Capítulo 075

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Luiza narrando:

Coringa: MAS VOCÊ NÃO VAI NEM FUDENDO, LUIZA.- continuava com seu show que tinha começado quando me viu arrumando as malas.

Eu: Já falei pra abaixar o tom, tô gritando contigo por acaso?- continuei dobrando as roupas, ainda nem tinha olhado para cara dele.

Coringa: Perdão por ontem, perdão mesmo. Eu não vou mais vacilar, sério.

Eu: É a décima vez que você fala isso, vê se faz alguma coisa diferente dessa vez.- virei para ele e finalmente o encarei, os olhos estavam fundos e as olheiras bem evidentes.- Quando isso começou?

Coringa: Lá os caras usam muito. Foi problema nos negócios aqui, briga com você ali... Um deles me ofereceu, minha cabeça tava muito cheia, decidi aceitar, a brisa foi boa demais, me fez esquecer que eu tava ferrado. No outro dia eu usei e no seguinte também.- baixou a cabeça.

Eu: E em nenhum momento pensou em mim ou no Leonardo.

Coringa: Eu penso em vocês todo segundo. Achei que quando viesse pra cá ia parar porque uso em pouca quantidade mas não consigo, quando passo um dia sem usar fico agoniado e estressado querendo matar todo mundo.

Eu: Legal, você virou um dependente químico. Qual a porra do problema de você pedir minha ajuda e a gente enfrentar isso junto?

Coringa: Eu não queria te magoar de novo, sei que erro pra caralho, uma hora você vai se cansar e me deixar. Sabia nem se você ia ficar comigo depois disso. Achei que conseguiria resolver sozinho.

Eu: Tá de onda, né? Caio, eu te amo, caralho. Não ia te abandonar num momento desses. Me dói saber que você espera tão pouco de mim.

Coringa: Eu te amo mais que tudo, não vai. Você não disse que enfrentava isso comigo?

Eu: Você não queria se virar sozinho? Pois bem, agora você tá só.- fechei a mala e a coloquei no chão.

Ele caiu de joelhos e abraçou minhas pernas.

Coringa: Por favor, não me deixa. Vocês são tudo pra mim. Eu te imploro, Luiza, não me deixa.- vi algumas lágrimas rolando por seu rosto.

Uau, era a primeira vez que via ele chorando. Foi automático, comecei a chorar também. A vontade de abraçar ele e dizer que eu ajudaria ele era grande, mas a vontade de ver ele mudar era bem maior. Tem pessoas que só aprendia com a dor e o Caio era uma delas.

Eu: Minha mãe tá doente, eu tenho mesmo que ir. Iria até se a gente não tivesse brigado.- disse por fim, não ia dar o braço à torcer, hoje não.

Depois de um tempo ele se afastou e levantou.
Coringa: O voo saí que horas?- enxugava as lágrimas.
Eu: Daqui duas horas.

Coringa: Me espera tomar banho, vou deixar vocês no aeroporto.- assenti.

Fui para o quarto do Léo e fiquei o assistindo dormir até o Caio voltar arrumado e cheiroso. Ele colocou nossas malas no carro e saímos. Fiz o checking e sentamos esperando dar o horário.

Coringa: Ainda tá usando a aliança?- encarava minha mão.

Eu: Não lembro de ter pedido pra terminar.- vi ele dar um sorrisinho.

Coringa: Então a gente ainda tá junto, né?

Eu: Acho que a droga tá mexendo com sua cabeça. Tá lento demais.- ele riu e me abraçou.

Ouvi chamarem meu voo, me levantei e fomos andando de mãos dadas até a área de embarque. Ele me deu um beijo de tirar o fôlego.

Coringa: Amo vocês mais que tudo. Volte pra mim, gatinha.- deu um beijo na minha testa.

Saí andando antes que eu desistisse. O Léo só acenava sorrindo para o pai que acenava de volta. O voo foi tranquilo. Quando avistei minha mãe já comecei a chorar, corri e ela me abraçou.

D. Laura: Vai ficar tudo bem.- passava as mãos nas minhas costas, não conseguia parar de chorar.

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Boaa leitura meus amores!!

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Até o próximo. ❤️❤️

Grávida Do Chefe - (FINALIZADA) 🖤🚬Onde histórias criam vida. Descubra agora