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— Maldita, eu odeio você, Antonella Sanches! Você me matou de preocupação.

— Eu também estava com saudades.

Antonella abraçou forte sua amiga. Elas se olharam em silêncio, e Ella a puxou para cama, trancando em seguida a porta.

— Se você me disser que estava esse tempo todo na casa da sua ex, eu vou embora sem nem ouvir o restante da sua explicação fajuta.

— Eu fui sequestrada.

— O que? Ella pare de brincar com coisa séria, pelo amor das deusas.

— Infelizmente eu estou falando a verdade.

— O que? Como assim? Explica isso direito!

Catarina olhou com calma as peças do site da amiga de Antonella, realmente eram produtos de muito bom gosto, começou a escolher o que gostava adicionando-as no carrinho.

— Que loucura é essa, Antonella?

— Foi isso o que aconteceu.

— Você se apaixonou por ela? Pela esposa do mafioso?

— Não, claro que não. Eu apenas sou grata ao que ela fez por mim.

— Não mente pra mim garota, está na sua cara que você está louca pela Catarina. Olha aqui, deixe de ser burra, são tantos erros que nem sei por onde começar. Se você se envolver com essa mulher, vai acabar virando comida de peixe, o cara vai matar você maluca. Alem do mais você já viu o que acontece quando a gente do vale se envolve com héteros? Apenas pare!

— Meu Deus, Laura. De tudo o que falei você só se importou com isso? Ela vive um relacionamento abusivo, se ela me procurar, eu com certeza vou ajudá-la no que eu puder.

— Aí você envolve a loja nesse teu rolo garota?

— É a única forma de conseguir falar com ela, e nem sei se ela vai ter coragem de me procurar.

— Tudo bem, Antonella. Você sempre me causando problemas.

Antonella sorriu e convenceu Laura a saírem juntas aquela noite, precisava respirar, beber, extravasar. Vestiu sua melhor roupa, colocou um sapato confortável e estava pronta para mais uma noite do jeito que ela amava.

— Vai sair? — Jorge observou um pouco tenso fazendo Antonella parar por instantes.

— Sim... estive presa o suficiente, não acha?

— Mantenha seu celular ligado, e tenha cuidado.

— Relaxa, papi, o pior já passou. Se você não roubar ninguém, não teremos problemas. — Respondeu irônica.

Antonella entrou em seu carro e logo estava em frente a casa de Laura, sorriu ao ver sua amiga atrapalhada com bolsa, celular, e chaves, não imaginava o quanto detalhes simples como esse poderiam fazer falta.

— Olha aqui, se sua ex estiver lá, nada de se atirar nos braços dela.

— Não prometo nada amiga, estou precisando de uma boa transa hoje.

— Depois fica reclamando quando ela te enche de mensagens né, enfim a hipocrisia.

A música era alta, as luzes vibrantes e a festa já estava cheia, Antonella estava vestida provocante com um vestido preto, e os olhares para ela acariciavam seu ego, pediu uma bebida forte e caiu na pista de dança.

— Ella, viu quem está ali?

— Não, quem?

— A advogada.

Sobre-viverOnde histórias criam vida. Descubra agora