Capítulo 70

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Alfonso chegou apressado ao tribunal, tinha se atrasado ao esperar por Tisha para que ficasse com Anahí naquele dia. Como Anahí tinha pegado um resfriado, Tisha ficaria e ajudaria a filha a cuidar de Letícia já que ele servia como testemunha de acusação no julgamento de Gastón.

Ucker: Caramba! Que demora, pensei que não iria vir mais.

Alfonso: Sabe que não poderia faltar, me atrasei, porque precisava esperar pela Tisha, a Annie ainda está de cama por causa do resfriado e precisaria de ajuda com a Letícia.

Ucker: Imaginei que poderia ser por causa delas, o motivo do seu atraso. O promotor junto ao oficial de justiça os guiaram até a sala onde ficariam até serem chamados para testemunharem. Mane já estava lá e o aguardavam, assim como as garotas e Ninel. Alfonso previa que iria demorar até todos testemunharem e começar o julgamento ele provavelmente perderia o dia ali.

Gastón foi trazido pelos oficiais da penitenciária e permaneceu algemado ao se sentar ao lado do seu advogado.

Parentes e amigos das vítimas estavam presentes bem como todo o júri já estavam acomodados. Só a imprensa foi barrada, eles não tinham acesso a parte interna do fórum. Por isso a entrada estava aglomerada de jornalistas por toda a parte, dificultando a entrada de funcionários, amigos, advogados e entre outros.

O juiz deu incio a sessão relatando de acordo com os autos os crimes pelos quais Gastón estava sendo julgado.

Alfonso:  Vai começar. Disse baixinho ao lado de Ucker e Mane. Mesmo sabendo que Gastón seria condenado, que as chances dele sair dali inocentado era quase numa, ainda sim o nervosismo era inevitável. Alfonso agradecia por Anahí não estar ali, por não ter sido comprometida no processo, um pico de emoção como aquela poderia fazer com que o leite dela secasse e ele não gostava nem de pensar na possibilidade disso acontecer, era um dos momentos que ele mais gostava, ficar observando Anahí com Letícia no colo e a amamentando, não sabia descrever a sensação que era, mas sentia seu coração aquecer a cada momentos como aquele.

Orientado pelo advogado Gastón alegou ser manipulado e ameaçado por Dimitri, que ele não teve como bater de frente com um mafioso como Dimitri. Muitos presentes não acreditavam que ele pudesse ser tão dissimulado, mas ali ele só estava tentando reduzir a sua pena.

Promotor: Então o senhor está dizendo que quando enganava aquelas garotas era por estar sendo manipulado? Gastón assentiu. - Quando as estuprava, batia,  também era por ser ameaçado? O sorriso de Gaston vacilou.

Gastón: Ele dizia que elas tinham que ser castigadas e punidas.

Promotor: Bom, mas pelo que me consta nos relatos das garotas e com os manifestos dos vôos que Dimitri pegava, ele quase não vinha aqui, não frenquentava o cassino com frequência, então como ele mandava elas eram punidas, como ele sabia o que elas faziam? Você passavam algum tipo de relatório? Isso também era forçado por ele?

Gastón: Sim, ele ligava e me fazia contar tudo no que acontecia.

Promotor: Com que frequência falavam por telefone?

Gastón: Quase todos os dias. O Promotor sorriu e o advogado de defesa se remexeu na cadeira, sabia que a defesa estava muito fraca.

Promotor: O senhor sabe que mentir não irá o ajudar, pelo contrário. Temos a lista com as chamadas do seu telefone e poucas foram as vezes que ele de fato ligava. Disse pegando a folha de papel e entregou ao júri. - O senhor mente sobre isso e o que mais?

Advogado de Defesa: Protesto! O Promotor...O juiz o interrompeu sem nem deixá-lo concluir.

Juiz: Negado! Prossiga a Promotoria.

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