》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)

Seven: Nosso fim do mundo

•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••
   
            O caminho de volta pra casa foi completamente diferente do que eu imaginava. Achei que ele ficaria estranho comigo, depois do beijo e tudo mais. Pra ser sincera, nem eu tô acreditando no que fiz. Sempre odiei tanto o Jughead, nunca tive o espaço necessário pra pensar sobre ele... Acho que tô, depois de muito tempo, um pouco melhor e feliz.
             Rimos muito no caminho de volta para casa, sem mencionar o beijo em nenhum momento. Conversamos sobre tudo de estranho que vimos nas duas horas que ficamos na festa e eu ria alto dentro da Ferrari completamente fechada e com ar-condicionado ligado. Nunca tinha reparado no quanto o sorriso dele era lindo... Aí meu Deus! O que é isso?!
              Nos divertimos tanto que as ruas correram sem que percebessemos. Rimos, cantamos juntos e dançamos desajeitados no pequeno espaço apertado do banco. Não aproveitei a festa como queria, mas consegui algo muito melhor. Jug parou num Fast Food e pedimos comida pelo Drive Thru.

              - O que quer, Bee?- O Jones me perguntou e eu torno a olha-lo, pois estava distraída olhando o sol de cinco da tarde que começava a se pôr.- Se não gostar daqui, podemos ir em outro ali na frente.

              - Não, não liga Jug. Nem precisava ter parado, sério- Digo envergonhada, ele não precisava me trazer pra comer.

               - Nada disso. Eu fiz algazarra lá na festa e estraguei sua tarde. Deixa eu te pagar ao menos esse lanche...- Minhas bochechas ficaram rosadas. Tá bom né..

               - Tá bom, Jug. Pede pra mim uma batida de creme de morango com leite e uma água com gás pode ser?- Baixo o olhar, ele percebeu que eu estava vermelhinha- Para de me olhar com esse sorrisinho, pede logo!

               - Para com isso, Cooper- Ele começou a rir, mas fez o pedido e seguimos até o local de pegar- Olha, deixa eu te perguntar uma coisa. Uma última vez, juro tá? Como acha que será essa segunda? Eu não sei nem o que fazer, tô apavorado!- Ele parecia realmente com medo e a tristeza de lembrar daquele assunto me atingiu como um tiro certeiro.

                - Jug, eu não faço ideia.. tenho quase certeza que hoje ou amanhã, meus pais vão me chamar pra falar disso. E de verdade; eu não quero isso..- Jug recostou a cabeça no banco e uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Pegamos os lanches e seguimos o curto caminho que faltava até casa em silêncio. Ele nem comeu o hambúrguer que pediu, só colocou no banco de trás. Dei alguns goles na batida e deixei do lado, dando espaço para longos goles na água. Quando menos percebi, estava na frente da minha casa.

                - Fica bem tá pequena? Olha, isso tudo vai passar... A gente tá junto nisso, hum? Eu te prometo.- algumas lágrimas teimosas insistiram em descer e inesperadamente ele me abraçou. Enxugou as lágrimas que escorriam de meus olhos e depositou um beijo demorado em minha testa.

                 - Obrigado por me trazer até em casa Jug. Até mais...-Falei e saí rapidamente do carro. Ele baixou o vidro e me disse:

                - Tem meu número, não é?- Assenti em silêncio- Então se chorar ou se sentir mal, me manda mensagem. Sei que não sou muita coisa, mas prometo te ajudar como eu puder e mais um pouco...- Ele foi tão fofo agora, eu sorri enquanto enxugava algumas lágrimas.

                - Não seja bobo! Muito obrigado, de verdade. Tchau Jug...- Eu andei até a porta e antes de entrar, vi ele desaparecer no caminho em direção a sua casa...

               Dei um suspiro longo e entrei em casa, olhei para o relógio ao lado do aparador e vi que já passavam das 5:30 p.m. O caminho pra casa foi tão longo, mas nós nem percebemos. Olho ao redor, tudo quieto e bem calmo. Logo imagino que meus pais devem estar no escritório,pois é a única luz da casa que está acesa. Não quero ter a conversa sobre "meu" casamento agora, então ando devagar e sem barulhos até o meu quarto, onde fecho a porta e coloco a mochila de lado. Me jogo na cama e me agarro a um travesseiro, voltando meu olhar além da porta de vidro enquanto o sol se põe devagar e meus olhos começam a pesar pela tarde incrível e de final triste que instaurou meu dia hoje.