Antonella estava empolgada naquela manhã, após semanas intensas de tratamento, aquela era a sua última sessão de fisioterapia e estava se sentindo muito bem. Ella se despediu de sua fisioterapeuta, e foi para o banho, faria uma surpresa para Catarina.
— Vai sair? — Perguntou Jorge ao vê-la arrumada se sentando para tomar café.
— Sim. Vou ver a Catarina. Por quê?
— Nada, filha. Você está realmente bem para dirigir?
— Sim. Novinha em folha.
Jorge viu Ella se levantar e ligou para Catarina, mas desistiu ao ver que ela não iria atender. Ele ligou para Sérgio e ficou em silêncio enquanto esperava.
— Oi, Jorge. Aconteceu alguma coisa?
— Perguntou ao ver as várias ligações perdidas.— Cadê a Catarina? Antonella está indo aí.
— Agora?
— Sim. O que houve?
— Não posso falar agora. Vou avisa-la.
— Obrigada.
Jorge estava nervoso, sabia que Antonella ficaria uma fera ao descobrir sobre Catarina, e ficaria mais brava ainda ao saber que ele sabia de tudo e nunca contou. Catarina estava testando as armas que haviam chegado na madrugada, ela estava em uma sala que Phelipe arquitetou para os testes, estava empolgada e decidindo com o que ficaria.
— Ei. Catarina. — Ela tirou os fones e encarou Sérgio ali.
— O que foi? Chegaram?
— Antonella está vindo para cá.
— Como? Agora? — Ela olhou espantada e levou as mãos para a cabeça.
— Jorge até tentou te ligar.
— E agora? O que faremos? Eles estão vindo para cá para buscar as mercadorias, tem armamento muito pesado aqui, não temos como esconder.
— Talvez devesse ouvir Jorge e ser sincera de uma vez. Antonella vai descobrir em algum momento.
— Se eu precisar de conselhos amorosos, contrato uma psicóloga, ok? Você vai receber esse pessoal, e vai tratar com eles aqui nessa sala, providencie alguma coisa para disfarçar meu stand, e cubra a mercadoria. Você vai dizer que eu tive um imprevisto, problemas de saúde, o que quiser.
— Sabe que eles querem te conhecer, não é?
— Lamento, marcarei posteriormente para isso. Você vai dar seu jeito dessa vez. Vou ficar com a Ak, essas duas pistolas e a submetralhadora.
Catarina saiu do stand rapidamente, precisava tomar um banho e tirar os resíduos de pólvora de suas mãos, e o cheiro de metal impregnado. Ela terminou o banho e se vestiu deixando um livro aberto em cima da cama.
Ella estacionou e entrou na casa, olhou em volta e percebeu que o silêncio reinava naquele ambiente. Ela se aproximou do quarto, viu a porta entreaberta e Catarina lendo um livro.
— Oi..
— Ella, como está? O que faz aqui? — Disse Catarina se levantando e indo abraçá-la.
— Estou bem, mas com saudades. — Disse observando-a.
— Já está podendo dirigir?
— Sim. E outras coisas mais...
Catarina sorriu, e se aproximou da porta trancando-a. Ligou a música e fechou todas as janelas para abafar os sons que possivelmente viriam do carregamento das mercadorias. Ela encarou Antonella e ao som da música foi desabotoando sua camisa, e tirando em seguida a calça.
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Sobre-viver
RomanceDuas máfias rivais estão a ponto de iniciarem uma guerra, depois que Jorge Firmino decide roubar uma carga valiosa de seu principal rival, Phelipe Zimam. Para evitar que um confronto inicie, Phelipe decide sequestrar o que Jorge tem de mais precioso...