+ Giovanna +
Acordo com uma dor de cabeça do tamanho do mundo. Eu vou matar a Maria, ela é louca de me embebedar assim? Apesar de não me lembrar de muitas coisas, ontem foi um dos dias mais loucos da minha vida. Me lembro de alguns flashes de ontem e dá para perceber que estávamos fora do controle, até nos apelidamos e cantamos em um karaokê. Nunca vi a Maria tão amigável quanto ontem, mesmo sendo legal ela me embebedou e isso não está certo. Ela vai ver, apesar de eu não ter coragem nenhuma de fazer algo com ela.
Saio à procura dela, mas não a acho em lugar nenhum. Vou na sala e vejo o Lucca no chão muito machucado.
— Lucca? — chamo para ver se ele está acordado.
— Maria... — ele fala baixo.
— Lucca! Acorda. — falo mais alto e ele abre os olhos.
— MARIA. — ele dá um grito — Onde está a Maria?
— Eu não sei, ela sumiu. Estou procurando por ela.
— Porra. Russos filhos da puta. — ele grita e geme de dor.
— O que aconteceu? Cadê ela? — pergunto confusa. Ela não pode ter sumido assim do nada.
— Isso é culpa sua, caralho. Ela só fez aquilo para te defender.
— Que? Como assim? Eu não fiz nada. — digo mais confusa ainda. O que está acontecendo?
— O que está acontecendo? Entraram aqui querendo te matar e a Maria sozinha foi para cima de vários homens armados.
— Mio Dio! O que iremos fazer agora? — pergunto me sentindo culpada, eu só faço besteiras.
— Nós? Você não vai fazer porra nenhuma.
Eu não vou ficar aqui parada. Se a culpa é minha eu vou ajudar a resgata-la.
— Eu vou sim, quem fez a confusão foi eu. Vou ajudar a resgatar ela, você querendo ou não. — ele me olha de cara fechada — Espere aqui.
Vou na cozinha e pego um kit de primeiros socorros. Aproveito e tomo um medicamento para dor de cabeça, essa ressaca está me matando.
Quando volto para sala eu pego ele saindo de casa e o sigo.
— Aonde você vai? — pergunto sem obter resposta — Eu ainda não fiz os curativos.
Ele vai até uma caminhonete na garagem e tira uma arma do porta malas. Mio Dio.
— Pega. — ele tenta me entregar a arma porém eu me afasto.
— Essa picape é da Maria. Por que tem uma arma aí dentro?
Ele solta uma risada e me puxa para trás do carro. Arregalo os olhos ao ver que tinham várias armas e facas lá.
— Mio Dio. — não consigo dizer mas nada além disso.
— Tudo bem, entra no carro. — ele ordena.
O obedeço confusa, para onde ele vai me levar? Será que ele vai me levar para um lugar longe para me assassinar e eu nunca mais verei a luz do dia?
— Para aonde a gente vai? — pergunto com o medo de ser levada desse mundo sem saber se essa minha história terá algum desfecho bom no final.
— Descobrir aonde a louca da sua amiga está.
— Você tem algum palpite?
— Você tem?
— Não...
Só a Maria para me juntar com esse idiota. Não gosto dele, o jeito que ele me trata é horrível. Esse brutamonte me odeia e de alguma forma parece que a única pessoa que o atura e consegue o pôr na linha é a Maria, ela nunca deixou ele levantar a voz com ela e nem mandar ela fazer algo. Não sei, parece que a Maria tem algum controle sobre ele.
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Alopradas [Reescrevendo]
DiversosO que você faria se descobrisse que faz parte de uma máfia? Mais precisamente que seu pai é um mafioso e que agora os inimigos dele estão correndo atrás de você. Você fugiria, certo? Giovanna não tinha outra opção. Um intercâmbio nos Estados Unidos...