Capítulo 21

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+ Giovanna +

Acordo com uma dor de cabeça do tamanho do mundo. Eu vou matar a Maria, ela é louca de me embebedar assim? Apesar de não me lembrar de muitas coisas, ontem foi um dos dias mais loucos da minha vida. Me lembro de alguns flashes de ontem e dá para perceber que estávamos fora do controle, até nos apelidamos e cantamos em um karaokê. Nunca vi a Maria tão amigável quanto ontem, mesmo sendo legal ela me embebedou e isso não está certo. Ela vai ver, apesar de eu não ter coragem nenhuma de fazer algo com ela.

Saio à procura dela, mas não a acho em lugar nenhum. Vou na sala e vejo o Lucca no chão muito machucado.

— Lucca? — chamo para ver se ele está acordado.

— Maria... — ele fala baixo.

— Lucca! Acorda. — falo mais alto e ele abre os olhos.

— MARIA. — ele dá um grito — Onde está a Maria?

— Eu não sei, ela sumiu. Estou procurando por ela.

— Porra. Russos filhos da puta. — ele grita e geme de dor.

— O que aconteceu? Cadê ela? — pergunto confusa. Ela não pode ter sumido assim do nada.

— Isso é culpa sua, caralho. Ela só fez aquilo para te defender.

— Que? Como assim? Eu não fiz nada. — digo mais confusa ainda. O que está acontecendo?

— O que está acontecendo? Entraram aqui querendo te matar e a Maria sozinha foi para cima de vários homens armados.

— Mio Dio! O que iremos fazer agora? — pergunto me sentindo culpada, eu só faço besteiras.

— Nós? Você não vai fazer porra nenhuma.

Eu não vou ficar aqui parada. Se a culpa é minha eu vou ajudar a resgata-la.

— Eu vou sim, quem fez a confusão foi eu. Vou ajudar a resgatar ela, você querendo ou não. — ele me olha de cara fechada — Espere aqui.

Vou na cozinha e pego um kit de primeiros socorros. Aproveito e tomo um medicamento para dor de cabeça, essa ressaca está me matando.

Quando volto para sala eu pego ele saindo de casa e o sigo.

— Aonde você vai? — pergunto sem obter resposta — Eu ainda não fiz os curativos.

Ele vai até uma caminhonete na garagem e tira uma arma do porta malas. Mio Dio.

— Pega. — ele tenta me entregar a arma porém eu me afasto.

— Essa picape é da Maria. Por que tem uma arma aí dentro?

Ele solta uma risada e me puxa para trás do carro. Arregalo os olhos ao ver que tinham várias armas e facas lá.

— Mio Dio. — não consigo dizer mas nada além disso.

— Tudo bem, entra no carro. — ele ordena.

O obedeço confusa, para onde ele vai me levar? Será que ele vai me levar para um lugar longe para me assassinar e eu nunca mais verei a luz do dia?

— Para aonde a gente vai? — pergunto com o medo de ser levada desse mundo sem saber se essa minha história terá algum desfecho bom no final.

— Descobrir aonde a louca da sua amiga está.

— Você tem algum palpite?

— Você tem?

— Não...

Só a Maria para me juntar com esse idiota. Não gosto dele, o jeito que ele me trata é horrível. Esse brutamonte me odeia e de alguma forma parece que a única pessoa que o atura e consegue o pôr na linha é a Maria, ela nunca deixou ele levantar a voz com ela e nem mandar ela fazer algo. Não sei, parece que a Maria tem algum controle sobre ele.

Alopradas [Reescrevendo]Onde histórias criam vida. Descubra agora