Capítulo 41

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+ Giovanna +

Ao abrir meus olhos eu me sinto meio grogue, deve ser pelo fato de que minutos após eu ter entrado no jatinho meu pai me deu várias medicações diferentes. Eu sei que ele nem deixou o Mikhail chegar perto de mim e tentou cuidar ao máximo dos meus machucados.

Levanto meio dolorida, eu estava deitada no colo do meu pai, ele está com uma expressão séria, não estranho, o inimigo dele está a poucos metros de distância.

— Pai? — ele vira seu rosto para mim.

— Oi, filha, está se sentindo melhor?

— Estou, apesar de pensar que eu ia morrer. Como vocês nos acharam? Em vista que as chances eram quase impossíveis, porque eu e a Maria não deixamos nenhum recado quando saímos da casa do Mikhail.

— Não fui eu quem achou, foi o Falcão. Escutei ele dizer que tinha colocado algum tipo de rastreador na Maria. Agora me conte, o que estavam fazendo na casa do Mikhail? — começo a pensar em uma desculpa o mais rápido possível.

— Ele nos convidou para um churrasco. É isso, um churrasco, ele cozinha muito bem. — digo com o sorriso mais verdadeiro que consigo dar, eu realmente não consegui aprender a mentir com a Maria.

— Você é sangue do meu sangue Giovanna, não consegue me enganar. Até hoje eu não sei como quem aprendeu a mentir tão mal. — Ele diz com um sorriso no rosto.

— Okay, eu digo, Mikhail me convidou para um jantar, mas a Maria me ligou parecendo querer ajuda e foi até lá.

— Ainda bem que a filha do falcão chegou. Não quero nem imaginar o que teria acontecido se ela não chegasse lá, vou agradecê-la depois. — faço uma cara séria e cruzo meus braços para ele — O que foi? Enquanto eu estiver vivo eu não vou deixar aquele russo tirar a inocência da minha filhinha.

— Pai, para, não precisa desse ciúme bobo seu. Falando no Mikhail, aonde ele está? — pergunto tentando olhar ao redor do local.

— Em um lugar bem longe de você. — eu não sabia que ele era tão ciumento. Mio Dio, me dê paciência.

— Cadê ele, pai?

— Eu não vou dizer. — Ele fica sério, parece uma criança birrenta.

— Mikhail! — Levanto e grito trazendo a visão de todos para mim, me dá um certo constrangimento porque o olhar do pai da Maria vem em minha direção, me deu até um frio na espinha, com esse homem eu não mexo.

Meu pai me puxa para sentar novamente, mas antes deu para ver Mikhail atendendo meus chamados e vindo em minha direção. Nunca vi Mikhail com medo e ele parece estar apavorado agora, isso é surpreendente, deu vontade de gravar.

— Posso me sentar, senhor? — Mikhail diz e meu pai dá um olhar mortal para ele — Tudo bem, vou me retirar.

— Mikhail volta aqui. Pai por favor, não me faça ficar constrangida, eu já tenho 17 anos de idade, me dê espaço, por favor. — ele pensa por alguns segundos, mas deixa Mikhail se sentar. Respiro aliviada, isso vai ser uma batalha.

— Amor, tem certeza que eu vou sobreviver até chegar em sua casa? — ele pergunta rindo de nervoso.

— Mas não era você a própria morte? Que não tinha medo de nada? — digo com um sorriso debochado, a Maria está me afetando, só não sei se isso é bom ou ruim.

— Debocha da minha cara mesmo, se eu acordar morto saiba que a culpa é do seu pai. — reviro os olhos.

— Mik, nada vai acontecer com você, meu pai já entendeu que você me faz bem, ele só precisa se acustumar com você. — ele beija a minha mão.

Alopradas [Reescrevendo]Onde histórias criam vida. Descubra agora