A meio da manhã, o movimento na pizzaria começou a acalmar. Aos poucos, os clientes que tomavam o café da manhã, quase à hora do almoço, que maior parte eram turistas, começam a sair.Os alunos que estudavam no Colégio do Mocho já tinham ido para as aulas, o que deixou a pizzaria mais calma.
Dona Inês ainda continuava enfiada no escritório, a tratar de alguns papéis, e isso ajudava, pois assim os funcionários estavam mais tranquilos.
Ana andava de mesa em mesa, a cantarolar, como era habitual. Jonh estava por trás do balcão a segui-la com os olhos. O mesmo era observado por Hugo.
- Acho que vou juntar uma pitada de pimenta à massa.
- Sim, sim, faz isso. - responde Jonh distraído.
Ele está a ver se encontra alguma pitada de tristeza ou alguma reação de uma de normal, em Ana, mas não encontra nada disso.
Ele toma um susto, quando é acertado com uma nuvem de farinha, que o pizzeiro Hugo soprou.
- Mas que merda! - protesta Jonh.
- Pimenta. É disse que precisa, para ir ao espaço e não voltar.
As conversas de Hugo incluíam quase sempre alguma coisa com analogias espaciais. Normalmente tinha uma certa piada, mas em certos momentos, como aquele, Jonh, não achou piada nenhuma.
- Você é um foguetão sem energia propulsora. Bem foi pensado, muito bem construído, mas na hora de levantar voo... fica no chão..
Nem todas as analogias aeroespaciais eram fácil de entender, sem uma consulta a um manual da especialidade. Mas naquele caso, era óbvio ao que Hugo se referia; o fascínio de Jonh pela Ana.
- Eu e Ana somos só amigos. - esclarece Jonh.
- Por isso mesmo. E se você não se aventurar, continuarão assim por muito tempo.
Quando Ana se aproxima do balcão, para buscar os sucos da mesa 5, Hugo praticamente empurra o amigo para cima dela, sussurrando um 'Hora da aventura', para lhe dar força.
- O que você acha de sairmos hoje à noite? - convida Jonh, testando a sua sorte. - Abriu um sítio novo com Karaoke e você até podia cantar.
- É um dia normal, lembra-se? - responde Ana, afastando -se para a mesa com os sucos num tabuleiro.
Quase se podia ouvir o som de um foguetão a despenhar-se depois de uma tentativa de lançamento falhada.
Na verdade, Ana não aceitou o convite de Jonh, por estar empenhada em passar aquele dia na forma mais normal possível.
Ela tinha incluído, numa pequena lista, fazer o turno dos almoços até às 16 horas, assegurar as entregas ao domicílio até às 21 horas e depois regressar para casa, afim de chegar a tempo de a acompanhar num jantar tardio. Por volta da meia noite iria se deitar e amanhã voltaria a repetir o mesmo do dia anterior.
O celular dela dá sinal de que recebeu uma mensagem. Maria pega nele e lê já prevê ser da avó Grace.
"O que será desta vez?"
Perguntou a sua mesma, enquanto abria a mensagem.
"Vaso entupido? Problemas em sincronizar o cabo da TV?"
As emergências da Avó Grace eram quase sempre as mesmas e depois vinha-se a descobrir que queria apenas um pouco de companhia durante o dia. Mas desta vez, o conteúdo da mensagem não era nada disso.
Oh merda! Seria quem ela estava a pensar?
Ana lê a mensagem novamente, mas com um mau pressentimento e volta para junto do Jonh. Ele percebe que a cara dela não é a mesma de a pouco.
- Aconteceu alguma coisa?
- Isto é um abuso, Jonh, mas eu vou ter que ir a casa.
- Pode ir. Eu consigo lidar começa dizia de pessoas.
- Obrigada, você é um anjo!
Naquele momento, Jonh sentia-se o maior... idiota à face da terra, mas por Ana ele fazia qualquer coisa. Especialmente num dia como este.
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First Love (CONCLUÍDA)
Fanfictie"Confia na vida... Ela premeia sempre os corajosos" Era o que a mãe lhe dizia. Foi a pensar nestas palavras que fez com que Anastásia se lançasse contra a um carro, para proteger dois irmãos que estavam na estrada. Foi assim que conheceu Simão e Al...