21 | CLARICE.

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Eu sabia muito bem que me arrependeria. Sabia muito bem que logo após tudo aquilo, eu iria sair correndo e querer me asfixiar com a cabeça no travesseiro de tanto desespero, mas no momento, meu desejo falava mais alto. Quando a chama acende, nem um dia só de chuva pode apagar.

Eu e Nathan estávamos bem envolvidos em nosso beijo, até a hora que sentimos que não deveríamos fazer aquilo na frente de todos. Até então acho que ninguém havia percebido, pois estava tudo muito escuro e a festa estava lotada de gente bêbada. Se tivessem visto, no outro dia esqueceriam de tudo. Muitos já sabiam que nós éramos "irmãos", então não podíamos arriscar.

Finalizamos o beijo com alguns selinhos e Nate se afastou, indicando com a cabeça para segui-lo e me levando até algum lugar. Me pediu pra esperar um pouco e assim eu fiz, vendo o mesmo sair e voltar depois de alguns minutos com uma chave na mão. Levantei minhas sobrancelhas em choque. Ele realmente tinha tanta boa lábia assim pra conseguir a chave de alguma porta da casa de Scott? Certeza que eu não conseguiria.

Logo Nate começou a andar e eu fui atrás dele, um pouco distante. Não podia deixar tão claro que eu estava praticamente colada com meu "irmão" e estava indo à algum lugar com ele a sós.

Nathan adentrou um corredor e logo o som da festa foi ficando cada vez mais distante. Logo, estávamos na parte da casa que não estava sendo ocupada e só podia-se ouvir a música abafada pelas paredes.

Ali, Nathan me encostou em uma pilastra e uniu seus lábios aos meus de uma forma desesperada. Sentia seu desejo escorrer pelo corpo e a forma como me apalpava com suas mãos estava me levando à loucura. Enquanto senti sua boca fazer um passeio gostoso em meu pescoço, parei para olhar um pouco em volta e um sorriso cresceu em meus lábios ao ver uma escada.

— Vamos lá pra cima. — Sussurrei em seu ouvido e ele deu uma risada fraca, voltando com a sua boca na minha e mordendo meu lábio inferior. Me surpreendendo, me pegou em seu colo, o que me fez laçar minhas pernas ao redor de sua cintura e abraçar seu pescoço, o beijando novamente. Senti ele andar e logo percebi que estávamos subindo a escada.

Demos de cara com uma porta e eu comecei à torcer mentalmente para a mesma não estar trancada. Soltei um suspiro de alívio quando senti minhas costas tocarem a superfície de madeira se abrindo e deixando Nathan e eu entrarmos no cômodo. Assim que entramos, ele fechou a porta com seu pé e continuou a me beijar, me pressionando na parede e colando mais ainda nossos corpos. Senti sua ereção contra mim e dei um sorriso safado, deslizando minhas unhas lentamente por sua nuca. Afastei meu rosto do dele e parei para olhar o cômodo que nós estávamos.

Fiquei chocada ao ver que não era um quarto, e sim uma sala de jogos. Havia algumas poltronas espalhadas por ali, uma mesa de totó, alguns quadros de jogadores de futebol espalhados pela parede de mármore e, pra minha grande felicidade...

Uma mesa de sinuca.

Um sorriso sapeca nasceu em meu rosto enquanto eu fincava os dentes nos lábios inferiores encarando aquela mesa. Creio que Nathan percebeu, pois senti suas mãos me agarrarem por trás e colarem meu corpo com o dele, me fazendo arfar pela surpresa de sentir sua ereção contra minha bunda.

Com os corpos colados, fomos andando em direção à mesa e ele me empurrou ali, me fazendo deitar meu tronco em cima da mesa e fazer as bolinhas do jogos se separarem, caindo no chão e indo pra direções diferentes. Senti suas mãos descerem pra minha bunda e eu empinei a mesma em sua direção, sentindo uma certa ardência em minha nádega com o tapa forte que Nathan havia despejado ali. Gemi fraco com o impacto de sua mão e senti o interior das minhas coxas esquentarem ao perceber o tecido do meu short descendo pelas minhas pernas. Logo, eu estava apenas de calcinha e top. Nate colou seu corpo no meu, tirando meu cabelo das costas e beijando minha nuca, costas, cóccix e logo me arrancando um gemido quando fincou seus dentes na pele da minha bunda. Tinha certeza que a marca de sua mordida permaneceria ali por um bom tempo.

𝐁𝐑𝐀𝐙𝐈𝐋𝐈𝐀𝐍, 𝗺𝗮𝗹𝗼𝗹𝗲𝘆.  ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora