Sobre-viver

1

As coisas não estavam saindo tão bem quanto Phelipe esperava, em apenas um dia ele perdeu mercadoria equivalente a aproximadamente dois bilhões de dólares.

— Descobriu? — Questionou ele impaciente na sala ampla de sua mansão.

— Sim, como imaginamos, foi Jorge...

Phelipe deu um soco em sua mesa irritado, não costumava perder dinheiro assim, tinha exatamente tudo sob controle, cada item de decoração de sua casa, cada centavo investido, cada passo de cada pessoa de sua extensa equipe de funcionários.

— Descubra o que Jorge tem de mais precioso para ele, quero um dossiê completo até o fim do dia.

— Sim senhor. — Ramon saiu da sala deixando-o sozinho.

Para quem não conhece o talentoso e multimilionário Phelipe Zimam, até acreditaria que sua fortuna é resultado de muito trabalho duro, e de certa forma pode até ser verdade, já que para maquiar sua principal fonte de renda, ele acabou somando algum império no decorrer desses anos todos, ele tem negócios em vários países do mundo..

— Descobriu alguma coisa?

Oscar entrou tão estressado quanto Phelipe estava, sócios desde o início, estavam cientes do ocorrido.

— Foi Jorge Firmino. — Phelipe respondeu irritado.

— Como foi isso? Você está deixando seus funcionários negociarem agora?

— Cala boca. — Gritou pegando um pouco de bebida. — Não fale o que não sabe.

— Explique-se.

— Jorge roubou nossa mercadoria. — Phelipe tomou sua bebida e tentou manter a calma.

— Como? Você está de brincadeira! Passamos quanto tempo negociando isso? Foram meses, Phelipe.

— Eu sei, eu sei. Eu vou resolver... ele vai pagar bem caro por isso, eu juro.

— Essa carga que chegou nos renderia dois bilhões.

— Oscar, Jorge se passou por um membro de confiança da nossa equipe, chegou mais cedo do que foi combinado, e negociou com os caras.

— Temos um infiltrado na equipe? Porra!

— Não se preocupe, Oscar. Jorge vai devolver nossa mercadoria ou nosso dinheiro. E se tivermos um infiltrado, ele estará morto.

Os ânimos estavam aflorados, Oscar e Phelipe se trancaram por um longo tempo tentando negociar a compra de uma nova mercadoria, algo que não era tão simples assim de se fazer.

— Pelo visto o dia está estressante...

Catarina entrou no escritório em que seu marido Phelipe estava, irritado e com um copo de whisky na mão, ele aliviou um pouco a tensão ao ver sua esposa adentrar vestindo uma camisola sexy bordô.

— Negócios... — Respondeu ele chamando-a para se sentar em seu colo.

Ela cheirou seu pescoço acariciando seu peito e se esfregando enquanto beijava e mordia seus lábios, Phelipe recebeu uma mensagem em seu celular que o fez se levantar deixando Catarina sem entender.

— Preciso trabalhar.

Ela saiu sem questiona-lo, sabia exatamente como funcionava as coisas com Phelipe, e não iria contrária-lo, ela nunca fez isso, e dificilmente faria algum dia.

— Pronto. — Disse ele para Ramon ao telefone.

— Senhor Phelipe, o dossiê completo está em seu e-mail. A equipe já está a postos para qualquer ordem.