•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••
O frio intenso da primeira manhã do ano adentra as janelas entreabertas do quarto e percorre meus pulmões, fazendo meu corpo transcorrer em arrepios. Abro os olhos lentamente e com muita dificuldade, minha cabeça lateja com a vaga lembrança das doses tomadas horas atrás.
Viro meu corpo com certa dificuldade, tendo por visão um Jughead largado dominando metade da cama com a cabeça apoiada em um dos meus braços, sorrio. Ele se mostrava sereno, muito mais que eu pelo menos, já que quase não bebeu na noite passada. Isso me faz voltar a mim, que tenho a cabeça dominada por uma ressaca intensa, apesar de também não ter bebido tanto assim.
Levanto devagar da cama, tentando respeitar meu tempo, que no momento é extremamente lento. Aperto os olhos na direção do relógio que marca quase nove da manhã agora, para quem dormiu quase as quatro da manhã está de bom tamanho. Toco minha nuca delicadamente e ando até o banheiro, sentindo o chão frio se chocando contra meus pés descalços.
Olho meu reflexo com vestígios de maquiagem e sorrio apesar da dor insuportável em minha cabeça. Lavo meu rosto com água em abundância e escovo os dentes logo depois, enrolando o cabelo em um coque desajeitado e saindo do banheiro diretamente para a saída do quarto.
Envolvo meu corpo coberto pelo fino pijama de seda com um hobby de malha super quentinho. Ando devagar pelo corredor, passando pelas portas onde dormiam os nossos amigos. Paro de frente para a porta da Beenzie, a qual eu abro devagar e me recosto na moldura de madeira, observando carinhosamente a pequena que dorme serena entre os edredons quentinhos. Sorrio comigo mesma e volto ao meu destino.
Desço as escadas devagar, um passo de cada vez, então finalmente chego na sala, que estava limpa e muito cheirosa. A parte boa da bagunça que fizemos ontem é que ela está inteiramente no terceiro andar da casa. Apresso meu passo até a cozinha, o vento que perpassava as janelas de toda a casa fazia os corredores assoviarem baixinho pelo extremo silêncio que se mantinha por ter todos ainda dormindo. Suspiro pesadamente, então pego uma chaleira e coloco água para ferver, a qual retiro após uns cinco minutos e coloco dentro de uma xícara que já tinha o saquinho de chá.
Respiro o cheiro gostoso que saia da xícara e ando devagar até a janela que dava vista para as árvores que cercavam nossa casa e escondiam a imensidão cinza do céu de Nova Iorque. Dou leves goles no chá, sentindo o líquido morno e adocicado descer por minha garganta, suspiro outra vez.
Leves passos cortam a extensão da cozinha, então nem preciso me virar para saber que o homem da minha vida está acordado. Dou um sorriso largo e que acumula minhas bochechas, o cheirinho dele inunda a cozinha e eu finalmente me viro para ele que me abraça com delicadeza.- Bom dia loirinha- Jug fala afastando um pouco seu corpo do meu, ainda dentro do abraço
- Bom dia soneca- Falo irônica e ele não esconde uma risada- Posso saber o milagre que fez o senhor levantar tão cedo na primeira manhã do ano?
- Eu tava dormindo super bem, até que encontrei meu corpo sozinho naquela cama gigante. Me senti abandonado viu?- Jughead fala fazendo um drama imenso
- Não acha que esse é um drama muito grande para serem só nove da manhã?- Digo sorridente depois de dar outro gole no chá
- Não, não é grande não senhora. Grande mesmo é a saudade que eu tô de te beijar, vem cá vem- Jug fala e eu deixo escapar um gritinho de meus lábios, os quais são inundados no mesmo segundo por um beijo demorado e intenso
- Eu amo você seu bobão- Digo quando o nosso beijo cessa e Jug sorri para mim, então deixo a xícara de lado e envolvo seus ombros com meus braços, tendo a cabeça invadida por vários pensamentos
- Ihh... Vem cá.- Jug fala andando comigo até o balcão de mármore, no qual com um impulso simples ele me coloca sentada, se encaixando entre minhas pernas em seguida- A senhorita quer me contar por que seus olhinhos tão distantes estão dando um show de poesia a essa hora? O que sua cabecinha tá processando?
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》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)
Novela JuvenilOlá... Meu nome é Betty Cooper. Uma nada típica Jovem de 17 anos morando na grande Nova Iorque. Meu pai é um típico empresário fanático por dinheiro, minha mãe finge não ver tudo que meu pai faz, cega pelas próprias jóias e; minha irmã... A garota q...