EPÍLOGO

44 2 0
                                    

      Jin o trazia dois cafés gelados, suavam pelo excesso de gelo. Estavam em um shopping, na parte de alimentação; muitos ali, de fato. Jimin estava suando frio, queria que aquilo sumisse de dentro de si. Detestava tamanha dúvida e incerteza. Havia raiva dentro do seu íntimo. Não podia, infelizmente, fugir daquilo; ele era seu irmão. Yoongi o convencera a esclarecer as coisas, ainda desconhecia como. 

      - Aqui - o estende um dos copos -, você queria conversar comigo.

      - Sim - engoliu em seco, não queria o mal dele, era complicado. Então... - o outro acelerava-o no discurso. - Por que você nunca apareceu? - A voz, direto, saia embargada. Por que eu estive sozinho esse tempo todo? - era realmente um lamento grande. Apertava as mãos, essas pequenas, envolta do copo.

      - Eu - Bufou desconcertado -, eu sempre estive por perto, mas nosso pai me proibia de chegar perto de você. Acredite - ele brincava com o copo para não chorar pela ruim lembrança - ele também era violento comigo. Um momento. - Quando te vi nas escadas da escola, aquele dia, eu queria tanto ficar lá conversando com você. Me desculpe. - Falou ladino, tristonho. - Se puder me dar uma chance, podemos ser irmãos; ainda há tempo. Jimin o fitava surpreso. - Se quiser, é claro.

      - Promete ficar? - Balançava inquieto a perna abaixo da mesa.

      - Eu pretendo. - respondera firme. Jimin não demostrou, contudo, queria sorrir orgulhoso enquanto Jin tomava um gole do café. -  Ah! Sobre seus amigos - continuava -, nada de ruim vai acontecer com eles. Papai - como era de costume chamá-lo em quatro paredes - não vai fazer mais mal algum. Felicitou-se com isso. 

      Sentira, Jimin, que havia uma certa liberdade ali. Aproveitou e esclareceu outra dúvida. - Sabe aquele médico, você parecem bem próximos; ele -

      - É complicado - cortava-o antes que terminasse, desviando o olhar, as bochechas rubras. Gargalharam baixo pela situação. Era isso que eu queria - Jin ponderava ao ver o sorriso e os olhos curtos no semblante do irmão mais novo.

      O silencio, outra vez, instalava-se. Quebrou o gelo, Jimin: 

      - E nosso pai? - a garganta travava no final da frase.

     -  Quer mesmo saber? - Encarava-o como uma pergunta que valesse o destino de sua vida e, de certo modo, valia. Pensativo, o pequeno hesitou um pouco:

     - Não.

      A tarde fora boa. Com ele. Com seu irmão.



----------------------------------------------------

Bom, eu não sei como agradecer se você chegou até aqui. Apenas, espero que tenham gostado. Escrever é muito importante pra mim e, com certeza, vou escrever algo de novo. Muito Obrigado; eu não seria nada sem vocês que leem esses capítulos e me enviam mensagens que me faz querer recomeçar tudo de novo. Vou sentir falta. Se cuidem.

- Oliviere.



Pai do Jungkook, o fim alternativo:


Outra luz, longe dali, era acesa, a sala pequenina com uma mesinha de madeira ao centro e duas cadeiras em ambos os lados. Uma sala de interrogatório, era. Uma das cadeiras era preenchida pelo homem que quase destruiu a vida do seu próprio filho; tamanho monstro como vários outros à solta, conquanto as proles buscam, somente, amor. Sinto muito por aqueles que sabem do que escrevo. Adentrou o policial, semblante jovial e argumentava-o:


- Você disse que não se arrepende, certo? Checava a papelada, de pé à porta. Assentira, impaciente, o velho algemado à mesa. Uma pena, senhor. Terá a pena máxima por desrespeitar as medidas de proteção impostas pelo juiz e lesão corporal grave. Bufou, antes de sair, completou, respirando fundo: - Não entendo o motivo, o real motivo. Seria mais fácil se amasse-o do jeito que ele é. Enquanto vários presos aqui querem ver seus filhos e filhas, você quer matar o seu – Riu -, sinceramente, quer saber o que eles fazem com pessoas como você? – o velho fitou sobre o ombro. – Eles também não se arrependem.

I HEAR YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora