Capítulo 7

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O despertador toca em meu criado mudo anunciando que já são 06:00 da manhã, não me incomodo pois mal consegui dormir essa noite

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O despertador toca em meu criado mudo anunciando que já são 06:00 da manhã, não me incomodo pois mal consegui dormir essa noite. Hoje é o meu primeiro dia na Universidade de Nova York, estou bem animada, mal posso esperar para chegar lá.

Coloco uma das minhas roupas favoritas e capricho na maquiagem. Quando estou pronta, me encaro no espelho. Não estou nada mal, esse conjunto rosa caiu muito bem em mim.

Desço até o térreo do prédio e quando vejo a Maria sentada escutando música, me lembro de que ainda tenho que arrumar um quarto melhor para ela, mesmo não sabendo como irei fazer isso. Quando percebe minha presença, ela faz a mesma cara raivosa de sempre. A ignoro e pego um táxi.

Estou ansiosa para esse dia, será que irei fazer novos amigos? Conseguirei socializar? Espero que sim.

Ao chegar na Universidade, observo a grandeza do lugar. O portão é enorme e conta com um porteiro e dois seguranças ao lado.

Pago o táxi e me identifico na portaria, assim que eles conferem meu nome, caminho para dentro da Universidade.

As pessoas me olham estranho, como se eu fosse alguém de outro mundo. Mesmo assim, sigo em frente para minha sala.

Sinto falta da minha época de escola na Itália. Vim aos Estados Unidos a procura de uma boa universidade para ter um ensino avançado e especializar meus conhecimentos.

— Bom dia, alunos. Sejam bem vindos. — diz a professora assim que entra na sala — Como de costume, peço que vocês se apresentem para a turma.

A classe não é muito grande, deve ter no máximo 50 pessoas, mesmo assim a professora pede para que sejamos rápidos.

— Olá, me chamo Giovanna e vim da Itália. Piacere di conoscerti. — todos me olham confusos, parece que ninguém fala italiano por aqui — Eu falei “prazer em conhecê-los” em italiano. — dou um sorriso sem graça — Eu tenho 18 anos e espero ser amiga de vocês.

Eu não sei o porquê mas boa parte da turma me encara igual a Maria sempre que me vê.

Após as apresentações, a professora segue com sua aula até bater o sinal para o intervalo. Até agora, ninguém veio falar comigo e quando eu ia puxar assunto, não continuavam ou saiam de perto de mim. O que está acontecendo? Eu não sou um bicho e nem estou fedendo.

Resolvo ir ao banheiro e ao entrar em um dos compartimentos, escuto pessoas conversando.

— Você viu a novata? — alguma menina fala e começa a gargalhar.

— Para que tanto rosa? Ela parece uma palhaça. — ambas riem.

Qual o problema das minhas roupas? Elas são tão lindas. Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto e a limpo.

Saio do banheiro correndo. Qual é o meu problema? Por que ninguém gosta de mim?

Vejo Maria rodeada de amigos no refeitório. Eu não sabia que ela viria estudar aqui. Será que ela tem a minha idade? Isso não importa. Ela está cheia de amigos envolta dela, me pergunto como ela consegue.

Assim que o intervalo acaba, volto para minha sala e espero a aula acabar sem conseguir prestar atenção em nada.

Eu não quero voltar para esse lugar. Aqui é tão ruim quanto a Itália, pelo menos lá eu tinha uma casa linda e grande para morar. 

Volto para o prédio com o pensamento de no dia seguinte pegar voo para Itália, assim a Maria pode ficar com o meu quarto.

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Alopradas [Reescrevendo]Onde histórias criam vida. Descubra agora