Capítulo 047

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Luiza narrando:

Quando já não tinha mais nada no meu estômago a vontade passou. Levantei, escovei os dentes, lavei o rosto e fui deitar. O Caio só observava com o Léo no colo que também me observava.

Coringa: O que aconteceu?- sentou do meu lado. Peguei o celular e mostrei a ele.- Quem foi o filha da puta que te adicionou nessa merda?- olhou pra mim.

Eu: Isso não importa, o que importa é o que você fez com aquele homem.

Coringa: Com aquele pedófilo que quase estuprou uma menina de 5 anos, né?- fiquei em silêncio.- Eu não queria que você visse o que eu faço, não quero que você tenha essa imagem de mim. A gente tem que ter uma relação dahora pro bem do menor, tá ligada?- assenti.- Eu fiz aquilo porque ele mereceu, todo mundo aqui sabe as regras, fazem porque querem sofrer.

Eu: Mas isso é uma doença, às vezes nasce com ele e tem tratamento.- argumentei.

Coringa: Luiza, olha pra mim.- segurou meu rosto com as duas mãos.- Você tá na favela, não em um bairro de playba. Lá pode ter gente com esses problemas na cabeça mas aqui, aqui é muito mais provável ele ser ruim do que doente. Presta atenção no que tô te dizendo, existem pessoas ruins, que gostam de ver o sofrimento dos outros. Eu não faço o que fiz com ele por prazer mas pra deixar um recado pra quem é igual à ele. Comigo não tem boquinha. Vacilou, rodou. Entendeu?- apenas assenti.

Eu: Tô com dor de cabeça, vou dormir.
Coringa: A gente tá bem, né?

Eu: Claro, quando vim morar contigo sabia o pacote do tráfico que vinha com você.- sorri sem mostrar os dentes.

Coringa: Tá certo. Eu e o Léo vamos ficar aqui até você dormir, né filhão?- fez cosquinhas nele que riu. Fiquei olhando eles brincarem até à escuridão me engolir.

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Grávida Do Chefe - (FINALIZADA) 🖤🚬Onde histórias criam vida. Descubra agora