Monotonia é uma palavra que não têm lugar na casa dos Grey. Todos os dias são uma caixinha de surpresas. Não só pela agitação normal de uma casa cheia de gente, como também pelas confusões que algumas visitas geram à sua volta.
É o caso dos dois policiais que apareceram de surpresa, para levar Leila para a delegacia.
- A tia Leila vai ser presa? - pergunta Juju, apreensiva.
- A tia foi só conversar com os policias para os ajudar a desvendar um caso. - diz Ana, para a sossegar.
- Então ela é policial? - pergunta Juju, levemente confusa.
Na sua cabecinha, habituada a histórias de bons e maus, polícias e ladrões, procura entender qual é, afinal, o papel de Leila. Ana explica-lhe o melhor que consegue, sem manchar a reputação de Leila. Até que Alice resolve dizer toda a verdade.
- Olha, Juju, o tio José, que você não o vê há muito tempo, cometeu um crime. E a polícia quevqsaber se a tia o ajudou ou não. Eu, na minha opinião, acho que ela ajudou.
- Alice! - censura Ana.
A explicação direta e opinativa de Alice dá direito a uma reprimenda. Nem sempre a sua frontalidade era oportuna e, neste caso, não o foi, certamente.
A prima Elena, que acabou de ver a mãe a ser levada para a delegacia, fica com lágrimas nos olhos.
- Mentira! Mamãe não fez nada! E o meu pai também não!
A picardia entre as primas era constante, mas Anastásia já estava a par disso. Elena podia ser uma versão em miniatura da mãe, tão snobe e irrita te como ela, mas Alice tinha passado dos limites.
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Disciplinar era uma palavra que Ana ainda estava a aprender. Fazia parte das suas funções e implicava que ela repreendesse, chamasse à atenção ou até castivasse sempre que fosse necessário. À semelhança de Mia, Ana não era fã da palavra castigar e, por isso, preferia soluções mais criativas.
Ou seja, outras formas de mostrar às crianças que eles tinham errado. No caso de Alice, deixaria para a hora de deitar, para ter uma conversa sobre "aprender a estar calada". Uma matéria em que ela próprios ainda tinha muito que aprender.
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- Eu vou até à delegacia ver como estão as coisas com Leila. Depois sigo para a Marinha Grande e volto só amanhã. - diz Christian, se despedindo.
- Com achar melhor. - responde Ana, no mesmo tom áspero, com que ele lhe falou o dia todo. - No hotel até está mais à vontade para receber as suas visitas.
"Foda-se, eu é a minha boca grande!", pensa Ana, arrependida.
Mas porque é que ela tinha dito aquilo? Agora Christian sabe porque é que ela está aborrecida.
- Desculpe. Eu acabei de repreender Alice, mas também digo as coisas sem pensar...
- Então o seu problema são as minhas visitas? - pergunta ele, não conseguindo disfarçar a sua satisfação.
- Só se elas se enfiarem cá em casa... - Ana tem procurar uma desculpa.
- Não sei... Começo a pensar que é um pouco mais do que isso. - continua Christian, com um sorriso de provocação. - Você está é com ciúmes, Ana.
- Tem juízo, Christian! Tem uma boa noite! - remata Ana.
Uma sai da rápido solucionava qualquer embaraço. E Anastásia apressa-se a subir as escadas, concentrando-se em coordenar os movimentos, para não tropeçar ou cair.
É difícil, com o olhar de Christian sobre as suas costas, mas ela sabe que não pode vacilar naquele momento. E desaparece escadas acima, com um olhar altivo.
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First Love (CONCLUÍDA)
Fiksi Penggemar"Confia na vida... Ela premeia sempre os corajosos" Era o que a mãe lhe dizia. Foi a pensar nestas palavras que fez com que Anastásia se lançasse contra a um carro, para proteger dois irmãos que estavam na estrada. Foi assim que conheceu Simão e Al...