Você sabe que quer tanto quanto eu

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Ou não ;9

HUASUHUHASUH

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Quando sua cabeça finalmente conseguiu assimilar Adrien, as linhas faciais de Marinette se fecharam numa tórrida expressão séria e irritada.  Forçou suas mãos sobre os seios junto a toalha e lançou o pior olhar que poderia ter para o Agreste que continuava ali, parado, gostoso e cínico.

- O que... esta fazendo aqui? - cuspiu a pergunta quase sem fôlego porque havia um grito entalado pronto para sair da sua garganta. Como se não bastasse, Adrien agia como se fosse algo natural para os dois, estar ali na sua presença nua, sendo a única coisa que afastava a visão dele do seu corpo nu, era justamente a toalha branca. 

- O que acha? - ele resolveu falar. - Eu vim te ver.

- Me ver...? Aqui, desse jeito... - já Marinette riu sem poder acreditar. - Sua vontade de me ver era tanta que precisava invadir o banheiro feminino?

- Você não gostou?

- Não. Nem um pouco e pode se mandando daqui agora!

- Quer que eu vá embora mesmo?  Não sei... parece que esta mentindo.

Aquele cafajeste  continuava a manter sua plenitude detestável, o que só fez Marinette ficar mais irritada ainda, pelo abuso descomunal dele de não estar mais respeitando sua privacidade de modo algum.  Enfurecida, ela voltou a caminhar em direção à sua bolsa que estava próxima do Agreste que a pegou, entregando para Marinette quando ela fez menção em pegá-la.  Os dois ficaram bem próximos, com seus corpos de frente um ao outro.  Naquela mínima distancia, Adrien inalou o perfume do sabonete que vinha da pele clara da mestiça e que tomava conta do banheiro por inteiro.

- Está cheirosa... 

- Pois é, as pessoas ficam assim quando tomam banho se não sabe.

- Uhn... você tomou um banho agora... - tendo um sorrir satisfeito e embriagado pela beleza da mulher na sua frente, elevou a mão para lhe retirar um pouco dos fios molhados que estavam sobre seus ombros.  - Esta limpinha... com esse cheiro gostoso... bem molhadinha...

Marinette o fitou sério, o segurando pelo pulso da mão. - Cala sua boca! Quem te deu a liberdade de me tocar, de entrar aqui enquanto eu 'tava tomando banho, por um acaso perdeu a cabeça??? Não sabe que eu posso te denunciar pra polícia, e aí você vai preso??

- Me denunciar é? Mas porque? Se eu não te fiz nada.  - enquanto dizia essas palavras de forma simples, o loiro se sentou em um dos bancos de madeira que havia no vestiário. - Pode ficar tranquila que eu só vim conversar.

Por sua vez, a mestiça o assistia com uma das mãos na cintura e a outra segurança a bolsa, não podendo acreditar no nível de cinismo daquele homem que era fora do normal. Ela ergueu uma sobrancelha. 

- E essa conversa... não poderia ser depois que eu saísse daqui?

- Ah não, você sabe que não. Lá fora tem alguns cães de guarda que estão prontinhos pra me acatar caso me vejam com a mocinha indefesa aí.

- Até parece que eu sou indefesa como diz... mas vamos, me fala logo o que quer pra que eu possa me troca em paz e ir embora, eu estou muito cansada! 

- Claro senhorita Cheng... mas não fique tímida. Você pode se trocar... como se eu não estivesse aqui... da mesma forma que você faz nos ensaios não é? Que finge que não sabe que eu to te vendo, mas você sabe... e adora.

- Como você é presunçoso não é? É um ridículo, um estranho, um abusado...

- Isso fala, fala mais...

Dance para mim!Onde histórias criam vida. Descubra agora