Capítulo Cento e Vinte e Oito

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- Eu não sabia que você estava muito triste, minha princesa, senão já tinha vindo!

Deitada na cama, ao lado de Juju, Ana respira de alívio por a ver em segurança. Não ultimas horas, todos os que souberam do seu desaparecimento tinham-se mobilizado para a procurarem. Felizmente, não tinham demorado muito a encontrá-la.

Ela estava apenas a alguns quarteirões de casa, no Jardim dos Passarinhos, a num parque.

- Você não pode sair do quarto, Juju. Você sabe os risco que corre! - adverte Jack, enquanto a examina.

O pediatra quer se certificar de que a exposição solar não causou danos graves à pelo da sua paciente. À primeira vista, parece que está tudo bem. Juju tinha saído de casa, ao final a tarde, numa altura em que os raios ultravioleta eram mais fracos, e talvez isso tenha ajudado.

- Prometa-me que não vai fazer mais isto. - pede Ana.

- E você promete que não se vai embora?

A pergunta e Juju, em tom de súplica, deixa Anastásia emocionada. Afinal, aquela princesa só tinha sai do do quarto, em plena luz do dia, para ir à sua procura... alheia à real distância que separava Londres de Lisboa.

- Prometo! - aniu Ana.

Um abraço apertado entre as duas dela uma nova promessa. Desta vez, Jack é testemunha, assistindo comovido ao tamanho daquele amor. Não há qualquer laço densangue entre as duas, e, no entanto, as duas têm uma ligação fortíssima.

- E pensar que fui eu uma das pessoas que tendeu força para ir para Londres... - comenta Jack, ainda, digerir a situação.

- Acho que ninguém podia adivinhar uma coisa desta. - diz-lhe Anam

A conversa decorre agora no corredor, à porta do quarto de Juju. Há muito que as conversar entre os dois extrapolavam os assuntos médicos. Já existe entre eles uma bonita amizade. Ana tinha-o como um bom confidente e ouvinte...

E Jack só queria o bem-estar daquela moça tão especial, por quem ele se sentia cada vez mais fascinado.

- Você merece ser feliz, Ana. Só gostava que não tivesse o mundo às costas.

"O mundo dos Grey", era a isso que Jack e referia. Ela deixou Londres e o seu sonho em suspenso para voltar a ser o farol daquela família. E, apesar e o fazer sem esforço, isso implicava pôr a própria felicidade em segundo plano.

- Você vai me ajudar, não vai? - pede ela, com um sorriso.

- Claro que vou! - promete Jack.

Tal como aconteceu com ela e Juju, a promessa foi selada com um abraço. Pela primeira vez, em horas, Ana permite-se respirar de alívio. No que diz respeito à felicidade de Juju, ela confia em Jack, acima de qualquer outra pessoa.

Nem mesmo Christian conhece a sua sobrinha. Jack  conhece bem melhor, já que a viu nascer. E Ana sente-se reconfortada por ter a ajuda dele naquela, que lhe parece ser uma tarefa difícil. Devolver um sorriso a Juju. 

- Como é que está a minha sobrinha?

A pergunta de Christian, que acaba de entrar no corredor, interrompe o abraço.

- Jack esteve a observá-la. Parece que está tudo bem. Mas ele vai ter que a vigiar diariamente.

Enquanto responde, Anastásia repara que Christian não tira os olhos de Jack. É um olhar intimidador, capaz de incendiar tido à sua volta.

"Oh não, aquela expressão outra vez!".

Ela já o tinha visto assim e sabia exatamente o que significava: ciúmes!

First Love (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora