•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••
Minha cabeça se situa vagarosamente até descobrir que nessa manhã de Sábado, quase dez da manhã, ainda está entre as paredes do NYC health. Estou acordada há pouco mais de dez minutos, levando em consideração que dormimos ontem as quatro da tarde, acordamos de meia noite e só dormimos outra vez as quatro da manhã. Estática na cama vou alternando o olhar entre o sono tranquilo de Jughead e a plenitude que cerca a enorme quantidade de vida que esbanja na Jellybean.
Suspiro e me levanto devagar, me certificando que não atrapalhei o sono de nenhum dos dois. Ando até a porta de entrada do quarto e com um passo me encontro no corredor, sentindo o frio que as paredes de vidro não impedem que entre. Com passos que ecoam no corredor vazio do setor de internações, ando até a mesa que fica no início do mesmo.
Com uma das fichinha disponíveis ao lado da máquina, pego um expresso com caramelo que fica pronto em segundos. Jogo a tampa do copo no lixo e torno a andar, de volta na direção do quarto que vela o sono dos amores da minha vida. Paro de frente para a porta, prestes a tocar a maçaneta olho para o final do corredor, onde estava internada a menos de vinte e quatro horas.
Ainda sinto os efeitos da lavagem estomacal que foi feita há dois dias, dói bastante inclusive. Os pulmões ainda ofegam pela pneumonia, mas quem disse que eu não sobrevivo? Sorrio comigo mesma. Tiro minha mão da maçaneta gelada ao sentir leves raios de sol envolverem minhas costas, então giro no eixo e contemplo o sol fraquinho que tenta se destacar entre as nuvens cinzentas desse céu Nova-iorquino.
Ando até o limite da parede de vidro e me apoio na barra de ferro semelhante a um corrimão. Em segundos, junto as mãos ao redor do copo que emana vapor pelo líquido quente e aspiro o cheiro adocicado, levando-o até a boca logo em seguida. Goles generosos descem por minha garganta e eu sorrio para o trânsito lotado nos arredores do hospital.
A gratidão que enche meu peito não pode ser descrita, ninguém tem nem noção. Eu sinto que posso respirar fundo agora, aliviada de verdade, sinto-me como quem realmente encontrou o arco-íris que fica depois dos dias de chuva. A Beenzie acordou, todo o sentimento de culpa que eu tinha está finalmente se esvaziando de dentro de mim. A Ronnie e o Arch salvaram minha vida, tenho que lembrar de agradecer depois.
E o Jughead.. Ahh, o Jug. Meu doce e incrível Jones, o alguém pelo qual o meu coração é mais grata. As coisas que Polly disse já quase não me maltratam mais, se eu não mereço o Jughead e ele não me ama... Por que ele ainda quer tanto estar aqui? Eu acho que sei a resposta, só preciso aprender a aceitar ela de verdade.
O Jughead não merece minha incerteza, minha desconfiança, minha confusão... Ele merece algo muito melhor. Ele merece uma melhor versão de mim, e só por ele, quero crescer comigo mesma. E eu quero conseguir, sei que vou. Ele não tem nada haver com meus traumas passados, e eu também não deveria ter mais nada haver com isso.- Pensando em mim tão cedo Cooper?- Sou surpreendida por braços fortes que envolvem minha cintura em um abraço por trás, com a voz doce que eu tanto amo ouvir. Giro no abraço dele e me coloco cara a cara com o mesmo.
- Por que acha que eu estava pensando em você?- Falo com olhar debochado e coloco meus braços ao redor de seu pescoço
- Porque você tava com carinha de apaixonada, e só poderia ser pelo bonitão aqui né..- Jughead fala com voz convencida e brincalhona, fazendo uma expressão debochada
- Haha seu convencido- Digo e deixo um tapa em seu ombro, rindo junto com ele logo em seguida- Mas sim, acertou. Estava pensando em você.
- E eu posso saber...- Ele fala com tom desconfortável quando faz um movimento incrivelmente flexível e rouba o meu café- Sobre o que estava pensando em relação a mim?- Ele solta o abraço e anda até as poltronas do corredor, me deixando ali certamente irritada por ter tido meu café roubado
VOCÊ ESTÁ LENDO
》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)
Ficção AdolescenteOlá... Meu nome é Betty Cooper. Uma nada típica Jovem de 17 anos morando na grande Nova Iorque. Meu pai é um típico empresário fanático por dinheiro, minha mãe finge não ver tudo que meu pai faz, cega pelas próprias jóias e; minha irmã... A garota q...