32 | NATHAN.

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Me virei de costas naquela cama e senti suas unhas passearem pelo meu braço. Sua boca tocou meu pescoço e eu bufei de raiva.

— Vai dormir, Becky. — Falei sem paciência e escutei uma risadinha vinda da mesma.

— Estava com saudades, amor. — Ela me abraçou por trás. — Por que não veio mais me ver?

— Tá sufocando, porra. Me solta, mó calorzão. — Tirei seu braço de volta de mim e ela bufou.

— Você sempre com essa sua ignorância.

Depois disso, não ouvi mais nada e logo soube que havia ido dormir. Esperei algum tempo e logo me levantei, vestindo minhas roupas e pegando minhas coisas. Ao entrar no meu carro, vi que já passava das três no relógio e arranquei com o veículo dali.

Becky e eu temos um rolo de maior tempão. Nunca foi nada sério e se depender de mim, não será. Já Becky, enxerga sentimento aonde não tem e fica me sufocando como se fossemos algo mais que sexo. Já me apresentou pra mãe dela e os caralhos.

Ela sabe que nunca teremos nada pra valer, já tava cansado de falar isso na cara dela. Não entendo a necessidade que as pessoas tem de insistir em algo que não vai pegar.

Meu celular vibrou e eu peguei o mesmo com a mão desocupada. Dei uma rápida olhada pro visor e sorri de lado ao ler a mensagem.

"Clarice: tá acordado? estou entediada"

Digitei rapidamente enquanto dirigia.

"Está me chamando pra foder porque está entediada? Então eu sou um objeto pra você?"

Em poucos segundos ela respondeu.

"Clarice: não lembro de ter te chamado pra me comer, estou apenas carente!"

Eu ri e respondi.

"Tô voltando pra casa. Quer sair um pouco?"

"Clarice: quero! mas sem gracinhas, Nathan. sabe que eu corto seu piruzinho e faço de pincel pra maquiagem!"

"Você é louca, garota. E as suas amigas?"

"Clarice: tá todo mundo dormindo. relaxa, ninguém vai descobrir do nosso amor criminal escondido."

"Você sonha em casar comigo, eu sei disso."

"Clarice: dá uma segurada na emoção, pode acalmar teu coração"

"Vai pra porta. Chego aí em 10 minutos."

Ela visualizou a mensagem e eu desliguei o celular. A relação que eu tinha com Clarice até que era boa. Nos entendíamos e não ficávamos mais como duas crianças em guerra como quando ela chegou aqui e quando dava vontade, fodíamos pra caralho até cansarmos. Isso tudo sem ninguém saber.

Eu desconfio que ela tenha contado pras amigas brasileiras dela mas as garotas mal me conheciam, então sabia que não iriam sair espalhando pra todo mundo. Elas pareciam ser gente boa.

Parei o carro em frente à casa da mamãe e vi a figura da garota de cabelos longos e negros em frente à porta. Ela usava uma blusa de alcinha branca e um short colado preto que realçava sua bunda enorme. Tava extremamente gostosa.

𝐁𝐑𝐀𝐙𝐈𝐋𝐈𝐀𝐍, 𝗺𝗮𝗹𝗼𝗹𝗲𝘆.  ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora