》Apenas Aprenda a Me Amar || Bughead°《 (CONCLUÍDA)

Especial: Corações fora do corpo.

•••••••••••••••••••••• Betty's P.O.V. ••••••••••••••••••••••

- 27 de Outubro, 4:19 A.m.

Meu corpo começa a despertar lentamente, sentindo cada característica do ambiente. Ainda de olhos fechados, sinto a brisa suave e gelada adentrar com força meus pulmões, certamente ainda é madrugada. Eu sorrio e respiro bem fundo, então a sensação boa de várias memórias das últimas semanas me invade...

> Flashback ON <

Depois do nosso casamento incrível, nada poderia abrilhantar mais aquela noite do que a notícia mais esperada: Vamos ser pais! E tios, isso, tios pela terceira vez. Mas o que podemos dizer? Estamos explodindo de tanta felicidade!
Jughead foi todo o caminho até o aeroporto pulando entre surtos emocionais de chorar de felicidade e conversar com a minha barriga. Eu mal posso esperar pra ver o pai incrível que esse homem irá ser. E na verdade, já é.
Sei que querem saber do mês incrível que passamos em lua de mel... Bom, Paris é linda. Sem dúvidas encheu nossos corações de luz. Mas os detalhes e as lembranças dessa viagem ficarão guardadas apenas no fundo de nossos corações, em nossas memórias mais doces e felizes.
Aproveitamos ao máximo nossas vidas "normais", pois assim que colocamos o pé em NY outra vez há dois dias atrás, estamos respirando e vivendo apenas pela vidinha que pulsa dentro de mim, como se já não tivéssemos feito isso a viagem inteira, e inclusive descobrimos ontem que está com apenas seis doces semanas, concluindo assim que eu engravidei no meu aniversário e descobri quando só tinha duas semanas, mas isso já é detalhe demais pra só um flashback!
Por fim, estamos radiantes e felizes como nunca antes. Cheryl, Toni, Kevin e Fogarty já voltaram para os países onde moram. Meu coração aperta por saber que demorará para nos vermos outra vez. A Beenzie e o Jason também voltaram para a Califórnia. Estão no terceiro ano de suas faculdades e precisam de todo o foco possível, ainda restam dois pela frente. Mas meu coração sabe que nos veremos em breve.
Archie e Ronnie também estão radiantes com a notícia do terceiro bebê, a casa deles é a melhor bagunça do mundo. Terminamos as noites com suco e muitas risadas no sofá. Ah, e a Vee tá com dois meses certos... Algo me diz que o nascimento desses bebês vai ser emocionante.

> Flashback OFF <

Sorrio outra vez com os pensamentos que dominaram minha cabeça e tomo um fôlego  pela felicidade dessa vida, toco devagar minha barriga e finalmente abro os olhos. Miro o relógio e já passam das quatro da madrugada.

- Boa madrugada meu am...- Começo a falar baixinho e paro imediatamente quando me encontro sozinha na cama.

Eu me sento rapidamente na cama, olho o quarto ao meu redor e sinto meu coração bater mais forte quando percebo que estou realmente sozinha. Olho para frente e me concentro, mentalmente me prometo que estou bem. Minhas mãos começam a tremer e é como se eu fosse uma menina frágil outra vez. Era o começo de mais uma crise, tanto tempo depois...
Então eu paro. Eu respiro, reassumo o controle de mim, me recuso a ter passado de pesadelos para crises... Eu não estou sozinha. Toco minha barriga com carinho, minha respiração volta a normalizar.

- Tá tudo bem. O papai só saiu da cama, não é meu amor?- Converso delicada com o coraçãozinho dentro de mim, minhas mãos ainda tremem, mas eu não preciso ter medo algum... Agora, posso dizer de verdade que estou bem.

Sorrio boba comigo mesma, em questão de segundos eu venci. Tudo que me assombra desde que voltei para casa, o medo de perder o Jug outra vez, eu venci!
Saio da cama e firmo os pés descalços no chão gelado. Pego um hobby que ficava pendurado no gancho do nosso quarto e um copo de água ao lado da cama. Saio caminhando pelos corredores da casa, admirando sem me cansar dos detalhes desse lugar. Se as pessoas soubessem o que já passamos aqui dentro...
Dou outro gole na água que estava em minhas mãos e paro quando vejo a porta que da acesso à escada do último andar da casa aberta. Uma sensação me avisa que Jug está lá.
Subo os degraus devagar, por instinto minha mão livre vai até minha barriga que ainda não dá nem sinal de um bebê. Quando estou nos últimos degraus, vejo o meu menino debruçado sobre o parapeito do salão, mirando o céu que explodia em estrelas. Meu coração se aquece e eu deixo o copo no chão, andando em passos vagarosos na direção dele.