Os dias que vieram não foram fácies, para ninguém. Alfonso se desdobrava entre cuidar da irmã, manter contato com Anahí, mesmo que fosse por mensagens ou ligações, cuidar da empresa sozinho, investigar Diana, tudo isso o fazia se sentir sobrecarregado, como se carregasse o mundo nas costas.
Ele sabia que Gastón não teria como impedir por muito tempo que Anahí obtivesse outro cliente e aquilo o tirava do sério, sabia que nada faria Gastón ir contra a filha do sócio dele. William viu o amigo exausto.
William: Precisa descansar, dormir um pouco. Disse se sentando no sofá.
Alfonso: Não dá, eu não consigo. Disse suspirando.
Maite: Mas você vai. Disse descendo as escadas e se sentando ao lado do irmão. Alfonso a encarou com surpresa, aos poucos Maite começava a esboçar algumas reações, como sair do quarto, tomar banho. Ainda que a tristeza e a dor permanecesse lá.
Alfonso: Mai, eu não consigo dormir com tudo o que está acontecendo. Disse com sinceridade. Há dias não tinha paz.
Maite: Desse jeito vai acabar adoecendo e nós precisamos de você. Olha, Poncho, tem cuidado de mim todo esse tempo, mesmo com os problemas explodindo na sua cabeça, ainda sim esteve aqui ao meu lado, agora é a minha vez de cuidar de você. Ele sorriu.
William: Escute a sua irmã, ela tem razão.
Maite: Tome um banho eu vou pedir para prepararem alguma coisa para comer. Disse se levantando.
William: Vai lá. Se dê pelo menos o direito de descansar um pouco. Ela assentiu mesmo contrariado, não iria negar que uma boa noite de sono o faria bem, mesmo que a vontade dele fosse de passar a noite com uma pessoa em especial.
A pessoa em especial andava mais nervosa que o habitual, além dos sintomas da gravidez já começaram a surtir seu efeito. Ela ainda mantinha contato com o Alfonso, sentia saudades, morria de vontade de vê-lo, abraca-lo, mas com tudo o que tinha descoberto temia agora pela segurança do seu bebê e a dela, mas também por não saber como Diana reagiria se soubesse que os dois ainda se encontravam, sabia que ele não poderia ir ali sem que a outra soubesse e isso a deixava angustiada. As meninas a ajudavam como podiam, mas aquela agonia só chegaria ao fim no dia que saísse daquele lugar.
Gastón entrou no quarto dela sem pedir autorização ou permissão e ela se assustou largando o livro em sua cama e se levantando.
Anahí: O que quer aqui? Perguntou.
Gastón: Precisa se arrumar, você vai descer hoje e é bom que suba com alguém. Disse não gostando da ideia dela com outro, mas nada poderia fazer. Anahí o encarou assustada e surpresa.
Anahí: Eu sou A Protegida do Alfonso. Disse com esperança daquilo bastar.
Gastón: Não é mais. Não posso fazer nada para mudar a sua nova situação. E aliás foi para isso que veio. Disse rude e saiu do quarto. Diana já tinha feito o depósito e agora ele teria de se encarregar que Anahí tivesse que ser, o que era pretendido desde quando chegou, ser uma prostituta. Anahí se sentou na cama e pôs as mãos no seu ventre, não poderia fazer aquilo, não teria coragem. Porém antes de pensar em qualquer coisa Dulce entrou no quarto dela e trancou a porta.
Dulce: Eu escutei. Disse se aproximando dela.
Anahí: Eu não vou conseguir. E se acontecer algo de ruim ao meu bebê? Esses homens são brutos e pouco se importam com a gente. Disse prendendo o choro.
Dulce: Não vai. Por isso estou aqui. Arrume suas coisas, coloque tudo o que for necessário em uma mala pequena. Você vai embora hoje. Disse sorrindo e Anahí a encarou sem acreditar.
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A Protegida ✓
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