Luiza narrando:
Coringa: MAS VOCÊ NÃO VAI NEM FUDENDO, LUIZA.- continuava com seu show que tinha começado quando me viu arrumando as malas.
Eu: Já falei pra abaixar o tom, tô gritando contigo por acaso?- continuei dobrando as roupas, ainda nem tinha olhado para cara dele.
Coringa: Perdão por ontem, perdão mesmo. Eu não vou mais vacilar, sério.
Eu: É a décima vez que você fala isso, vê se faz alguma coisa diferente dessa vez.- virei para ele e finalmente o encarei, os olhos estavam fundos e as olheiras bem evidentes.- Quando isso começou?
Coringa: Lá os caras usam muito. Foi problema nos negócios aqui, briga com você ali... Um deles me ofereceu, minha cabeça tava muito cheia, decidi aceitar, a brisa foi boa demais, me fez esquecer que eu tava ferrado. No outro dia eu usei e no seguinte também.- baixou a cabeça.
Eu: E em nenhum momento pensou em mim ou no Leonardo.
Coringa: Eu penso em vocês todo segundo. Achei que quando viesse pra cá ia parar porque uso em pouca quantidade mas não consigo, quando passo um dia sem usar fico agoniado e estressado querendo matar todo mundo.
Eu: Legal, você virou um dependente químico. Qual a porra do problema de você pedir minha ajuda e a gente enfrentar isso junto?
Coringa: Eu não queria te magoar de novo, sei que erro pra caralho, uma hora você vai se cansar e me deixar. Sabia nem se você ia ficar comigo depois disso. Achei que conseguiria resolver sozinho.
Eu: Tá de onda, né? Caio, eu te amo, caralho. Não ia te abandonar num momento desses. Me dói saber que você espera tão pouco de mim.
Coringa: Eu te amo mais que tudo, não vai. Você não disse que enfrentava isso comigo?
Eu: Você não queria se virar sozinho? Pois bem, agora você tá só.- fechei a mala e a coloquei no chão.
Ele caiu de joelhos e abraçou minhas pernas.
Coringa: Por favor, não me deixa. Vocês são tudo pra mim. Eu te imploro, Luiza, não me deixa.- vi algumas lágrimas rolando por seu rosto.
Uau, era a primeira vez que via ele chorando. Foi automático, comecei a chorar também. A vontade de abraçar ele e dizer que eu ajudaria ele era grande, mas a vontade de ver ele mudar era bem maior. Tem pessoas que só aprendia com a dor e o Caio era uma delas.
Eu: Minha mãe tá doente, eu tenho mesmo que ir. Iria até se a gente não tivesse brigado.- disse por fim, não ia dar o braço à torcer, hoje não.
Depois de um tempo ele se afastou e levantou.
Coringa: O voo saí que horas?- enxugava as lágrimas.
Eu: Daqui duas horas.Coringa: Me espera tomar banho, vou deixar vocês no aeroporto.- assenti.
Fui para o quarto do Léo e fiquei o assistindo dormir até o Caio voltar arrumado e cheiroso. Ele colocou nossas malas no carro e saímos. Fiz o checking e sentamos esperando dar o horário.
Coringa: Ainda tá usando a aliança?- encarava minha mão.
Eu: Não lembro de ter pedido pra terminar.- vi ele dar um sorrisinho.
Coringa: Então a gente ainda tá junto, né?
Eu: Acho que a droga tá mexendo com sua cabeça. Tá lento demais.- ele riu e me abraçou.
Ouvi chamarem meu voo, me levantei e fomos andando de mãos dadas até a área de embarque. Ele me deu um beijo de tirar o fôlego.
Coringa: Amo vocês mais que tudo. Volte pra mim, gatinha.- deu um beijo na minha testa.
Saí andando antes que eu desistisse. O Léo só acenava sorrindo para o pai que acenava de volta. O voo foi tranquilo. Quando avistei minha mãe já comecei a chorar, corri e ela me abraçou.
D. Laura: Vai ficar tudo bem.- passava as mãos nas minhas costas, não conseguia parar de chorar.
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Boaa leitura meus amores!!
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Até o próximo. ❤️❤️
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Grávida Do Chefe - (FINALIZADA) 🖤🚬
Science FictionSinopse: Luiza Karam, é uma adolescente de classe média alta que subiu o morro a procura de diversão. O que não imaginava era que uma noite geraria consequências para o resto da vida. Caio Fernandes, vulgo Coringa, é o chefe do morro do Alemão. Te...