》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)

Eight: Enfim Casados

•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••

          Eu acordo lentamente sentindo uma brisa de madrugada mais forte que o comum. Abro os olhos lentamente e tenho a visão mais linda de todas, a grande Nova York estava em silêncio, longe de mim. Percebo que estou deitada sobre as pernas de alguém, e sinto o mesmo passar sua mão sobre meus cabelos até entrar em contato com a pele gélida do meu rosto... Jug.
           Eu me levanto bem devagar, até ter a imagem inteira do sorriso de Jughead em minha direção. Pego meu celular, já eram quase 3 a.m! Meu Deus; é hoje que eu morro! Ah.. não morro não. Tenho que me casar... Tenho que me casar, puta que pariu, É hoje! Já começamos muito, muito mal. Juggie começa a se levantar devagar e me estende a mão, eu levanto bem rápido.

             - Que bom que acordou, Bee. Temos que ir agora, tá? Sei que não quer lembrar disso, mas nós temos que estar prontos na frente de um juiz daqui a mais ou menos dez horas.. vamos- Ele anda em direção a moto como se o fato de estarmos aqui fosse super normal. Que moleque maluco!

              - Tem noção que já é madrugada? Jug, vão nos matar!- Digo andando até ele, frenética.

               - Sim Betty, tenho noção disso. Mas um; você sabe que nós dois precisávamos disso. Dois; você não dormiu noite passada, estava esgotada. Se eu te acordasse, você poderia passar o restante do dia muito mal. E por fim 3; não podem nos matar, somos a galinha dos ovos de ouro deles. Vai por mim..- Ele me estende o capacete e só agora percebo que ele estava com uma cara de sono enorme

                - Você não dormiu?- Pergunto confusa e ele balança a cabeça em negação, bocejando em seguida.- Jug! Agora você quem vai passar o resto do dia mal.. Espera aí!- Meu raciocínio me desperta um alerta- Ficou me olhando dormir?!

                 - Isso não é ruim, loirinha.-Ele da sua famosa risada, continua o mesmo vagabundo (mas com algumas diferenças rs)- Você dormindo parece um anjo. Não chega nem perto do Dragão que é acordada.- Bato com o capacete em seu braço nesse mesmo instante. Que idiota!- Ai Elizabeth! Que mania viu!!!- Ele alisa o lugar onde bati com uma força meio exagerada, senti uma pontinha de culpa e baixei a cabeça- Ei, não esquenta Cooper. Eu dramatizei... vamo embora.- Subo na moto com um impulso rápido e agarro a cintura de Jughead. Mas antes de sairmos dali, falo:

               - Você prometeu... Então a cada vez que eu for tentar cair, você..- Fui interrompida nesse ponto

               - Eu vou me agarrar a você com todas as minhas forças e a gente vai fugir pra cá, sempre. Eu prometo.-Ele olha pra mim com o sorriso mais radiante que poderia esbanjar, então eu saio da moto e corro na direção do local em que estávamos sentados a pouco. Retiro o pequeno estrace de estrela cadente que estava em meu cabelo e deixo ali. Me viro e grito pra ele:

              - Meu estrace tá aqui, é uma promessa ouviu?- Ele balança a cabeça e sorri

               - Volta aqui sua maluca, vambora!- Corro na direção dele enquanto coloco o capacete novamente. Ele me prometeu e, não sei bem o por quê, eu tô muito, muito feliz por isso.

              Saímos em disparada do nosso fim do mundo, entrando na avenida até que movimentada. Jughead acelera e grita para mim que apertava cada vez mais sua cintura:

              - Experimenta me soltar, Bee. Você vai adorar! Aperta as pernas a mim e abre os braços, sem medo.- É inusitado o que ele me diz. E mais inusitado ainda o fato de que eu faço exatamente como ele me disse.

               Eu soltei ele lentamente e fui abrindo meus braços, sem medo. Meu coração acelerava cada vez mais e arrepios percorriam meu corpo. Abri meus braços de uma só vez, um choque de adrenalina me percorreu. Estava tão feliz, queria gritar e assim fiz. Eu gritei e Jug acelerou ainda mais, dando risada junto comigo, que tornei a abraçar sua cintura. Nos acalmamos pouco a pouco e deitei meu rosto sobre seu ombro, onde fiquei quietinha vendo a cidade correndo iluminada. Estava feliz, triste, com medo, ansiosa.. Não fazia a mínima do que iria acontecer mais tarde. Fechei e abri os olhos inúmeras vezes, sentindo o respirar calmo e sereno do rapaz a minha frente, meu futuro marido. Não podia acreditar que me casaria com alguém que odiei por quase dez anos e; mesmo que estivesse sendo obrigada a isso, me questionava sobre o quão irônico o destino conseguia ser. Com isso em mente, sinto a moto perder velocidade e estacionar na frente da minha casa. É agora.
          Desço da moto e olho minha varanda, voltando meu olhar para o mocinho da moto em seguida. Ele pede silenciosamente que eu não fale nada, mas expressa um "De nada" com a ação que vem a seguir, pois ele me traz para mais perto e nossos rostos ficam a centímetros de distância. Sua respiração gelada se chocava contra minha boca de tão próximos que estávamos, então ele contorna seu próprio olhar e deposita um pequeno beijo no espaço entre minha bochecha e meus lábios, indo embora logo em seguida. Abro a porta de casa e vejo minha mãe se levantar com uma xícara nas mãos, não dou nem abertura para que fale, vomito todas as palavras rápidas como um tiro: