar. Ela se aproxima, me envolve e deposita um beijo em minha testa. Não me movo, estou em espécie de um choque.
Em segundos, escuto uma insinuação de vômito vir da escada e vejo a Polly com uma maquiagem restante bem borrada e um babydoll meio revelador. Ela nem começou a falar e já sinto nojo.- Ai que nojo, cenas de afeto a esta hora da manhã? Ainda mais vindas de você, mamãe? Tenha dó...- Ela sorri com desdém e tento sair dali o mais rápido possível, sei que o que Polly quer é brigar.
-Pollyanna, acho melhor que você...- imterrompo minha mãe nesse ponto.
- Mãe, sabe que não vale a pena.- Sorrio até que meigo para ela e a mesma retribui. Pego uma fruta e sigo meu caminho em direção a porta, onde sinto o baque da mesma atrás de mim quando ela se fecha. A rua está deserta, tomada por neblina e muito fria. Vou em direção ao carro do meu motorista, me jogo no banco de trás e peço para que ele pegue a estrada. Em menos de segundos, sinto meus olhos pesados por algumas lágrimas teimosas que tento ignorar quando adormeço encostada a porta pela dor de cabeça crescente em mim...
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》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)
Novela JuvenilOlá... Meu nome é Betty Cooper. Uma nada típica Jovem de 17 anos morando na grande Nova Iorque. Meu pai é um típico empresário fanático por dinheiro, minha mãe finge não ver tudo que meu pai faz, cega pelas próprias jóias e; minha irmã... A garota q...