16

3.4K 354 113
                                    

A madrugada foi intensa para a equipe do Jorge, eles retiraram toda a mobília, separaram todas as mercadorias, e limparam o espaço, tirando até mesmo a sinalização da faixada. Jorge pediu para que a equipe fizesse o levantamento de todas as pendências, pois precisava resolver em pouquíssimo tempo.

Laura acordou recebendo ligações de seus funcionários, que provavelmente ficaram sem entender o que estava acontecendo, ela foi totalmente pega de surpresa ao saber que Jorge havia providenciado até mesmo os pagamentos pela recisão dos contratos.

— Que loucura! — Suspirou sentada na cama de Antonella se sentindo completamente deslocada ali.

Dois homens chegaram por volta de 9h no endereço da loja, e ao verem que o espaço estava fechado, forçaram a fechadura abrindo. Ao entrarem, perceberam que o local estava completamente abandonado, não existia mais rastro de nenhuma loja ali, nada! Inclusive estava com uma placa com dizeres vermelhos de "Aluga-se." A equipe de Phelipe começou as buscas sobre os responsáveis pela loja, e percebeu que todos os registros foram apagados da internet, ficando agora impossível rastrear qualquer pista a partir da suposta loja.

Ella abriu os olhos devagar naquela manhã, e sorriu ao vê-la ao seu lado. O corpo de Catarina estava um pouco descoberto, deixando a polpa de sua bunda à mostra em uma calcinha de renda branca, e sua camisola de algodão estava quase em sua cintura, ela puxou o lençol para cobri-la, e foi para o banho.

— Bom dia, meu pãozinho de queijo! — Disse Laura surpreendendo Ella que descia as escadas.

— Laura? Pai? O que fazem aqui? — Ella olhou assustada seu pai ao lado de sua melhor amiga.

— Laura queria te ver, vou resolver umas coisas fora da cidade, e amanhã passo aqui para buscá-la.

— Obrigada, pai. — Disse Ella abraçando Jorge que logo saiu.

Laura abraçou forte Ella, e a puxou pelo braço mostrando duas malas grandes.

— O que é isso? Não vai dormir aqui só uma noite?

— É a mercadoria da nossa loja, Phelipe descobriu.

— Que?

— Não pensamos em tudo, Ella. Ele rastreou as transações do cartão de crédito.

— E agora? Poxa, sei quanto você amava a loja, e o quanto era importante pra você. Desculpa, Laura.

— Seu pai me ajudou com tudo, vou esperar um pouco para depois ver o que faço.

— Eu não vou te deixar desamparada, sei que tem suas contas, o que precisar pode contar comigo.

— Eu sei.

Catarina estava descendo as escadas quando viu as duas ali abraçadas no meio da sala, ela parou imediatamente observando-as. Ella encarou Catarina parada ali, e soltou discretamente de Laura.

— Bom dia. — Disse Catarina.

— Bom dia. — Responderam juntas.

— Vamos tomar café, assim
conversamos. — Ella puxou Laura para a cozinha enquanto iniciavam o assunto.

Laura estava explicando sobre tudo o que aconteceu, enquanto ambas ouviam atentamente. Depois do café da manhã, ficaram olhando as mercadorias que restaram, enquanto dividiam entre elas. Catarina resolveu ir malhar deixando-as sozinhas, e Ella puxou Laura para um dos quartos se trancando ali.

— Não rolou mais nada entre vocês?

— Uns beijos, e só. Ela não quer, e eu não vou insistir.

Sobre-viverOnde histórias criam vida. Descubra agora