•••••••••••••••••••• Jughead's P.O.V. ••••••••••••••••••••
¤Dois dias depois...16 de Setembro¤Aspiro o aroma quente daquele fim de tarde ensolarado da Califórnia. Respiro devagar, no ritmo dos passos que dou em direção a varanda do quarto. Isso, consegui um apartamento, que é ótimo por sinal. Fica em um prédio no centro da cidade, perto do píer de Santa Mônica, quase no último andar e me dá uma vista que acalma.
Cheguei aqui hoje de manhã, depois de dois dias de viagem com algumas paradas. Dirigir quarenta e cinco horas nunca foi tão fácil. Respiro fundo, eu só queria estar longe, beem longe... O único problema é que parece que toda a dor e sentimento vieram grudados a mim.
Consegui vender a casa hoje cedo, Archie e Verônica não param de ligar, mas decidi não atender enquanto não estiver pronto... Não estou pronto, porquê a única coisa que implorei para que já estivesse longe de mim, permanece intacta em cada centímetro dos meus pensamentos.
Apoio minhas mãos sob o parapeito de vidro da grande varanda, o copo de Gym encaixado em uma das mãos chega a cambalear com a força que uso. Respiro com força, os ventos que começam a mostrar intensidade passam bagunçando os fios do meu cabelo e ondulando o roupão de seda que estou usando por cima apenas de uma boxer azul marinho.
Me inclino sob o parapeito, agora meus cotovelos tocam o vidro e minhas mãos se juntam no copo para fora da varanda. Minha cabeça pende para frente, fecho os olhos devagar e meus pensamentos são inundados pelos planos que Betty e eu tínhamos de morar aqui um dia... Acho que por isso os ventos me arrastaram até aqui.
Los Angeles, em toda sua calma turbulenta e seu santo pecado. Os carros corriam lá embaixo anunciando o fim de mais um dia na rotina dessas pessoas, o sol se pondo no horizonte ao mesmo compasso que os surfistas deixavam a praia e as ondas gigantes. Vejo pessoas correndo, sorrindo, bêbados e amantes da noite... Miro as poucas estrelas que já aparecem implorando que ela estivesse aqui.
Eu já me conformei que a Betty não vai sair de mim, jamais. Minha loirinha, a única mulher capaz de me fazer feliz, a única que me fez sentir de verdade, o amor, a felicidade, a vida. Acabo dando um sorriso ao lembrar dela, sempre sorrio ao lembrar dela... E em seguida, meus olhos se enchem de lágrimas, então tudo o que tá acontecendo me atinge me levando a reviver a dor de novo e de novo. Mas não procuro mais justificativas, razão, motivo em tudo isso... Ela se foi, e pronto. Não há nada que eu possa fazer sobre isso.
Me levanto rápido e limpo as lágrimas, ando em passos rápidos e marcantes de volta para dentro do quarto. Não vou me deixar ficar abalado por isso... Ou pelo menos não vou mostrar que estou. Checo o horário, já são quase seis da noite. Ando até o banheiro, tentando me encher de mim, me dizendo que está tudo bem. É Los Angeles! Festas e mais festas; O pecado está nas veias dessa cidade... E nas minhas também." Mas não te prendo..."
Fico ecoando essas palavras na minha mente, tentando não me sentir culpado. Um lado de mim me encoraja a seguir em frente, o outro esfrega na minha cara que sou um babaca por tentar preencher esse vazio como um adolescente irresponsável, e o pior é que esse lado tá ganhando.
Tiro o roupão e a boxer, me vejo nú em meio ao novo banheiro. Adentro o box e sinto a água gelada lavar meus pensamentos, mas eles seguiam ecoando sempre as mesmas palavras... Me sinto um idiota por ceder a isso, mas se ela que diz que me ama tanto já seguiu em frente, por que eu não posso?!
Dou um soco enfurecido contra a parede, seguido por um grunhido de dor. Saio do banheiro com raiva, nem sequer me dou ao trabalho de me enxugar. No novo e ainda bagunçado closet, pego uma calça jeans preta bem colada ao corpo. Uma camisa azul marinho de mangas três quartos e uma fila de botões na frente que iam até a altura do meu diafragma, dos quais deixo três abertos. Era largada no quadril, então ia até um palmo das minhas coxas.
Coloco um tênis branco despojado, me completo com um relógio, o entorpecente perfume amadeirado e o cabelo largado de costume. Checo meu reflexo no espelho, pego o celular, a carteira e saio do quarto.
Desço a pequena escadaria, apagando as luzes do apartamento a medida que saio. Paro de frente para a porta, a encaro pensando pela última vez se devo sair. Toco as chaves do carro, acendo o visor do celular que já marcava poucos minutos para as sete da noite, cerro os punhos... Que se foda!
Saio em disparada, desço o elevador em respirações entrecortadas e avanço até meu carro em seguida. Me acomodo no banco, motor ligado, não há mais volta. Saio arrancando o asfalto, me vendo dentro do trânsito caótico de LA em poucos segundos.
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》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)
Teen FictionOlá... Meu nome é Betty Cooper. Uma nada típica Jovem de 17 anos morando na grande Nova Iorque. Meu pai é um típico empresário fanático por dinheiro, minha mãe finge não ver tudo que meu pai faz, cega pelas próprias jóias e; minha irmã... A garota q...