Os cachos nas pontas do meu cabelo estão exatamente do jeitinho que eu quero e dá um charme à mais para a coroa de flores brancas que eu uso no topo da cabeça. A faixa branca que eu uso como top valoriza meus seios e a saia longa com uma abertura lateral também da mesma cor deixa à mostra minha perna direita. Uso acessórios, como argolas pratas grandes, meu cordão com pingente de sol e minha mais nova aliança. Pois é, uma aliança. Logo quando eu acordei no dia seguinte do aniversário da Marilu, ele me aparece com café na cama e duas alianças pratas. Não preciso dizer que surtei e quase derrubei todas as torradas que ele faz pra mim na cama. Foi, definitivamente, algo que me surpreendeu muito.
— Porra, madame! Até tu acabar de se arrumar, já estamos no carnaval. — Nathan grita do andar de baixo e eu bufo.
— Já estou descendo, amor! — O aviso e apenas passo um gloss brilhante em meus lábios para descer.
Todos já estavam prontos e me esperavam na sala de estar. Não acho que demoro para me arrumar, apenas me preocupo em sempre estar linda, se bem que não preciso fazer muito esforço pra isso.
Olho para minhas rasteirinhas pratas com brilho e me sinto extremamente satisfeita comigo mesma. Puta merda, eu sou muito linda mesmo.
Desligo a luz do quarto e pego minha bolsa, checando se tudo estava lá dentro mesmo e desço as escadas lentamente. À medida que piso em cada degrau, ouço as vozes dos meus amigos que conversam entre si sobre algo aleatório e logo quando piso meus pés no chão, minhas bochechas se coram ao perceber que todos estavam olhando pra mim.
— Jesus amado. — Maria deixa escapar enquanto me encara boquiaberta e eu rio, me aproximando ainda mais deles.
— Tá linda demais, amiga. — Johnson me elogia e eu o lanço um beijo no ar. — Se eu não respeitasse muito você e meu irmão, avançava em você agora igual um urso.
— Eu também. — Gilinsky levanta a mão, porém logo abaixa com os olhos encolhidos depois de levar um beliscão de Marilu e um olhar mortal de Nathan. — Tô brincando, galerinha.
— Vocês não prestam. — Digo depois de gargalhar horrores.
Nós nos apressamos em sair logo de casa e irmos separados. Num carro, foi eu, Nathan, Elisa e Johnson e Marilu e Gilinsky optaram por ir de moto. Sim, Maria de Lourdes deixou Jack pilotar sua moto. Temos dezoito anos de amizade e ela nunca me deixou encostar no freio desse maldito veículo. Talvez ela esteja mesmo apaixonada.
Logo quando Nate começou à dirigir, ele pousa sua mão na minha coxa e acaricia a mesma com seu polegar.
— Você tá a mulher mais linda do mundo. Não que não seja todos os dias — Ele me olha. — Mas hoje, você tá um espetáculo.
Meu rosto pega fogo e eu dou um sorriso sem graça. Nem sequer sabia como responder.
— Eu tenho muita sorte de ter você. — Ele diz de forma calma com os olhos passando sinceridade. Eu me desmancho por completo. É tanto amor que não cabe dentro do meu peito.
Coloco minha mão por cima da sua e entrelaço nossos dedos, logo depois beijando os mesmos.
— Eu amo você. — Falo de coração e ele me olha apaixonado. Meu Deus, é como se eu pudesse decifrar cada mínimo gesto dele. Talvez eu tenha gravado suas micro expressões e detalhes ao todo.
— Meu Deus, que nojeira. — Escuto a voz de Johnson atrás de nós e reviro os olhos enquanto rio. Já Nathan, ergue seu dedo do meio para o retrovisor e o loiro ri ao notar o gesto no reflexo do espelho.
Somos definitivamente um bando de crianças.
•••
A praia de Copacabana já estava lotada. O mar azul, que por conta da noite já estava escuro, não era nada comparado ao oceano de pessoas que andavam de um lado para o outro na areia. Todos nos preparativos para o novo ano que viria. E, não sendo diferente, eu também estava.
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𝐁𝐑𝐀𝐙𝐈𝐋𝐈𝐀𝐍, 𝗺𝗮𝗹𝗼𝗹𝗲𝘆. ✓
Fanfictionna qual clarice faz um intercâmbio em Omaha e a família Maloley a acolhe como sua host family. ⚠️: NÃO aceito adaptações.