UM TEMPO DEPOIS...
— Caralho Clarice, para de andar de um lado pro outro, tu vai acabar fazendo um buraco nesse chão! — A voz de Nathan me repreendeu vendo a minha atual situação. Eu respirei fundo e relaxei os ombros por um instante, me permitindo sentar na bancada e olhar para os meus pés. Eu parecia uma bala de canhão. Não havia parado de fazer coisas desde cedo.
Hoje é dia vinte e quatro de dezembro, véspera de natal. Já era quase três da tarde e as meninas foram ao mercado comprar mais algumas coisas pro resto da ceia. Tudo já estava quase em seus lugares, mas por algum motivo, minha ansiedade me tonteava para que eu fizesse tudo sem um erro sequer. Nathan estava me ajudando junto com elas desde cedo, porém pelo fato de eu ser extremamente perfeccionista, eu acabava me estressando muito com coisas pequenas e isso resultou no suor de cansaço que esquentava meu corpo e minha cabeça que já estava começando à doer.
Desde que reatamos, Nathan vem sempre que pode pra cá. Ele decidiu deixar o Zeus comigo aqui no Brasil, para que ele pudesse ser cuidado num ambiente cheio de amor e não perto da dona Kami.
Quem é Zeus? É o meu pacotinho de amor com quatro patas. Ele é um labrador com pelos caramelo e que faz os meus dias mais felizes quando Nathan não está perto de mim. Sinto que depois que esse serzinho apareceu em nossa vida, selou de imediato uma paz que talvez nunca havíamos conhecido antes. É o nosso porto seguro e a confirmação que o nosso amor está mais vivo do que nunca com ele ao nosso lado.
— Tá parecendo um trem bala andando pra lá e pra cá, mano. Relaxa. — Ele se aproxima de mim e pousa as mãos nos meus ombros. Tombo levemente a cabeça pro lado e deito o rosto na palma da sua mão.
— Só quero que tudo ocorra bem. Nem sei o que faria se esse inferno desse peru queimasse no forno. — Digo e o faço rir. Ele acaricia minha bochecha.
— Tudo que tu faz é perfeito, minha linda. Tu é perfeita dos pés à cabeça. — Nate leva suas mãos para a minha cintura e me puxa para mais perto dele. Eu sorrio sentindo minhas bochechas corarem e junto nossos lábios. Nunca vou cansar de dizer que ele faz eu me sentir como uma adolescente apaixonada no colegial. As melhores sensações do mundo, eu tenho a plena certeza que ele me proporciona desde o dia que apareceu pra mim.
Eu arranho levemente sua nuca enquanto me entrego à ele naquele beijo e ele aperta mais minha cintura, fazendo a blusa um pouco larga que eu vestia subir. Ele logo desliza suas mãos por dentro do tecido e aperta meus seios cobertos pelo sutiã, me arrancando suspiros e aumentando minha libido com seus simples toques.
— Chegamos! — Marilu avisa com o som da maçaneta sendo aberta a acompanhando. Nathan desgruda os lábios dos meus e bufa, murmurando um palavrão enquanto eu apenas rio. Ele me ajuda à descer do balcão e nos direcionamos até a sala, onde as garotas estavam acompanhadas dos meninos.
Ah, um detalhe que eu esqueci de acrescentar: Elisa estava ficando com Johnson e Marilu também dava uns pegas no Gilinsky. Ao contrário de Maria e Jack que vivem numa intensa putaria, a Elisa parecia estar disposta à ter algo mais sério com Johnson. E, pelo andar da carruagem, ele também demonstrava interesse em oficializar o lance deles. Pois é. Em um curto período de tempo, muita coisa havia acontecido.
O chão da sala de estar estava repleto de sacolas e eu soltei um suspiro sabendo do provável trabalho que todos nós teríamos para fazer tudo direitinho.
— Compraram tudo que está na lista? — Pergunto para as meninas e elas assentem.
— Compramos ingredientes pra fazer aquelas boiolagens americanas, tipo cookies e bengalas de açúcar. Esses garotos disseram que natal sem esses doces está fora de cogitação. — Elisa diz e eu reviro os olhos.
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𝐁𝐑𝐀𝐙𝐈𝐋𝐈𝐀𝐍, 𝗺𝗮𝗹𝗼𝗹𝗲𝘆. ✓
Fanfictionna qual clarice faz um intercâmbio em Omaha e a família Maloley a acolhe como sua host family. ⚠️: NÃO aceito adaptações.