Eu Vou Tentar

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Olha quem tá aqui! Isso mesmo, o chapolin colorado!
KKKKKKKKK brincadeira
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P.O.V. Camila
- Papa... – O chamo chorosa ao vê-lo entrar na sala.
- Oi, meu amor... – Caminha até mim e me abraça. – Como a S/n está? – Pergunta e senta ao meu lado esquerdo, já que mamá estava à minha direita.
- Ela levou dois tiros... – Lembro da cena e lágrimas percorrem meu rosto. – E agora ela vai passar por uma cirurgia delicada... – Respiro fundo. – Um dos tiros quase acertou o seu pulmão e se a cirurgia der errado... – Deixo no ar e meu pai olha pra baixo com uma expressão raramente presente em sua face: a de tristeza.
~Quebra de Tempo~
Já se passaram horas e é quase madrugada. Ainda não tivemos notícias da S/n e creio que não teremos nem tão cedo. - Eu acho melhor vocês irem pra casa descansar. – Falo para meus pais.
- Tem certeza, hija? – Mamá pergunta.
- Tenho. A Sofi tá sozinha em casa, ela também deve estar preocupada.
- Você vai ficar bem aqui sozinha? – Papa se preocupa.
- Eu vou tentar. – Suspiro.
- Tudo bem... – Mamá diz e nos levantamos. – Qualquer coisa, nos ligue. – Assinto.
Caminhamos até a saída e somos surpreendidos por vários repórteres chamando por nós.
É... Parece que eles voltaram...
- Podem ir, eu me viro com eles. – Falo e flashes são vistos a cada segundo.
- O que você vai fazer? – Papa pergunta.
- Eu vou dizer a verdade pra eles.
- Tem certeza disso? – Minha mãe pergunta.
- Sim. Tem muita gente preocupada com a S/n, acho que falar como ela está é o mais justo a se fazer.
- Tudo bem, hija. Tome cuidado. – Mamá diz e eu assinto.
Eles entram no mar de repórteres e em segundos, desaparecem.
Respiro fundo e me aproximo das câmeras. A gritaria desaparece e todos esperam o meu pronunciamento.
A essa altura, microfones e gravadores me rodeavam enquanto dois seguranças meus observavam atenciosamente cada movimento daquelas pessoas.
- Bom... – Respiro fundo novamente. – A S/n foi atingida por dois tiros. – Seguro o choro. – No momento ela tá passando por uma cirurgia muito delicada. E eu não tive mais notícias dela desde a hora em que ela entrou na cirurgia. – Fecho os olhos e suspiro. – É isso, obrigada. – Concluo com os olhos marejados e volto para o hospital.
Me encaminho à sala de espera e sento em uma cadeira.
Eu não aguento mais ficar sem notícias da S/n.
~Quebra de Tempo~
O sol já nasceu e eu não consegui dormir nada. Passei a noite inteira desejando ter ao menos uma informação sobre a S/n, mas até agora nada.
Enquanto esperava por notícias li algumas das várias mensagens enviadas por fãs nas nossas redes sociais. Elas transmitiam muito amor e carinho, o que – de alguma forma – me deram um pouco mais de esperança e força.
Levanto da cadeira e caminho pela sala, já que eu estava sozinha no lugar.
Ouço batidas na porta e a mesma é aberta.
Meu coração acelera quando vejo a Doutora Evans entrar na sala. Nesse momento eu só conseguia pensar que saberia se a S/n está bem.
- Bom dia, Senhorita Cabello.
- Bom dia... Como a S/n está?
- A cirurgia deu certo. – Fala e eu solto o ar que estava prendendo. – Agora ela ainda tá sedada e vai continuar por mais um tempo, já que nós precisamos aumentar a dose de alguns medicamentos na cirurgia.
- Me desculpa, sei que não entendo dessas coisas, mas por que precisaram aumentar a dose? Aconteceu alguma coisa?
- A S/n teve algumas complicações na cirurgia, mas ela já está estável. Pode ficar tranquila. – Sorri sem mostrar os dentes.
- Ok... Eu posso vê-la?
- Não era pra eu liberar visita, mas eu vou abrir uma exceção. – Sorrio. – Vamos, eu vou te levar até o quarto.
Caminhamos pelo hospital até chegarmos em uma porta.
- Pode entrar, a S/n tá aí dentro. Agora eu preciso ir ver outro paciente. – Assinto e ela sai.
Abro a porta e encontro S/n adormecida na cama. Me aproximo e observo seu rosto.
- Eu pensei que eu fosse te perder... – Sento na borda da cama. – Eu te amo tanto... – Acaricio seu rosto. – Não conseguiria viver sem você.
Fico mais um pouco com ela e resolvo ir na cafeteria do hospital.
Compro um café e quando estou voltando para o quarto, vejo meus pais entrarem no local. Caminho até eles e percebo que os repórteres de ontem não estavam mais presentes.
Acho que fiz certo em falar com eles.
- Hija, como você está? – Mamá pergunta após me abraçar.
- Eu tô bem. – Falo. – A cirurgia deu certo. – Eles sorriem. – A S/n já está em um quarto.
- Isso é ótimo, cariño. – Papa diz e me abraça. – Mas nós temos que te contar uma coisa.
- Eu devo me preocupar? – Pergunto e eles trocam olhares entre si. – Ok, o que tá acontecendo?
- Pegaram a pessoa que atirou na S/n. – Minha mãe fala e eu arregalo os olhos.
- Quem é? Onde ele tá? – Pergunto nervosa.
- Camila, é melhor você se sentar. – Mamá diz e nos sentamos em umas cadeiras ali presentes.
- Gente, vocês tão me deixando ainda mais nervosa.
- Tudo bem. – Papa suspira. – Quem atirou foi...
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Espero que a raiva de vocês tenha passado...

Princesa Brasileira - Camila/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora