[ 💫,, courage ] ;

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thirty nine

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| W A T A N A B E     E M I |

Os dois casais, Watanabe Hyokyo e
Hun Kimi estavam estupefatos encarando Emi. Ao passo que Hiro sorria, assim como Mark e Yuta, que se encontrava encabulado e admirado pela mulher que um dia foi sua noiva ter se tornado tão forte e decidida.

---Me perdoem pela falta de respeito da minha filha, por favor.--- Hyokyo disse educadamente se levantando de sua cadeira para uma reverência aos casais Nakamoto e Hun.

---Eu não peço perdão nenhum.--- observou Emi, enfatizando e levantando o indicador--- Não me arrependo e nem volto atrás. Fico feliz em minha expressão e vontade ser ouvida, mesmo que na marra.--- disse orgulhosa, terminando seu Tiramisu.

---Eu não me senti ofendido.--- disse Yuta--- Você se sentiu?--- perguntou a Mark cinicamente, que negou com um sorriso.

---Bom, se me dão licença agora--- Emi falou alto ao se levantar---, o jantar estava esplêndido, congratulações ao chef. Preciso agora.--- sorriu pegando seu casaco que um empregado lhe estendeu imediatamente--- Foi ótimo revê-los.--- se curvou brevemente de forma sarcástica aos casais incrédulos--- Aguarde minha chamada, mamãe. Logo trataremos sobre a herança com meu advogado presente.

---Eu também vou. De repente me deu uma vontade de tomar um ar.--- Yuta disse largando seus talheres. O Lee ao seu lado também se levantou, sem dar satisfações. aos pais do Nakamoto abriram a boca para reclamar, mas de nada saiu. Estavam sem palavras.

---Você vem também, Hiro?--- perguntou Emi ao irmão, este, que encarou a mãe, depois a noiva e seus pais. Encheu o peito e se levantou também, se pondo ao lado da irmã.

---Querem saber? Eu sou viado mesmo! E nunca vou amar essa sem sal da filha de vocês.--- exclamou apontando para Kimi, que tinha uma face de espanto e indignação--- Não vou me casar com essa bruxa. Nunca.--- dito isso, foi o primeiro a sair do cômodo. Yuta e Mark seguiram o rapaz, ao passo que Emi lançou um último sorriso acompanhado de mais uma reverência grande e exageradamente irônica antes de se retirar, seguindo pelo casarão. Sentiu as pernas bambearem enquanto escutava os berros de sua mãe obrigando a voltar, mas isso não adiantaria agora, não iria ceder um segundo sequer. Mesmo dentro do casarão, os odores de laranja e flor de cerejeira não lhe causavam mais enjôos, pois o cheiro da liberdade era muito mais forte e atraente. Assim que alcançou o lado de fora, despediu Yume com um aceno de mão silencioso e encarou a face dos três rapazes em sua frente, caindo em uma gargalhada alta.

---Eu não acredito no que acabei de presenciar!--- Hiro exclamou, segurando a barriga--- Porra, eu literalmente gritei na cara da mãe que sou gay. Isso foi libertador pra caralho!--- dito isso, puxou Emi para um abraço. Não lembrava qual fora a última vez desde que dera um abraço em seu irmão. Aproveitou, alertando o corpo esguio contra o seu--- Orbigado, Emi. eu não teria conseguido se você não tivesse falado tudo aquilo.--- falou ao se separarem.

---Aquilo foi de cair o cu da bunda.--- ouviu Mark dizer rindo--- Perdão pela expressão.--- acrescentou, sem querer ofender.

---Foi incrível mesmo. No começo pensei que ia ser aquela chatisse de jantar, mas porra, eu nunca quis tanto rir vendo a cara de espanto deles.--- foi a vez de Yuta comentar, imitando a face indignada dos pais--- Eles vão matar a gente.--- concluiu, mas sem tirar o largo sorriso que carregava.

---Eles já ia, de jeito ou outro.--- disse Emi, se recompondo da série de risos--- Ai. Eu sentia como se fosse Atlas segurando o peso do céu antes, mas agora, caralho, eu nunca me senti tão leve. Com um medo da porra? Sim, com um medo da porra, porém leve como uma pena.--- fingiu desmaiar, fazendo os rapazes rirem.

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