•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. •••••••••••••••••••••
Estava trancada em uma das cabines do banheiro feminino, tentando digerir tudo o que tinha acabado de acontecer a pouco. Tudo despencou sobre a minha cabeça e não me deram nem a chance de correr. Vi tudo que eu planejava ser arrancado de mim e uma espécie de prótese pronta e artificial ser colocada no lugar, porquê já estava tudo minuciosamente planejado. Meu tempo estava paralisado dentro daquela cabine de três metros quadrados... Sentia tudo doer ao mesmo tempo que não sentia nada. Escutava o que se passava dentro do cômodo ao mesmo tempo que não escutava. Podia sentir meu pulmão se encher de ar, mas também podia jurar que minha respiração estava paralisada. Eu sentia meu coração retumbar no peito, ao mesmo tempo que tinha a sensação de que ele tinha sido arrancado de mim. Eu sentia tudo, mas ao mesmo tempo nada.
Devaneios, delírios, enjoos, lágrimas... Estava imersa em um imenso paradoxo que não conseguia me livrar, cada vez mais estática em estado de completo choque. Implorava para que tudo aquilo fosse mentira, pra que eu pudesse ter uma escolha... Mas nada disso chegava até mim. Alguns calafrios percorriam meu corpo e sento-me no chão, ao lado do vaso. Encosto a cabeça na parede da cabine e respiro bem fundo, tendo meu rosto novamente lavado pelas lágrimas. Fiquei ali olhando o teto até que o sinal toca, alto e estressante, anunciando o fim do intervalo. Checo meu celular, 10:00 A.m. Certo, não tenho escolha... Preciso me levantar e continuar como se nada tivesse acontecido, pois ponho em minha cabeça que se meus amigos souberem disso também não dará certo.
Me levanto e sinto minha visão escurecer, a cabeça dói e tento abrir a porta de madeira. Saio e o banheiro está vazio, olho diretamente para o espelho e vejo o quão péssima minha aparência está. É nítido o fato de que estava chorando, estou destroçada, completamente destruída.
Caminho devagar pelos corredores, tentando não cair ou desmaiar no meio do percurso. Entro na sala com três minutos de atraso, mas para minha sorte a professora do tempo seguinte ainda não estava lá. Alguns olhares caem sobre meu corpo mas eu ignoro. Olho diretamente para Jughead que me encara com uma expressão dolorida, então suspiro e ando até minha carteira. Sento-me e Verônica me bombardeia:-Onde estava? O que aconteceu? Por que estava chorando? O que houve na diretoria com Jughead? Pelo amor de Deus, fala Elizabeth!- Minha cabeça dói ainda mais.
-Se me deixasse falar não é Verônica?!- Falo e ela baixa sua expressão- Desculpa amiga. Mas olha, está tudo bem tá? Eu precisei ficar um tempo só agora no recreio, organizar a cabeça. Sobre a diretoria, foi só para que eu e Jughead assinassemos um documento que precisavam enviar para nossos pais. Chorei por motivos de nada e nadinha mesmo- Dou um risinho falso e seguro o choro que força em sair. Antes eu tivesse chorado por nada....
O quarto tempo passou beeem devagar, eu olhava o tempo inteiro pela janela enquanto a professora explicava algumas coisas ignorando completamente o fato de que ninguém prestava atenção nela. Sentia o peso do olhar de Jughead sobre mim, sentado duas carteiras atrás de Archie, mas tentei não pensar nisso. Anunciam que o quinto tempo será cancelado, pois os professores teriam reunião interna. Então, todos começam a se organizar para sair, até que Cheryl toma Toni pela mão e anda até a frente da sala. Em alto e bom tom, começa a falar:
-Atenção vadias! Fim de verão, desejo meus sinceros parabéns por chegarem aqui, enfim Señiors!- Todos na sala elevam em alguns gritos e assobios. MINHA CABEÇA DÓI!- Por isso e também para comemorar minha emancipação da bruaca que chamo de mãe, este Sábado daremos uma baita festa na TisttleHouse. Será na piscina, começaremos às duas da tarde, mas não faço a mínima ideia de que horas acabaremos.- Dito isso, ela sorri para Toni e enche a garganta para um grito:- BEM VINDOS AO ÚLTIMO ANO, GATINHAS E GATÕES!
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》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)
Ficção AdolescenteOlá... Meu nome é Betty Cooper. Uma nada típica Jovem de 17 anos morando na grande Nova Iorque. Meu pai é um típico empresário fanático por dinheiro, minha mãe finge não ver tudo que meu pai faz, cega pelas próprias jóias e; minha irmã... A garota q...