Chapter XIX

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Observação do autor: Olá, passando para avisar que esse capítulo contém cenas quentes entre uns dos personagens. Se você, caro leitor, não gosta desse tipo de conteúdo, suponho que não leia tal parte. Até a próxima.

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       Como Jimin iria reagir? Dispensando-o daquela forma, usando uma desculpa esfarrapada, fraca? Claro que não faria, aliás, acreditava ter assuntos mais importantes para tratar além de satisfazer seu tesão por Jungkook. Por mais que parecesse impossível, poderia esperar. Claramente, a palavra seria "conter-se". Tinha de conter-se, por enquanto. Não conseguiria, obviamente, por muito tempo; era um adolescente com hormônios atiçando-o a cada momento. E vê-lo, naquela hora, fora como o fogo tomando conta de tudo; um incêndio. Queria toca-lo tão rápido quanto.

      Por outro lado, Jungkook, não longe de perder o controle, sentia-se confuso sobre isso. Queria estar com ele – fato -, contudo o "ele" era novidade. É. Na verdade, tudo era novo; como uma criança perdida em uma cidade grande, coberta por uma selva de concreto, diferentes direções, diferentes finais. Mas é isso que tornava especial – intrigante -, a situação, o inesperado. Com ele, iria ser um inesperado agradável, assim deduzia. Não era impossível, somente improvável.

       - Preciso falar com vocês – sinalizava ainda do lado de fora, em termos, focado. Tinha vasta questões a fazer: Porque Jimin está aqui? Porque o diretor o quer? E os policiais, para quê tanto? E Jungkook, por que sumiu?

       Jimin compreendia-o e iria chama-lo para entrar – hesitou no momento -, mas não estava em sua casa, não sabia se tinha consentimento para isso. O dono encontrava-se atrás de si; ele detinha a ordem, mesmo sabendo que o deixaria entrar de qualquer forma. Era Taehyung, seu... seu... parava por aí. Não sabia em que passo estavam, porém eram mais que amigos - tinha certeza -, só não se deram conta. Ou deram.

       - Ele quer falar com a gente – disse fitando Jungkook, segurando a porta -, parece sério. Em último, perdeu-se um pouco, gaguejando, reparando na corpulência de seu amigo. Não podia negar, era atraente. Percebia os olhos correndo por seu corpo. Isso incomodava-o um pouco, o próprio corpo não o agradava por alguns motivos - detalhes. Antes, não aparecia assim, sem blusa, para alguém. O fato, além de o envergonhar, fazia-o sentir-se inferior; poderiam falar "cada um tem seu próprio corpo, sua própria beleza", todavia, infelizmente, não era verdade, só consentimento. O mundo tinha, de fato, um molde que as pessoas queriam seguir. Ainda tem...

       - Que entre, então. – Disse sinalizando com a cabeça, chamando-o, indo em busca de uma camisa confortável em seu quarto. Abriu uma pequena porção necessária da porta e não entrou por completo, apenas estendeu a mão e a pegou jogada em cima da escrivaninha que continha contra a parede da porta. Não surpreendera Jimin; sabia o porquê. O porquê escondia era a questão.

       - Por que – chamou a atenção de Jimin sinalizando já do lado de dentro – o diretor está procurando por você? –Atento aos sinais, Jimin não respondeu. Deu um sorriso sem graça e fechou a porta lentamente. Esperou o som ao fechar e retrucou:

       - Calma – gesticulou não sabendo a gravidade da situação -, isso acontece sempre. Taehyung parecia confuso, o diretor para procurar por ele precisava de policiais? Jungkook observava tudo, sem compreender, sentado no seu sofá.

       - Mas tinha policiais lá, interrogando os alunos. O que você fez? – Cerrou os olhos em suspeita

       Espirou bruscamente. – Temos muito o que conversar depois – fez o sinal de 'muito', lentamente, dando ênfase -, mas não fiz nada... – esperou um segundo e acrescentou – de grave. Jimin olhava para Jungkook, disperso com o cotovelo no braçal segurando o queixo evitando que sua cabeça caísse de tédio. Reparava, também, que não alertou Taehyung sobre os calçados dentro de casa; realmente ele tinha privilégios. Na verdade, ele já havia reparado nisso, apenas não sabia como dizer, sinalizar; enfim, não sabia. – Jungkook – anunciou -, vou sair – apontou para a porta -, resolver uma coisa – mentiu -; eu volto. Prometo.

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