A Protegida ✓

Capítulo 59

Dimitri estava mais do que furioso ele não conseguia acreditar que foi só ele dá as costas que tudo tinha desabado a começar pela filha que estava presa, depois por ter um dos negócios derrubados e a prisão de Gastón. Sabia que se o pressionassem Gastón abriria a boca e o colocaria direto na “cova dos leões”.

Dimitri: Merda! Aqueles incompetentes. Ele já tinha entrado em contato  com um dos seus informantes na polícia e até no FBI.

E as reposta foi: Agora não podemos fazer mais nada, já reperturtiu muito o caso e todas as autoridades estão em cima disso. Inclusive autoridades de outros países.

Ele pensava como iria liberar a cara da filha daquilo tudo, mas Diana estava enrolada até o pescoço e junto com ela seus negócios. Ele sempre soube que não poderia confiar que Gastón fizesse o trabalho direto. Há dez anos quando o conheceu em um cassino na Espanha era só um homem com aspiração em poder, um cafetão, dono de uma espelunca de motel barato, mas Dimitri viu que ele tinha potencial para mais, foi com a frequência de Gastón nos jogos que os dois se conheceram e montaram todo aquele esquema de tráfico humano aliado a jogos. Prazer, jogatina e drogas. A combinação não poderia dar errado. E realmente não deu, por longos anos eles se divertiram e tiveram dinheiro em cima daquelas pobres coitadas iludidas e com sonhos em serem modelos, não poderia ser mais fácil.

Até aquele momento.

- Senhor, os homens estão esperando o que eu digo? Um dos homens que trabalhava para ele o informou.

Dimitri: Diga que daqui a meia hora estarei saindo. O homem assentiu. - Vou ter que voltar e dá um jeito na merda que eles fizeram.

Claro que ele não achava apropriado e adequado voltar para o país onde todos estavam a sua procura, mas sua filha estava lá e ele precisava dá um jeito de tirá-la da prisão, antes que não tivesse mais jeito. Ele era um homem poderoso, mas também tinha muitos inimigos.

Enquanto Dimitri era desespero, Dulce e Ucker estavam ansiosos com a chegada da família dela. E foi impossível conter as lágrimas quando Dulce viu os pais entrarem na casa de Ucker.

Blanca: Filha... As duas se abraçaram aos choros. Ucker bem que tentou se segurar, mas também estava emocionado, Dulce merecia aquilo.

Fernando: la princesa de papá. Falou com o sotaque espanhol. Dulce se jogou nós braços do pai. Sentia falta daquele carinho, de se sentir segura de novo.

Dulce: Yo te amo papá. Te extrañe. Blanca acariciou os cabelos da filha. No fim os três se abraçaram. Ucker deu privacidade a eles, sabiam que tinham muito a conversar e aquele conversa deveria ser entre os três, por isso os deixou a vontade.

Dulce contou com calma o que tinha acontecido, omitiu alguns fatos, como as agressões sexuais que ela sofreu, não queria que os pais sofrerem mais com tudo o que se passado a ela, então não contou que fora violentada sexualmente. Contou como conheceu Ucker e o que sentia por ele, do plano de fuga, absolutamente tudo. Agora poderia falar com calma com eles e sem medo. Com o decorrer da conversa veio o questionamento ela iria voltar para o México? Isso seria deixar o Ucker, afinal ele tinha uma vida ali, mesmo sabendo que ele estava disposto a deixar tudo para ir morar com ela onde quer que fosse, não achava justo ele fazer isso, não queria que ele abrisse mão da vida que tinha e tudo o que havia construído. Sem contar que tinha os pais dele, a família dele. Mas negar que ela não queria voltar para o seu país de origem seria hipocrisia, ela queria muito. Tinha uma vida lá também, família, amigos. Ela não sabia o que fazer.

Ela teria uma grande decisão pela frente. Não só ela, como todas.

O mesmo poderia se dizer a Belinda, aquele país veio com um gosto amargo na boca, ficar ali sempre lhe traria lembranças ruins. Nada como voltar para casa com seus pais, voltar ao lugar onde tinha boas lembranças, onde era feliz e poder recomeçar, algumas dela não tinham dúvidas sobre isso, mas outras tinham pessoas que a prendiam ali. E Belinda tinha Alexandre. Não que eles já estivessem envolvidos. Aliás depois que ele a deixou no hotel acabou rolando um beijo, porém ela se afastou.

Belinda: Desculpe. Eu não posso.

Alexandre: Eu quem devo me desculpar, não deveria ter te beijado, não nesse momento que está acontecendo tantas coisas na sua vida.

Belinda: É que eu ainda não estou pronta. Eu não me sinto pronta para me envolver afetivamente com alguém.

Alexander: Eu te entendo.

Ele realmente entendia, Belinda queria muito ter aquela chance com alguém outra vez, mas depois de tudo o que passou ela precisaria ir com calma e no seu tempo.

Talvez demorasse mais do que gostaria. As feridas eram enormes.

Ela suspirou ao se lembrar do olhar dele e do jeito carinhos e  gentil. Queria que nada daquilo tivesse acontecido com ela para poder se envolver com ele, mas ela precisava se curar, antes de se envolver com ele. Ela durante anos foi obrigada a fazer sexo com desconhecidos e estar no controle do corpo outra vez ainda era algo que ela precisava se acostumar. Não negava que tinha ficado mexida com beijo, aliás desde o dia que ela o conheceu sentiu algo diferente uma segurança que não tinha sentido antes com ninguém, um sentimento que nem ela sabia explicar, mas não estava pronta ainda tinha tantas coisas acontecendo que se envolver com alguém era a última complicação que precisava. Ela poderia demorar meses e até anos para se reconstruir outra vez e tinha medo que talvez ele não pudesse esperar, aliás ele nem era obrigado a espera-la. E o fato de que ele pudesse seguir sua vida com outra mulher, uma sem medos, sem traumas, sem tanta bagagem, a incomodou muito.

Belinda: Pare de pensar nessas coisas. Você não precisa se preocupar com isso agora. Se recriminou.

Só o tempo diria como ela iria reagir aquelas mudanças.

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Mais um hoje

Agora só semana que vem.

Estamos caminhando para o final da história.

Então, aproveitem.

Beijinhos 😘