Capítulo 34

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+ Maria +

A melhor parte de ter uma banheira de hidromassagem por perto, é poder acordar e ir direto para ela. É fácil se acostumar com o luxo, porém uma dessas lá no Brasil deve custar o olho da cara.

Estou aqui agora, aproveitando a massagem de água quente nas minhas costas. Porra, poderia ficar aqui para sempre.

Como nada nessa vida é justo a agua começa a esfriar e por causa do frio, sou obrigada a sair. Coloco meu roupão e vou olhar a movimentação da rua pela janela. Nova York, mesmo durante a tarde, é deveras linda, mesmo nesse ponto um pouco afastado da cidade. Ao olhar pela janela, vejo a cena do Mikhail conversando com a Giovanna. Eles estão bem próximos ultimamente. Era para eu me importar mas realmente não ligo, Giovanna tem a própria vida e eu não tenho nada a ver com isso. Além do mais, se o Mikhail quisesse mesmo machucá-la, ele já teria o feito, oportunidades foi o que menos faltou.

Enquanto eles conversam, vejo o Lucca se aproximando. Porra, fodeu.

Saio do apartamento e desço de elevador até o térreo.

— Então aqui está você, russo filho da puta. — escuto Lucca dizer enquanto caminho até a calçada.

— Vai querer me matar? Vai querer fracassar de novo? — Mikhail como o idiota que é, rebate.

— Quem disse que eu vou fracassar dessa vez?

O Lucca parte pra cima do russo e a briga começa a ficar feia. Corro para chegar até eles mais rápido e chuto o Mikhail de cima do Lucca que acabou de levar um soco. A Giovanna observava tudo sem reação.

— É só deixar as crianças sozinhas por um minuto que elas já brigam. — digo ríspida.

Merda, eles atrapalharam meu momento relaxante.

Reparo no Lucca me olhando de cima à baixo e a Giovanna rindo. Olho pra o meu reflexo no vidro da janela de um carro e percebo que ainda estou de roupão. Caralho, do jeito que o Lucca me olha, parece que eu estou pelada.

— O que vocês vieram fazer aqui? — pergunto.

— Vim trazer sua amiga. — Mikhail pisca para Giovanna que fica vermelha.

— Lucca?

— Queria conversar com você.

Merda, já vem bomba.

O Mikhail se despede da Giovanna com um selinho e vai embora, a Giovanna por sua vez entra para dentro do prédio.

Está ventando muito aqui fora e como estou só de roupão, começo a sentir frio.

— O que você quer, Lucca?

Ele me olha um pouco sem jeito.

— Queria te levar à um lugar.

— Posso saber que lugar é esse? — dou um sorriso de canto.

Que merda ele está aprontando?

— Não. — ele dá aquele mesmo sorriso sacana de sempre que mexe com certos lugares em mim — Você vai assim?

— Vê algum problema no meu roupão?

— Claro que não. Se você quer ir assim, então vamos.

— Lógico que eu não vou sair assim, Lucca. Não era nem para eu ter descido desse jeito. Me espere aqui que eu já volto.

Subo para o meu quarto e visto uma roupa. Preciso comprar roupas urgentemente, só tenho meu jeans surrado, uma camiseta e por sorte, minha jaqueta de couro preta.

Alopradas [Reescrevendo]Onde histórias criam vida. Descubra agora